domingo, 28 de agosto de 2022
sábado, 27 de agosto de 2022
Anjos guardiães. Espíritos protetores, familiares ou simpáticos / Angeli custodi. Spiriti protettori, familiari o simpatici. (2)
504. Poderemos
sempre saber o nome do nosso Espírito protetor, ou anjo guardião?
“Como quereis
saber nomes para vós inexistentes? Supondes que Espíritos só há os que
conheceis?”
a) — Como então
o podemos invocar, se o não conhecemos?
“Dai-lhe o nome
que quiserdes, o de um Espírito superior que vos inspire simpatia ou veneração.
O vosso protetor acudirá ao apelo que com esse nome lhe dirigirdes, visto que
todos os Espíritos bons são irmãos e se assistem mutuamente.”
505. Os
Espíritos protetores que dão nomes conhecidos sempre são, realmente, os
Espíritos das personalidades que tiveram esses nomes?
“Não. Muitas
vezes, os que os dão são Espíritos simpáticos aos que de tais nomes usaram na
Terra e, a mando destes, respondem ao vosso chamamento. Fazeis questão de
nomes; eles tomam um que vos inspire confiança. Quando não podeis desempenhar
pessoalmente determinada missão, não costumais mandar que outro, por quem
respondeis como por vós mesmos, obre em vosso nome?”
506. Na vida
espírita reconheceremos o nosso Espírito protetor?
“Decerto, pois
não é raro que o tenhais conhecido antes de encarnardes.”
507. Pertencem
todos os Espíritos protetores à classe dos Espíritos superiores? Poderão alguns
pertencer às classes intermédias? Um pai, por exemplo, pode tornar-se o
Espírito protetor de seu filho?
“Pode, mas a
proteção pressupõe certo grau de elevação e um poder ou uma virtude a mais,
concedidos por Deus. O pai que protege seu filho pode, por seu turno, ser
assistido por um Espírito mais elevado.”
508. Os
Espíritos que se achem em boas condições ao deixarem a Terra sempre podem
proteger os que lhes são caros e que lhes sobrevivem?
“Mais ou menos
restrito é o poder de que desfrutam. A situação em que se encontram nem sempre
lhes permite inteira liberdade de ação.”
509. Quando em
estado selvagem ou de inferioridade moral, têm os homens, igualmente, seus
Espíritos protetores? Caso tenham, serão de ordem tão elevada quanto a dos
Espíritos protetores de homens muito adiantados?
“Todo homem tem
um Espírito que por ele vela, mas as missões são relativas ao fim que visam.
Não dais um professor de filosofia a uma criança que está aprendendo a ler. O
progresso do Espírito familiar guarda relação com o do Espírito protegido.
Tendo um Espírito que vela por vós, podeis tornar-vos, a vosso turno, o
protetor de outro que vos seja inferior, e os progressos que este realize, com
o auxílio que lhe dispensardes, contribuirão para o vosso adiantamento. Deus
não exige do Espírito mais do que comportem a sua natureza e o grau de elevação
a que já chegou.”
510. Quando o
pai que vela pelo filho reencarna, continua a velar por ele?
“Isso é mais
difícil. Contudo, de certo modo o faz, pedindo, num instante de desprendimento,
a um Espírito simpático que o assista nessa missão. Ademais, os Espíritos só
aceitam missões que possam desempenhar até ao fim.
“Encarnado,
mormente em mundo onde a existência é material, o Espírito se acha muito
sujeito ao corpo para poder dedicar-se inteiramente a outro Espírito, isto é,
para poder assisti-lo pessoalmente. Tanto assim que os que ainda se não
elevaram bastante são também assistidos por outros, que lhes estão acima, de
tal sorte que, se por qualquer circunstância um vem a faltar, outro lhe supre a
falta.”
511. A cada
indivíduo achar-se-á ligado, além do Espírito protetor, um mau Espírito, com o
fim de impeli-lo ao erro e de lhe proporcionar ocasiões de lutar entre o bem e
o mal?
“Ligado não é o
termo. É certo que os maus Espíritos procuram desviar do bom caminho o homem,
quando se lhes depara ocasião. Sempre, porém, que um deles se liga a um
indivíduo, age por si mesmo, porque conta ser atendido. Há então luta entre o
bom e o mau, vencendo aquele por quem o homem se deixe influenciar.”
512. Podemos ter
muitos Espíritos protetores?
“Todo homem
conta sempre Espíritos mais ou menos elevados que com ele simpatizam, que lhe
dedicam afeto e por ele se interessam, como também tem junto de si outros que o
assistem no mal.”
513. Os
Espíritos que conosco simpatizam atuam em cumprimento de missão?
“Algumas vezes
desempenham missão temporária. Mais frequentemente, porém, trata-se apenas de
atração pela similitude de pensamentos e sentimentos, assim para o bem como
para o mal.”
a) — Parece
lícito inferir-se daí que os Espíritos a quem somos simpáticos podem ser bons
ou maus, não?
“Sim, qualquer
que seja o seu caráter, o homem sempre encontra Espíritos que com ele
simpatizem.”
O Livro dos
Espíritos – Allan Kardec.
504a. Allora
come possiamo invocarli se non li conosciamo?
«Dategli il nome
che volete, quello di uno Spirito superiore per il quale avete della simpatia o
della venerazione. Il vostro Spirito protettore verrà alla vostra chiamata,
perché tutti i buoni Spiriti sono fratelli e si assistono fra di loro.»
505. Gli Spiriti
protettori, che prendono dei nomi conosciuti, sono sempre realmente quelli
delle persone che portavano questi nomi?
«No. Ma sono
nomi di Spiriti a loro simpatici, e che sovente vengono per loro ordine. Avete
proprio bisogno di un nome? Allora essi ne prendono uno che vi ispiri fiducia.
D'altronde quando voi non potete compiere una missione di persona, inviate un
altro voi stesso che agisca a nome vostro.»
506. Quando
saremo nella vita spiritista, riconosceremo il nostro Spirito protettore?
«Sì, perché
sovente lo conoscevate già prima di incarnarvi.»
507. Gli Spiriti
protettori appartengono tutti alla classe degli Spiriti superiori? Se ne
possono trovare di livello intermedio? Un padre, per esempio, può diventare lo
Spirito protettore di suo figlio?
«Lo può. Ma la
protezione presuppone non solo un certo grado di elevatezza, ma anche un potere
e una virtù in più accordati da Dio. Un padre, che protegga suo figlio, può
essere lui stesso assistito da uno Spirito più elevato.»
508. Gli Spiriti
che hanno lasciato la Terra in buone condizioni possono sempre proteggere
quelli che amano e che sono a loro sopravvissuti?
«Il loro potere
è più o meno limitato. La posizione in cui si trovano non sempre lascia loro
ogni libertà di agire.»
509. Gli uomini
allo stato selvaggio, o in stato d'inferiorità morale, hanno anch’essi i loro
Spiriti protettori? E, in tal caso, questi Spiriti sono di un ordine tanto
elevato quanto quello degli uomini più avanzati?
«Ogni uomo ha
uno Spirito che veglia su di lui, ma le missioni sono relative al loro
obiettivo. Voi non assegnate a un bambino che debba imparare a leggere un
professore di filosofia. Il progresso dello Spirito familiare segue quello
dello Spirito protetto. Avendo voi uno Spirito superiore che veglia su di voi,
potete a vostra volta diventare il protettore di uno Spirito inferiore, e i
progressi che voi lo aiuterete a compiere, contribuiranno al vostro
avanzamento. Dio non chiede allo Spirito più di quanto non comportino la sua
natura e il grado di elevatezza al quale egli è pervenuto.»
510. Allorché il
padre che vigila sul proprio figlio si reincarnerà continuerà a vegliare su di
lui?
«È più
difficile. Ma, in un momento di scioglimento dai legami, prega uno Spirito
simpatico di assisterlo in questa missione. D'altra parte gli Spiriti accettano
solo missioni che possono assolvere fino alla fine.
Lo Spirito
incarnato, soprattutto nei mondi dove l'esistenza è ancora molto materiale,
dipende troppo dal suo corpo per poter dedicarsi completamente a un altro
Spirito, ossia assisterlo personalmente. Per questo, quelli che non sono
abbastanza elevati vengono a loro volta assistiti da Spiriti superiori, in modo
che, se uno si assenta per un motivo qualsiasi, viene sostituito da un altro.»
511. Oltre allo
Spirito protettore, uno Spirito cattivo è attaccato a ogni individuo con lo
scopo di spingerlo al male e fornirgli l'occasione di lottare fra il bene e il
male?
«Attaccato non è
il termine esatto. È pur vero che i cattivi Spiriti cercano di sviare dal buon
cammino quando se ne presenta l'occasione. Ma quando uno di loro si lega a un
individuo, lo fa di sua volontà perché spera di essere ascoltato. È allora che
c’è la lotta fra il buono e il cattivo, e vince quello al quale l'uomo lascia
prendere il predominio su di sé.»
512. Possiamo
avere più Spiriti protettori?
«Ogni uomo ha
sempre degli Spiriti simpatici, più o meno elevati, che gli sono affezionati e
s'interessano a lui, ma ne ha anche di quelli che lo coadiuvano nel male.»
513. Gli Spiriti
simpatici agiscono in virtù di una missione?
«Qualche volta
possono avere una missione temporanea, ma per lo più sono sollecitati
dall'affinità di pensiero e di sentimento tanto nel bene come nel male.»
513a.
Sembrerebbe risultare da ciò che gli Spiriti simpatici possono essere buoni o
cattivi.
«È così. L'uomo
trova sempre degli Spiriti che simpatizzano con lui, qualunque sia il suo
carattere.»
IL LIBRO DEGLI
SPIRITI – Allan Kardec.
domingo, 21 de agosto de 2022
Anjos guardiães. Espíritos protetores, familiares ou simpáticos / Guardian Angels: Protective, Familiar and Sympathetic Spirits.(1)
489. Há
Espíritos que se liguem particularmente a um indivíduo para protegê-lo?
“Há o irmão
espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.”
490. Que se deve
entender por anjo guardião?
“O Espírito
protetor pertencente a uma ordem elevada.”
491. Qual a
missão do Espírito protetor?
“A de um pai com
relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo
com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, encorajá-lo nas provas da
vida.”
492. O Espírito
protetor liga-se ao indivíduo desde o seu nascimento?
“Desde o
nascimento até a morte, e muitas vezes o acompanha na vida espírita, depois da
morte, e mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que
fases curtíssimas da vida do Espírito.”
493. É
voluntária ou obrigatória a missão do Espírito protetor?
“O Espírito fica
obrigado a vos assistir, uma vez que aceitou esse encargo. Cabe-lhe, porém, o
direito de escolher seres que lhe sejam simpáticos. Para alguns, é um prazer;
para outros, missão ou dever.”
a) – Ligando-se
a uma pessoa, renuncia o Espírito a proteger outros indivíduos?
“Não; mas
protege-os menos exclusivamente.”
494. O Espírito
protetor fica fatalmente preso à criatura confiada à sua guarda?
“Frequentemente
sucede que alguns Espíritos deixam suas posições de protetores para desempenhar
diversas missões. Mas nesse caso outros os substituem.”
495. Poderá
dar-se que o Espírito protetor abandone o seu protegido, por se lhe mostrar
este rebelde aos conselhos?
“Afasta-se,
quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido,
a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas não o
abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os
ouvidos. O protetor volta desde que este o chame.
“É uma doutrina,
esta, dos anjos guardiães, que, pelo seu encanto e doçura, deveria converter os
mais incrédulos. Não vos parece grandemente consoladora a ideia de terdes
sempre junto de vós seres que vos são superiores, prontos sempre a vos
aconselhar e amparar, a vos ajudar na ascensão da abrupta montanha do bem; mais
sinceros e dedicados amigos do que todos os que mais intimamente se vos liguem
na Terra? Eles se acham ao vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem aí os
colocou e, aí permanecendo por amor de Deus, desempenham bela, porém penosa
missão. Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres, nem
nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados
desses amigos a quem não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente,
ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.
“Ah! se
conhecêsseis bem esta verdade! Quanto vos ajudaria nos momentos de crise!
Quanto vos livraria dos maus Espíritos! Mas, oh! Quantas vezes, no dia solene,
não se verá esse anjo constrangido a vos observar: “Não te aconselhei isto?
Entretanto, não o fizeste. Não te mostrei o abismo? Contudo, nele te
precipitaste! Não fiz ecoar na tua consciência a voz da verdade? Preferiste, no
entanto, seguir os conselhos da mentira!” Oh! Interrogai os vossos anjos
guardiães; estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade que reina entre os
melhores amigos. Não penseis em lhes ocultar nada, pois que eles têm o olhar de
Deus e não podeis enganá-los. Pensai no futuro; procurai adiantar-vos na vida
presente. Assim fazendo, encurtareis vossas provas e mais felizes tornareis as
vossas existências. Vamos, homens, coragem! De uma vez por todas, lançai para
longe todos os preconceitos e pensamentos ocultos. Entrai na nova senda que
diante dos passos se vos abre. Caminhai! Tendes guias, segui-os, que não
falhareis em atingir a meta, porquanto essa meta é o próprio Deus.
“Aos que
considerem impossível que Espíritos verdadeiramente elevados se consagrem a
tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que nós vos influenciamos
as almas, estando embora muitos milhões de léguas distantes de vós. O espaço,
para nós, nada é, e não obstante viverem noutro mundo, os nossos Espíritos
conservam suas ligações com os vossos. Gozamos de qualidades que não podeis
compreender, mas ficai certos de que Deus não nos impôs tarefa superior às
nossas forças e de que não vos deixou sós na Terra, sem amigos e sem amparo.
Cada anjo guardião tem o seu protegido, pelo qual vela, como o pai pelo filho.
Alegra-se, quando o vê no bom caminho; sofre, quando ele lhe despreza os
conselhos.
“Não receeis
fatigar-nos com as vossas perguntas. Ao contrário, procurai estar sempre em
relação conosco. Sereis assim mais fortes e mais felizes. São essas
comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns
todos os homens, médiuns ignorados hoje, mas que se manifestarão mais tarde e
se espalharão qual oceano sem margens, levando de roldão a incredulidade e a
ignorância. Homens doutos, instruí os vossos semelhantes; homens de talento,
educai os vossos irmãos. Não imaginais que obra fazeis desse modo: a do Cristo,
a que Deus vos impõe. Para que vos outorgou Deus a inteligência e o saber,
senão para os repartirdes com os vossos irmãos, senão para fazerdes que se
adiantem pela senda que conduz à bem-aventurança, à felicidade eterna?”
São Luís, Santo
Agostinho.
Nada tem de
surpreendente a doutrina dos anjos guardiães, a velarem pelos seus protegidos,
malgrado a distância que medeia entre os mundos. É, ao contrário, grandiosa e
sublime. Não vemos na Terra o pai velar pelo filho, ainda que de muito longe, e
auxiliá-lo com seus conselhos correspondendo-se com ele? Que motivo de espanto
haverá, então, em que os Espíritos possam, de um outro mundo, guiar os que
tomaram sob sua proteção, uma vez que, para eles, a distância que vai de um
mundo a outro é menor do que a que, na Terra, separa os continentes? Não
dispõem, além disso, do fluido universal, que entrelaça todos os mundos,
tornando-os solidários; veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o
ar é, para nós, o da transmissão do som?
496. O Espírito
que abandona o seu protegido, que deixa de lhe fazer bem, pode fazer-lhe mal?
“Os bons
Espíritos nunca fazem mal. Deixam que o façam aqueles que lhes tomam o lugar.
Costumais então lançar à conta da sorte as desgraças que vos acabrunham, quando
só as sofreis por culpa vossa.”
497. Pode um
Espírito protetor deixar o seu protegido à mercê de outro Espírito que lhe
queira fazer mal?
“Os maus
Espíritos se unem para neutralizar a ação dos bons. Mas, se o quiser, o
protegido dará toda a força ao seu protetor. Pode acontecer que o bom Espírito
encontre alhures uma boa vontade a ser auxiliada. Aplica-se então a isso,
enquanto aguarda o momento de voltar ao seu protegido.”
498. Será por
não poder lutar contra Espíritos maléficos que um Espírito protetor deixa que
seu protegido se transvie na vida?
“Não é porque
não possa, mas porque não quer. E não quer, porque das provas sai o seu
protegido mais instruído e perfeito. Assiste-o sempre com seus conselhos,
dando-os por meio dos bons pensamentos que lhe inspira, mas que infelizmente
nem sempre são ouvidos. A fraqueza, o descuido ou o orgulho do homem são
exclusivamente o que empresta força aos maus Espíritos, cujo poder todo advém
do fato de lhes não opordes resistência.”
499. O Espírito
protetor está constantemente com o seu protegido? Não haverá alguma
circunstância em que, sem abandoná-lo, ele o perca de vista?
“Há
circunstâncias em que não é necessário esteja o Espírito protetor junto do seu
protegido.”
500. Chegará um
tempo em que o Espírito deixe de precisar de anjos guardiães?
“Sim, quando ele
atinge o ponto de poder guiar-se a si mesmo, como sucede ao estudante, para o
qual um momento chega em que não mais precisa de mestre. Isso, porém, não se dá
na Terra.”
501. Por que é
oculta a ação dos Espíritos sobre a nossa existência e por que, quando nos
protegem, não o fazem de modo ostensivo?
“Se vos fosse
dado contar sempre com a ação deles, não obraríeis por vós mesmos e o vosso
Espírito não progrediria. Para que este possa adiantar-se, precisa de
experiência, adquirindo-a frequentemente à sua custa. É necessário que exercite
suas forças, sem o que seria como a criança a quem não consentem que ande
sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regulada de maneira
que não vos tolha o livre-arbítrio, porquanto, se não tivésseis
responsabilidade, não avançaríeis na senda que vos há de conduzir a Deus. Não
vendo quem o ampara, o homem se confia às suas próprias forças. Sobre ele,
entretanto, vela o seu guia e, de tempos a tempos, lhe brada, advertindo-o do
perigo.”
502. O Espírito
protetor que consegue trazer ao bom caminho o seu protegido lucra algum bem
para si?
“Constitui isso
um mérito que lhe é levado em conta, seja para seu progresso, seja para sua
felicidade. Sente-se ditoso quando vê bem-sucedidos os seus esforços, o que
representa, para ele, um triunfo, como triunfo é, para um preceptor, os bons
êxitos do seu educando.”
a) – É
responsável pelo mau resultado de seus esforços?
“Não, pois que
fez o que de si dependia.”
503. Sofre o
Espírito protetor quando vê que seu protegido segue mau caminho, não obstante
os conselhos que dele recebe? Não há aí uma causa de turbação da sua
felicidade?
“Compungem-no os
erros do seu protegido, a quem lastima. Tal aflição, porém, não tem analogia
com as angústias da paternidade terrena, porque ele sabe que há remédio para o
mal, e que o que não se faz hoje, amanhã se fará.”
O Livro dos
Espíritos – Allan Kardec.
489. Are there
spirits who attach themselves to a specifc individual to protect and help that
person?
“Yes, spiritual
brothers and sisters, you also call them your protective spirit or good
spirit.”
490. What should
we understand by the expression guardian angel?
“A high order
protective spirit.”
491. What is the
mission of a protective spirit?
“Similar to that
of parents to their children – to lead their wards down the right path, give
them advice, console them when they are sick or suffering, and support their
courage in the trials of human life.”
492. Are
protective spirits attached to individuals from birth?
“From birth to
death. They often follow them after death into the spirit life, and even
through several successive physical lives as these existences are very short
phases of their existence as spirits.”
493. Is the
mission of a protective spirit voluntary or obligatory?
“Your protective
spirit is duty-bound to watch over you, having accepted that task. Spirits can
choose their wards from a selection of like-minded beings. In some cases, this
position is a pleasure, while in others it is a job or duty.”
a) By attaching
to a person, does a spirit cease to protect other individuals?
“No, but the spirit
does so less exclusively.”
494. Are
protective spirits inextricably tied to the ward assigned to them?
“Spirits often
leave their position to fulfll various missions, but an exchange is carried out
in that case.”
495. Do
protective spirits ever abandon their charges when the latter continuously
ignore their guidance?
“The spirits
withdraw from their charges when they see that their guidance is fruitless and
their charges are stubbornly determined to yield to the infuence of inferior
spirits. However, they are never entirely abandoned and the spirits continue to
make themselves heard. Their wards are the ones who shut their ears. As soon as
incarnates call them back, the spirits return.”
“If there is any
theory that could win over the biggest skeptics by its charm and beauty, it is
that of guardian angels. To think that you always have a superior being by your
side, ready to guide you, support you and help boost you in climbing the
mountain of self-betterment, whose friendship is more devoted than the most
intimate union that you can make on Earth is a source of great solace. These
beings are there at God’s orders. It was God who has placed them at your side.
They are there out of their love for God, and they fulfll an honorable but
painstaking mission. Wherever you go, prison, solitude, the lepers’ house, or
even the lowest haunts and taverns, they are by your side. Nothing ever separates
you from your invisible friend, whose presence you cannot see but from whom
your soul receives the gentlest impulsions and hears the wisest counsels.”
“If only you
fully grasped this truth! It would help you in your moments of need and save
you from the traps of malicious spirits! But how many times, on the great day,
this angel of goodness will have to say to you, ‘Did I not warn you, yet you
would not follow my lead? Did I not show you the abyss, and you insisted on
throwing yourself into it? Did I not speak the truth to your conscience, and
you followed devious suggestions?’ Communicate with your guardian angels and
establish the affectionate intimacy that exists between loyal friends. Do not
try to hide anything from them, Do not think of hiding anything from them
because they are God’s eyes. Think of the future and try to advance upward.
This will shorten your trials and make your lives happier. Come; take heart!
Cast away all preconceived notions and reservations, and boldly travel the new
road that opens before you! Go forth, you have guides; all you have to do is
follow them. Your goal cannot fail you, for your goal is God.”
“To those who
fnd it impossible to believe that high spirits would commit to such a grueling
task requiring infnite patience, we respond that these spirits infuence your
souls from afar. Space is nothing to us and our spirits can be connected to
yours from worlds away. We possess qualities that you cannot fathom, and rest
assured that God has not given us a task that is beyond our strength. God has
not abandoned you on Earth without friends and support. All guardian angels
have their wards, over whom they watch like parents watch over their children.
They are elated when they see them following the right road and saddened when
their guidance is ignored.”
“Do not be
afraid to ask us questions. Always remain connected with us, as it will make
you stronger and happier. This communication between human beings and their
familiar spirits will eventually make everyone mediums, mediums ignored today,
but who will show themselves later, spreading out like an ocean without shores
to sweep away disbelief and ignorance. Those who have received instruction must
in turn educate others. Those who are talented must raise their brothers and
sisters. You cannot even comprehend what good you accomplish by doing so. The
work imposed on you by God is the work of Christ. Why has God given you intelligence
and knowledge, if you were not meant to share it with your brothers and sisters
to help them on the road leading to eternal happiness?”
Saint Louis,
Saint Augustine
The concept of
guardian angels watching over us, despite the distance between worlds, is as
natural as it is grand and sublime. Do parents not watch over their children
through the wise suggestions in letters when distance separates them? Why
should you be surprised that spirits guide their charges from one world to
another? Don’t they have the universal fuid that binds all the worlds together,
and unite them in solidarity - an immense vehicle for transmitting thought,
just as air is the vehicle for sound?
496. If spirits
abandon their charges and no longer help them, can they harm them?
“Good spirits
never cause harm to anyone. They leave that to inferior spirits. You then
accuse fate of the bad luck or troubles that plague you, but they are the result
of your own bad behavior.”
497. Can
protective spirits leave their charges at the mercy of spirits wanting to do
them harm?
“Wicked spirits
band together to counteract the good, but if wards would so desire, they could
restore all the power to the protective spirit. While waiting for the return of
their charges, protective spirits may fnd other individuals whose kindness and
openness make it easy to help them.”
498. When
protective spirits allow their wards to go astray, is it because they are
unable to manage the malicious spirits who mislead them?
“No, it is not
because they can’t but because they choose not to. Their wards will become
wiser and better through the trials they have chosen for themselves. Protective
spirits assist their wards through the wise guidance they provide however,
unfortunately, sometimes they are ignored. The weakness, carelessness, or pride
of humans is what gives strength to bad spirits. Their power over you comes
solely from your lack of willpower to provide enough resistance to their
action.”
499. Do
protective spirits always accompany their charges? Are there any circumstances
under which they may lose sight of them, without completely abandoning them?
“There are
circumstances under which the presence of the protective spirit is not
necessary.”
500. Do spirits
ever reach a point where they no longer need a guardian angel?
“Yes, when they
are able to guide themselves, in the same manner that students reach a point
where they no longer need a teacher. However, this does not take place on
Earth.”
501. Why is the
role that spirits have in our lives covert? Why do they not openly protect and
guide us?
“If you counted
on their support, you would not act of your own accord, which would cause your
spirit to remain stationary. All human beings need to acquire experience, often
at their own expense, in order to advance. They need to exercise their own
power, otherwise they remain stunted, like a child who is not allowed to walk
alone. The action of spirits is regulated so that your free will is maintained.
Without responsibility, you would not advance on the road leading to God. Human
beings put forth their own strength because they do not see their invisible
support. Their guides continue to watch over them, and call out to them to warn
them of danger when necessary.”
502. When
guardian angels succeed in leading their charges down the right path, do they
gain any beneft for themselves?
“It is an
admirable task, which is credited to them for their advancement or happiness.
They celebrate when they are successful, and feel a sense of triumph in the
same way that teachers are elated at the success of their students.”
a) Are they
responsible if their wards do not succeed?
“No, since they
have done everything that they could.”
503. Do
protective spirits get upset when their wards proceed down the wrong road? Does
it upset their own happiness?
“They are
saddened by the errors of their wards and feel pity for them, but they do not
experience the anguish of human parents because they know that if the wrongs
committed by their wards are not remedied today, they will be tomorrow.”
THE SPIRITS'
BOOK – Allan Kardec.
sábado, 20 de agosto de 2022
domingo, 14 de agosto de 2022
Afeição que os Espíritos votam a certas pessoas / Affetto degli Spiriti per determinate persone / AFECTO DE LOS ESPÍRITUS HACIA CIERTAS PERSONAS.
484. Os
Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
“Os Espíritos
bons simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem. Os
Espíritos inferiores com os homens viciosos, ou que podem tornar-se tais. Daí
suas afeições, como consequência da conformidade dos sentimentos.”
485. É
exclusivamente moral a afeição que os Espíritos votam a certas pessoas?
“A verdadeira
afeição nada tem de carnal. Mas quando um Espírito se apega a alguém, nem
sempre o faz só por afeição, podendo a ela agregar-se uma reminiscência das
paixões humanas.”
486. Interessam-se
os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? Afligem-se os
que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?
“Os Espíritos
bons fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas
alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com
resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em
tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar.”
487. Dentre os
nossos males, de que natureza são os de que mais se afligem os Espíritos por
nossa causa? Serão os males físicos ou os morais?
“O vosso egoísmo
e a dureza dos vossos corações. Daí decorre tudo o mais. Riem-se de todos esses
males imaginários que nascem do orgulho e da ambição. Rejubilam com os que
redundam na abreviação da duração das vossas provas.”
Sabendo ser
transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes
constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem
pelas causas de ordem moral que dele nos afastam, do que pelos nossos
sofrimentos físicos, todos passageiros.
Pouco se
incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossas ideias mundanas, tal
qual fazemos com as mágoas pueris das crianças.
Vendo nas
aflições da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos as consideram como a
crise momentânea de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos
nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. Porém, enxergando as
coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de um modo diverso do
nosso. Então, ao passo que os bons nos levantam o ânimo no interesse do nosso
futuro, os outros nos impelem ao desespero, objetivando comprometê-lo.
488. Os parentes
e amigos que nos precederam na outra vida votam-nos maior simpatia do que os Espíritos
que nos são estranhos?
“Sem dúvida, e
amiúde vos protegem como Espíritos, de acordo com o poder de que dispõem.”
a) – São
sensíveis à afeição que lhes conservamos?
“Muito
sensíveis, mas esquecem-se dos que os olvidam.”
O Livro dos
Espíritos – Allan Kardec.
484. Gli
Spiriti, affettivamente, hanno preferenze per certe persone
«Gli Spiriti
buoni simpatizzano per gli uomini dabbene, o per quelli suscettibili di
miglioramento. Gli Spiriti inferiori simpatizzano per gli uomini viziosi o che
possono diventarlo. Da qui il loro attaccamento, conseguenza della somiglianza
dei sentimenti.»
485. L'affetto
degli Spiriti per certe persone è esclusivamente morale?
«Il vero affetto
non ha niente di carnale. Ma, quando uno Spirito si attacca a una persona, non
sempre e per affetto, poiché vi si può mescolare un ricordo di passioni umane.»
486. Gli Spiriti
si interessano alle nostre disgrazie e alla nostra prosperata? Quelli che ci
vogliono bene si affliggono per le sofferenze che proviamo durante la vita?
«Gli Spiriti
buoni fanno tutto il bene possibile e sono felici di tutto ciò che vi fa
felici. Si affliggono per i vostri mali quando non li sopportate con
rassegnazione, poiché questi mali sono senza beneficio per voi, in quanto voi
vi comportate come il malato che rifiuta l'amara pozione che deve guarirlo.»
487. Qual è il
tipo di male per cui più si affliggono gli Spiriti nei nostri confronti? Si
tratta di male fisico o di male morale?
«Si affliggono
per il vostro egoismo e la vostra durezza di cuore: poiché da ciò deriva tutto.
Essi si beffano di tutti quei mali immaginari che nascono dall'orgoglio e
dall'ambizione e si rallegrano per quei mali che abbreviano il vostro tempo di
prova.»
Gli Spiriti,
sapendo che la vita fisica e solo transitoria e che le tribolazioni che
l'accompagnano sono dei mezzi per arrivare a uno stato migliore, si affliggono
per noi più per le cause morali che ce ne allontanano che per i mali fisici che
sono solo passeggeri.
Gli Spiriti si
prendono poca cura delle disgrazie che non riguardano altro che le nostre idee
mondane, così come noi facciamo riguardo ai dispiaceri puerili dell'infanzia.
Lo Spirito, che
vede nelle afflizioni della vita un mezzo di avanzamento per noi, le considera
come la crisi momentanea che deve salvare il malato. Ha compassione per le
nostre sofferenze come noi ne abbiamo per quelle di un amico. Ma, vedendo le
cose da un punto di vista più giusto, egli le giudica in modo diverso dal
nostro. Mentre gli Spiriti buoni mettono in rilievo il nostro coraggio
nell'interesse del nostro avvenire, quelli cattivi ci spingono alla
disperazione per comprometterlo.
488. I nostri
parenti e i nostri amici, che ci hanno preceduti nell'altra vita, hanno per noi
più simpatia di quegli Spiriti che ci sono estranei?
«Senza dubbio e
sovente vi proteggono come Spiriti, secondo quanto è in loro potere.»
488a. Sono
sensibili all'affetto che manteniamo verso di loro?
«Molto
sensibili, ma dimenticano chi li dimentica.»
IL LIBRO DEGLI
SPIRITI – Allan Kardec.
484. ¿Los
espíritus aman preferentemente a ciertas personas?
«Los espíritus
buenos simpatizan con los hombres de bien o susceptibles de mejorarse; los
espíritus inferiores con los hombres viciosos o que pueden llegar a serlo, y de
aquí su adhesión resultado de la semejanza de sensaciones».
485. ¿El afecto
de los espíritus hacia ciertas personas es exclusivamente moral?
«El afecto
verdadero no es nada carnal; pero cuando un espíritu se aficiona a una persona.
no siempre es por afecto, y alguna parte puede tomar en ello un recuerdo de las
pasiones humanas».
486. ¿Los
espíritus participan de nuestras desgracias y prosperidades? ¿Los que nos
aprecian se afligen por los males que exper'imentamos durante la vida?
«Los espíritus
buenos hacen todo el bien posible y gozan de todas yuestras alegrías. Se afligen
por vuestros males, cuando no los soportáis con resignación; porque entonces no
os producen resultado, pues venís a ser como el enfermo que rehusa por amarga
la poción que ha de salvarle».
487. ¿Cuáles de
nuestros males afligen más a los espíritus, los físicos o los morales?
«Vuestro egoísmo
y vuestra dureza de corazón, pues de ahí se origina todo. Se ríen de todos esos
males imaginarios que nacen del orgullo y de la ambición, y se regocijan por
los que han de abreviar vuestro periodo de prueba».
Sabiendo los
espíritus que no es más que transitoria la vida corporal, y que las
tribulaciones que la acompañan son medios para llegar a mejor estado, deploran
más las causas morales que de éste nos alejan, que los males fisicos que sólo
son pasajeros.
Los espíritus se
cuidan poco de las desgracias que afectan únicamente a nuestras ideas mundanas,
como nosotros de los pesares pueriles de la infancia.
El espíritu que
ve en las aflicciones de la vida un medio para nuestro progreso, las considera
como la crisis momentánea que ha de salvar al enfermo. Compadece nuestros
sufrimientos como nosotros los de un amigo; pero mirando las cosas desde más
exacto punto de vista, las aprecia de distinto modo que nosotros, y mientrds
los buenos nos reaniman en sentido propicio a nuestro porvenir, los otros. para
comprometerlo, nos excitan a la desesperación.
488. Nuestros
amigos y parientes muertos antes que nosotros, ¿nos tienen más simpatías que
los espíritus que nos son extraños?
«Sin duda, y con
frecuencia Os protegen como espíritus, con arreglo a su poder». -¿Son sensibles
al afecto que aún les conservamos?
«Muy sensibles;
pero olvidan a los que los olvidan».
EL LIBRO DE LOS
ESPÍRITUS – Allan Kardec.
domingo, 7 de agosto de 2022
Convulsionários / Convulsionaries / CONVULSIONARIOS.
481. Desempenham
os Espíritos algum papel nos fenômenos que se dão com os indivíduos chamados
convulsionários?
“Sim e muito
importante, bem como o magnetismo, que é a fonte primária de tais fenômenos. O
charlatanismo, porém, os tem amiúde explorado e exagerado, de sorte a lançá-los
ao ridículo.”
a) – De que
natureza são, em geral, os Espíritos que concorrem para a produção dessa
espécie de fenômenos?
“Pouco elevada.
Supondes que Espíritos superiores se deleitem com tais coisas?”
482. Como é que
sucede estender-se subitamente a toda uma população o estado anormal dos
convulsionários e dos que sofrem das chamadas crises?
“Efeito de
simpatia. As disposições morais se comunicam muito facilmente, em certos casos.
Não sois tão alheio aos efeitos magnéticos que não compreendais isto, assim
como a parte que alguns Espíritos naturalmente tomam no fato, por simpatia com
os que os provocam.”
Entre as
singulares faculdades que se notam nos convulsionários, facilmente se
reconhecem algumas de que o sonambulismo e o magnetismo oferecem numerosos
exemplos, tais como, além de outras, a insensibilidade física, a leitura do
pensamento, a transmissão das dores por simpatia, etc. Não há, pois, duvidar de
que aqueles em quem tais crises se manifestam estejam numa espécie de
sonambulismo desperto, provocado pela influência que exercem uns sobre os
outros. Eles são ao mesmo tempo magnetizadores e magnetizados,
inconscientemente.
483. Qual a
causa da insensibilidade física que se observa em alguns convulsionários, assim
como em outros indivíduos submetidos às mais atrozes torturas?
“Em alguns é,
exclusivamente, efeito do magnetismo que atua sobre o sistema nervoso, do mesmo
modo que certas substâncias. Em outros, a exaltação do pensamento embota a
sensibilidade. Dir-se-ia que nestes a vida se retirou do corpo, para se
concentrar toda no Espírito. Não sabeis que quando o Espírito está vivamente
preocupado com uma coisa o corpo nada sente, nada vê e nada ouve?”
A exaltação
fanática e o entusiasmo têm proporcionado, em casos de suplícios, múltiplos
exemplos de uma calma e de um sangue frio que não seriam capazes de triunfar de
uma dor aguda, senão admitindo-se que a sensibilidade se acha neutralizada,
como por efeito de um anestésico. Sabe-se que, no ardor da batalha, combatentes
há que não se apercebem de que estão gravemente feridos, ao passo que, em
circunstâncias ordinárias, uma simples arranhadura os poria trêmulos.
Visto que esses
fenômenos dependem de uma causa física e da ação de certos Espíritos, pode-se
perguntar como, em alguns casos, há podido uma autoridade pública fazê-los
cessar. Simples a razão. Meramente secundária é aqui a ação dos Espíritos, que
nada mais fazem do que aproveitar-se de uma disposição natural. A autoridade
não suprimiu essa disposição, mas a causa que a entretinha e exaltava. De ativa
que era, passou esta a ser latente. E a autoridade teve razão para assim proceder,
porque do fato resultava abuso e escândalo. Sabe-se, ademais, que semelhante
intervenção nenhum poder absolutamente tem, quando a ação dos Espíritos é
direta e espontânea.
O Livro dos
Espiritos – Allan Kardec.
481. Do spirits
play a role in the phenomena exhibited by individuals called convulsionaries?
“Yes, a very
important one, just like magnetism, which is the original source of these
phenomena. Charlatans have infated these effects and made them a matter of speculation,
which has demeaned them.”
a) What is the
general nature of the spirits who help produce this type of phenomena?
“Not very
elevated. Do you think that higher spirits would waste their time in such a
manner?”
482. How can the
abnormal state of convulsionaries and hysterical individuals suddenly strike an
entire population?
“Out of
sympathy. Moral dispositions are communicated quite easily in certain cases.
Surely you are not so unaware of the effects of human magnetism that you are
unable to understand this. There is also the natural role of certain spirits in
such occurrences, through sympathy with those by whom they are produced.”
Somnambulism and
magnetism show us numerous examples of bizarre behavior identical to the ones
convulsionaries display. These include physical insensitivity, thought reading,
sympathetic transmission of pain, and so on. This makes it impossible to doubt
that these hysterical individuals are experiencing some sort of waking somnambulism,
determined by the infuence that they inadvertently exercise upon each other. At
the same time, they are both magnetizers and magnetized without even realizing
it.
483. What is the
cause of the physical insensitivity sometimes observed in convulsionaries, and
even in other people, when subjected to the most brutal torture?
“In some cases
it is simply an exclusively magnetic effect, which acts upon the nervous system
as certain substances do. In other cases, mental excitement stifes the
sensitivity of the body, with life seeming to withdraw from the body to
concentrate on the spirit. Have you not observed that when the spirit is
intensely concerned with any matter, the body neither feels, nor sees nor
hears?”
The excitement
of fanaticism and enthusiasm often offer, by individuals subjected to tortures,
examples of a tranquility that could hardly trump excruciating pain unless the
sensitivity of the patient was defused by some kind of anesthetic effect. In
the heat of battle, a severe wound is often obtained without being noticed,
while a mere scratch is intensely felt under ordinary circumstances.
Since these
phenomena are due to both the action of physical causes and that of spirits,
one may wonder how public authorities, in some cases, were able to stop them.
The answer is very simple. The action of spirits is only secondary. They do
nothing more than take advantage of a natural predisposition. Public
authorities did not overcome this predisposition, but rather the cause that
stimulated it, reducing it from an active state to a latent one. They were
right in doing this because this phenomenon was the impetus of exploitation and
scandal. This interference, however, is ineffective when the action of spirits
is direct and spontaneous.
THE SPIRITS'
BOOK – Allan Kardec.
481. ¿Toman
alguna parte los espíritus en los fenómenos que se producen en los individuos,
designados con el nombre de convulsionarios?
«Sí, y muy
grande; lo mismo que el magnetismo que es su origen primitivo, pero a menudo el
charlatanismo ha explotado y exagerado esos efectos, lo que ha puesto en
ridículo».
-¿De qué
naturaleza son por lo general los espíritus que cooperan a esa especie de
fenómenos?
«Poco elevados.
¿Creéis que los espíritus superiores se divierten en tales cosas?»
482. ¿Cómo puede
desarrollarse súbitamente en toda una población el estado anormal de los
convulsionarios y crisíacos?
«Efecto
simpático. Las disposiciones morales se comunican muy fácilmente en ciertos
casos. No eres tan extraño a los efectos magnéticos para no comprender esto, y
la parte que ciertos espíritus deben tomar en ello por simpatía hacia los que
los provocan».
Entre las raras
facultades que se observan en los convulsionarios, se reconocen sin trabalo
algunas de que ofrecen numerosos ejemplos el sonambulismo y el magnetismo:
tales son, entre otras, la insensibilidad física, el conocimiento del
pensamiento, la transmisión simpática de los dolores, etc. No puede, pues,
dudarse de que esos crisíacos estén en una especie de estado de sonambulismo
despierto, provocado por la influencia que ejercen los unos en los otros. Son a
la vez magnetizadores y magnetizados a pesar suyo.
483. ¿Cuál es la
causa de la insensibilidad física que se nota en ciertos convulsionarios, o en
otras personas sujetas a los más rudos tormentos?
«En algunos es
un efecto exclusivamente magnético que obra sobre el sistema nervioso del mismo
modo que ciertas sustancias. En otros la exaltación del pensamiento embota la
sensibilidad; porque parece que la vida se ha retirado del cuerpo para
reconcentrarse en el espíritu. ¿No sabéis que cuando el espíritu se ocupa
atentamente de algo, el cuerpo no ve, ni siente, ni oye nada?»
La exaltación
fanática y el entusiasmo ofrecen a menudo en los suplicios, el ejemplo de una
calma y sangre fría que no podrían sobreponerse a un dolor agudo, si no se
admitiese que la sensibilidad se encuentra neutralizada por una especie de
afecto anestésico. Sabido es que en el ardor del combate no se apercibe uno con
frecuencia de una herida grave, al paso que, en circunstancias ordinarias, un
rasguiío haría temblar.
Puesto que estos
fenómenos dependen de una causa física y de la acción de ciertos espíritus,
puede preguntarse de que ha dependido que la autoridad los haya hecho cesar en
ciertos casos. La razón es obvia. La acción de los espíritus en este caso no es
más que secundaría, y se reduce a aprovecharse de tina disposición natural. La
autoridad no ha suprimido esta última, sino la causa que la sostenía y
exaltaba; de activa que era, la ha hecho latente, y razón ha tenido para
proceder así; porque originaba abuso y escándalo. Por lo demás. se sabe que
semelante intervención es impotente cuando la acción de los espíritus es
directa y espontánea.
EL LIBRO DE LOS
ESPÍRITUS – Allan Kardec.