sábado, 4 de junho de 2011

Dentro de nós




Dentro de Nós

Não te esqueças de que estender a caridade sem interesse e de que ensinar sem afetação, aos que sabem menos que nós, é o processo de beneficiar a nós mesmos.
Em razão disso, não olvides o nosso dever no bem incessante.
Recorda que a vida edificou em ti um centro de criação e inteligência que te cabe desenvolver.
Viverás sob o esplendor solar, mas se não possuis bastante visão para percebê-lo, vacilarás envolvido nas sombras em que tantos se mergulham.
Caminharás entre sinfonias de imponente beleza, entretanto, se não contas com ouvidos percucientes para registrá-las, clamarás no deserto da surdês.
Disporás de bolsa repleta, contudo, se não sabes conjugar o verbo discernir, a fortuna arrojar-te-á, talvez, em precipícios de sofrimento e desilusão.
Respirarás entre preciosas bibliotecas em que jaz entesourada a luz do pensamento de todas as épocas, no entanto, se não podes penetrar o sentido da letra, cambalearás senda afora, à maneira de um sonâmbulo infeliz, nas obscuridades da noite.
Foge da inércia e trabalha sempre!...
Trabalha servindo aos bons para que se preservem e aos menos bons pra que se reajustem, aos sábios para que se santifiquem e aos ignorantes para que se iniciem no conhecimento superior.
“Fora da caridade não há salvação” pode também significar “fora do auxílio aos outros não te libertarás do eu”, inclinado à vaidade e ao orgulho, ao egoísmo e à discórdia.
Consagremo-nos à plantação indiscriminada e constante do bem, desculpando e ajudando, aprendendo e redimindo, enriquecendo- nos de amor e avançando na sabedoria, e assim, criando paz e felicidade, beleza e progresso em torno de nossos passos, compreenderemos igualmente com Jesus que a vida é invariavelmente o espetáculo soberano das bênçãos do Pai Celestial, no livro da natureza, e que é preciso acender, dentro de nós, a luz imprescindível, a fim de que através da sublimação da própria individualidade, estejamos em sintonia com a vida imperecível.

Livro: Urgência - Emmanuel / Chico Xavier

Diante da Paz



Diante da Paz
Entendendo-se a paciência, à maneira de ciência da paz, não procures a paz, a distância, de vez que ela reside em ti mesmo.
A paz, no entanto, baseia-se na lei da troca que mantém o equilíbrio do Universo, através do binômio "dar e receber".
Semeia a paz, a fim de que a recolhas.
Quando te não seja possível providenciar a segurança do ambiente fustigado de inquietação, mentaliza a paz por intermédio da palavra e do pensamento.
Ante os enfermos, cala os assuntos suscetíveis de criar agitação e oferece-lhes a tranqüilidade, relacionando temas capazes de garanti- la; entretanto, se o verbo não te for facultado, envia idéias de reconforto e encorajamento aos doentes, diligenciando proteger-lhes as forças mentais, ameaçadas de desgoverno.
Surpreendendo a discórdia, permanece com a verdade e aclara o caminho, mas emite pensamentos de paz, no rumo dos irmãos em contenda; e, se podes falar, pronuncia a frase edificante que consiga ajudar a extinguir os focos de perturbação ou desequilíbrio.
Renteando com alguma criatura menos feliz, por maiores sejam os motivos que a tornem pouco simpática, rememora os vínculos de fraternidade que nos unem fundamentalmente uns aos outros e procura ampara-la mentalmente, abençoando-lhe a presença com silenciosas mensagens de amor e renovação.
Se recebes notícias acerca das aflições e provas de alguém, endereça a esse alguém pensamentos de compreensão e consolo que lhe favoreçam o reajuste.
Conversando, acalma os que te ouvem.
Escrevendo, articula imagens de otimismo e confiança, serenidade e alegria.
Lembrando amigos ou inimigos, envia-lhes votos de êxito nas tarefas e compromissos que abracem.
Seja a quem seja, auxilia como e quanto puderes, a fim de que todos os que se comunicam contigo permaneçam em paz e alegria.
Cada consciência, na Excelsa Criação de Deus, é núcleo de vida independente na Vida Imperecível.
Reflete na importância de tua própria imortalidade e recorda, onde estejas, que a paz de teu ambiente começa invariavelmente de ti.
Emmanuel / Chico Xavier