quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O direito de todos ao silêncio




O direito de todos ao silêncio
                                                                    * Mônica Dourado Furtado

O silêncio é algo que incomoda muito as pessoas. Digo isso, porque observo nas nossas praias, nas ruas, nos bairros e na cidade de Fortaleza justamente a prova de que o barulho e a falta de respeito à paz “auditiva” são aceitáveis nestas paragens, infelizmente.
É incrível como temos que conviver com sons chamados paredões nos carros, que valem mais que os próprios automóveis. Tais paredões estão nas casas praianas de dia, de noite, de madrugada , assim como nos carros, enfim temos que aguentar tanto o gosto musical dessas pessoas, como o desrespeito delas para conosco, no sentido de que não permitem que quem goste de tranquilidade e silêncio tenha esse direito.
Na opinião de muita gente, é assim mesmo... é cultural e não muda, porque as pessoas agem desta forma e não pretendem mudar, logo o problema é nosso. Mas aí eu pergunto: até quando teremos que suportar tal atitude e ficar sem dormir à noite, porque vizinhos do prédio da praia se acham no direito de escutar suas músicas em altos brados até de madrugada? Ou conversar em voz alta como se o deque do prédio fosse um buffet ou um clube?
A tristeza é saber que em outros estados a situação é bem diferente. Lá nem se cogita aceitar esse sintoma de falta de polidez. Parece que há um respeito bem maior ao espaço e ouvido alheios. Em suma, tudo se resume à educação. Gente educada não faz isso.
Viva o silêncio! E o direito de poder ouvir o som do mar, das ondas e dos passarinhos!
* Mônica Dourado Furtado é coordenadora Geral das Casas de Cultura Estrangeira da UFC

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