Quando a
criatura passa a interrogar o porquê do destino e da dor e encontra a luz dos princípios
espiritistas a clarear-lhe os vastos corredores do santuário interno, deve consagrar-se
à apreciação do pensamento, quanto lhe seja possível, a fim de iniciar-se na decifração
dos segredos que, para nós todos, ainda velam o fulcro mental.
Se as incógnitas
do corpo fazem no mundo a paixão da ciência, que designa exércitos numerosos de
hábeis servidores para a solução dos problemas de saúde e genética, reconforto
e eugenia, além túmulo a grandeza na mente desafia-nos todos os potenciais de
inteligência, no trato metódico dos assuntos que lhe dizem respeito.
A psicologia e a
psiquiatria, entre os homens da atualidade, conhecem tanto do espírito, quanto
um botânico, restrito ao movimento em acanhado círculo de observação do solo, que
tentasse julgar um continente vasto e inexplorado, por alguns talos de erva,
crescidos ao alcance de suas mãos.
Libertos do
veículo de carne, quando temos a felicidade de sobre pairar além das atrações
de natureza inferior, que, por vezes, no imantam à crosta da Terra, indefinidamente,
compreendemos que o poder mental reside na base de todos os fenômenos e
circunstâncias de nossas experiências isoladas ou coletivas.
A mente é
manancial vivo de energias criadoras.
O pensamento é
substância, coisa mensurável.
Encarnados e
desencarnados povoam o Planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de
vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se
combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
Correspondem-se
as idéias, segundo o tipo em que se expressam, projetando raios de força que
alimentam ou deprimem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arrojados
sutilmente do campo das causas para a região dos efeitos.
A imaginação não
é um país de névoa, de criações vagas e incertas. É fonte de vitalidade,
energia, movimento...
O idealismo
operante, a fé construtiva, o sonho que age, são os pilares de todas as realizações.
Quem mais pensa,
dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais
invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
E, em razão
dessa lei que preside à vida cósmica, quantos se adaptarem, ao reto pensamento
e à ação enobrecedora, se fazem preciosos canais da energia divina, que, em
efusão constante, banha a Humanidade em todos os ângulos do Globo, buscando as almas
evoluídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em médiuns ou instrumentos
vivos de sua exteriorização, para benefício das criaturas e erguimento da Terra
ao concerto dos mundos de alegria celestial.
Livro: Roteiro.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário