domingo, 1 de novembro de 2020

A ELEVAÇÃO PARA A VERDADE E PARA A PERFEIÇÃO

Num espaçoso recinto, cujo teto era a abóboda estrelejada do infinito, nos reuníamos para orar.

Era aí que, em sagrado recolhimento, ouvíamos, extasiados, as mais sublimes lições dos mestres, os elevados espíritos que nos visitavam e que, como guias consoladores, orientavam o nosso pensamento para concepções grandiosas do universo, confortando-nos em nossa fraqueza e ensinando-nos a vida excelsa da verdade.

Muitas vezes, nos instantes em que nos entregávamos às mais fervorosas orações, víamos descer, das vastidões etéreas que nos cobriam a cabeça, uma profusão de pétalas de flores, que desapareciam quando aspirávamos os seus perfumes balsâmicos.

Explicou-me certo espírito evoluído que esse eflúvios aromáticos eram as manifestações do benefício da prece, que elevávamos aos paramos da perfeição e que, a eles remontando, voltava aos nossos corações saturados do amor das almas benditas que, por seu saber e suas virtudes, se tornavam colaboradoras diretas da onipotência divina.

         Livro: Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier.

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