domingo, 5 de dezembro de 2021

Jeremias e os falsos profetas / Geremia e i falsi profeti.

11. Eis o que diz o Senhor dos Exércitos: Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles publicam as visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor. – Dizem aos que de mim blasfemam: O Senhor o disse, tereis paz; e a todos os que andam na corrupção de seus corações: Nenhum mal vos acontecerá. – Mas, qual dentre eles assistiu ao conselho de Deus? Qual o que o viu e escutou o que ele disse? – Eu não enviava esses profetas; eles corriam por si mesmos; eu absolutamente não lhes falava; eles profetizavam de suas cabeças. – Eu ouvi o que disseram esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. – Até quando essa imaginação estará no coração dos que profetizam a mentira e cujas profecias não são senão as seduções do coração deles? Se, pois, este povo, ou um profeta, ou um sacerdote vos interrogar e disser: Qual o fardo do Senhor? Dir-lhe-eis: vós mesmos sois o fardo e eu vos lançarei bem longe de mim, diz o Senhor. (JEREMIAS, 23:16 a 18, 21, 25, 26 e 33.)

É dessa passagem do profeta Jeremias que quero tratar convosco, meus amigos. Falando pela sua boca, diz Deus: “É a visão do coração deles que os faz falar.” Essas palavras claramente indicam que, já naquela época, os charlatães e os exaltados abusavam do dom de profecia e o exploravam.

Abusavam, por conseguinte, da fé simples e quase cega do povo, predizendo, por dinheiro, coisas boas e agradáveis. Muito generalizada se achava essa espécie de fraude na nação judia, e fácil é de compreender-se que o pobre povo, em sua ignorância, nenhuma possibilidade tinha de distinguir os bons dos maus, sendo sempre mais ou menos ludibriado pelos pseudoprofetas, que não passavam de impostores ou fanáticos. Nada há de mais significativo do que estas palavras: “Eu não enviei esses profetas e eles correram por si mesmos; não lhes falei e eles profetizaram.” Mais adiante, diz: “Eu ouvi esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.” Indicava assim um dos meios que eles empregavam para explorar a confiança de que eram objeto. A multidão, sempre crédula, não pensava em lhes contestar a veracidade dos sonhos, ou das visões; achava isso muito natural e constantemente os convidava a falar.

Após as palavras do profeta, escutai os sábios conselhos do apóstolo S. João, quando diz: “Não acrediteis em todo Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus”, porque, entre os invisíveis, também há os que se comprazem em iludir, se se lhes depara ocasião. Os iludidos são, está-se a ver, os médiuns que se não precatam bastante. Aí se encontra, é fora de toda dúvida, um dos maiores escolhos em que muitos funestamente esbarram, mormente se são novatos no Espiritismo. É-lhes isso uma prova de que só com muita prudência podem triunfar. Aprendei, pois, antes de tudo, a distinguir os bons e os maus Espíritos, para, por vossa vez, não vos tornardes falsos profetas. – Luoz, Espírito Protetor. (Carlsruhe, 1861).

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.

11. Così parla il Signore degli eserciti: «Non ascoltate le parole dei profeti che vi profetizzano; essi vi nutrono di cose vane; vi espongono le visioni del proprio cuore, e non ciò che proviene dalla bocca del Signore. Dicono a quelli che mi disprezzano: Signore ha detto: Avretepace"; e a tutti quelli che camminano seguendo la caparbietà del proprio cuore: "Nessun male vi colpirà"; infatti chi ha assistito al consiglio del Signore, chi ha visto, chi ha udito la sua parola? Chi ha prestato orecchio alla sua parola e l'ha udita?» (...) «Io non ho mandato quei profeti; ed essi corrono; io non ho parlato a loro, ed essi profetizzano». (...) «Io ho udito ciò che dicono i profeti che profetizzano menzogne nel mio nome, dicendo: "Ho avuto un sogno! Ho avuto un sogno!" Fino a quando durerà questo? Hanno essi in mente, questi profeti che profetizzano menzogne, questi profeti dell'inganno del loro cuore». (...) «Se questo popolo o un profeta o un sacerdote ti domandano: "Qual è l'oracolo del Signore?" Tu risponderai loro: 'Ecco l'oracolo: Io vi rigetterò, dice il Signore"». (Geremia 23:16-18, 21, 25-26, 33).

È su questo passaggio del profeta Geremia che vi intratterrò, amici miei. Dio, parlando attraverso la sua bocca dice: «Vi espongono le visioni del proprio cuore». Queste parole indicano chiaramente che già a quell'epoca i ciarlatani e gli esaltati abusavano del dono della profezia. Abusavano, di conseguenza, della fede semplice e quasi cieca del popolo predicendo, per denaro, cose buone e gradevoli. Questo genere di inganno era molto diffuso fra i Giudei, ed è facile comprendere che il povero popolo, nell'impossibilità di distinguere, data la sua ignoranza, i buoni dai cattivi, era sempre più o meno vittima di questi cosiddetti profeti, che altro non erano che degli impostori e dei fanatici. C'è forse qualcosa di più significativo di queste parole: «Io non ho mandato quei profeti; ed essi corrono; io non ho parlato a loro, ed essi profetizzano»? Più oltre dice: «Io ho udito ciò che dicono i profeti che profetizzano menzogne nel mio nome, dicendo: Ho avuto un sogno! Ho avuto un sogno!» E indica così uno dei modi usati per sondare la fiducia che si aveva in loro. La moltitudine, sempre credulona, non pensava affatto di verificare la veridicità dei loro sogni o delle loro visioni. Trovava tutto ciò naturale e invitava tutti questi profeti a parlare.

Dopo le parole del profeta, ascoltate i saggi consigli dell'apostolo san Giovanni, quando dice: «Non credete a ogni spirito, ma provate gli spiriti per saper se sono da Dio», perché fra gli invisibili ci sono anche Spiriti che si divertono a fare delle vittime, quando se ne presenti l'occasione. I beffati sono, ovviamente, i medium che non prendono sufficienti precauzioni. Qui sta senza dubbio il maggior ostacolo contro cui molti si scontrano, soprattutto quando sono novizi dello Spiritismo. Si tratta di una prova dove possono trionfare solo se agiscono con molta prudenza. Imparate dunque, prima di tutto, a distinguere i buoni Spiriti da quelli malvagi, affinché non diventiate voi stessi falsi profeti. - (Luoz, Spirito Protettore, Carlsruhe, 1861).

IL VANGELO SECONDO LO SPIRITISMO – Allan Kardec.

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