Num espaçoso
recinto, cujo teto era a abóboda estrelejada do infinito, nos reuníamos para
orar.
Era aí que, em
sagrado recolhimento, ouvíamos, extasiados, as mais sublimes lições dos
mestres, os elevados espíritos que nos visitavam e que, como guias consoladores,
orientavam o nosso pensamento para concepções grandiosas do universo,
confortando-nos em nossa fraqueza e ensinando-nos a vida excelsa da verdade.
Muitas vezes,
nos instantes em que nos entregávamos às mais fervorosas orações, víamos
descer, das vastidões etéreas que nos cobriam a cabeça, uma profusão de pétalas
de flores, que desapareciam quando aspirávamos os seus perfumes balsâmicos.
Explicou-me certo espírito evoluído que esse eflúvios aromáticos eram as manifestações do benefício da prece, que elevávamos aos paramos da perfeição e que, a eles remontando, voltava aos nossos corações saturados do amor das almas benditas que, por seu saber e suas virtudes, se tornavam colaboradoras diretas da onipotência divina.
Livro: Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier.
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