terça-feira, 18 de março de 2025

Parábola do Semeador / PARABOLO DE LA SEMISTO

Parábola do Semeador.

5. Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar; — em torno dele logo reuniu-se grande multidão de gente; pelo que entrou numa barca, onde sentou-se, permanecendo na margem todo o povo. — Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim: Aquele que semeia saiu a semear; — e, semeando, uma parte da semente caiu ao longo do caminho e os pássaros do céu vieram e a comeram. — Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, porque carecia de profundidade a terra onde haviam caído. — Mas, levantando-se, o Sol as queimou e, como não tinham raízes, secaram. — Outra parte caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram. — Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. — Ouça quem tem ouvidos de ouvir. (S. Mateus, 13:1 a 9.)

Escutai, pois, vós outros a parábola do semeador. — Quem quer que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, vem o espírito maligno e tira o que lhe fora semeado no coração. Esse é o que recebeu a semente ao longo do caminho. — Aquele que recebe a semente em meio das pedras é o que escuta a palavra e que a recebe com alegria no primeiro momento. — Mas, não tendo nele raízes, dura apenas algum tempo. Em sobrevindo reveses e perseguições por causa da palavra, tira ele daí motivo de escândalo e de queda. — Aquele que recebe a semente entre espinheiros é o que ouve a palavra; mas, em quem, logo, os cuidados deste século e a ilusão das riquezas abafam aquela palavra e a tornam infrutífera. — Aquele, porém, que recebe a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e em quem ela produz frutos, dando cem ou sessenta, ou trinta por um. (S. Mateus, 13:18 a 23.)

6. A parábola do semeador exprime perfeitamente os matizes existentes na maneira de serem utilizados os ensinos do Evangelho. Quantas pessoas há, com efeito, para as quais não passa ele de letra morta e que, como a semente caída sobre pedregulhos, nenhum fruto dá!

Não menos justa aplicação encontra ela nas diferentes categorias espíritas. Não se acham simbolizados nela os que apenas atentam nos fenômenos materiais e nenhuma consequência tiram deles, porque neles mais não veem do que fatos curiosos? Os que apenas se preocupam com o lado brilhante das comunicações dos Espíritos, pelas quais só se interessam quando lhes satisfazem à imaginação, e que, depois de as terem ouvido, se conservam tão frios e indiferentes quanto eram? Os que reconhecem muito bons os conselhos e os admiram, mas para serem aplicados aos outros e não a si próprios? Aqueles, finalmente, para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa e dá frutos?

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.

PARABOLO DE LA SEMISTO

5. En tiu tago Jesuo eliris el la domo kaj sidiĝis apud la maro. – Kaj kolektiĝis al li grandaj homamasoj, tiel ke li eniris en ŝipeton, kaj sidis; kaj la tuta homamaso staris sur la marbordo. Kaj li multe parolis al ili per paraboloj, dirante: Jen semisto eliris, por semi; kaj dum li semis, iuj semoj falis apud la vojo, kaj la birdoj venis kaj formanĝis ilin; kaj aliaj falis sur ŝtonajn lokojn, kie ili ne havis multe da tero; kaj tuj ili ekkreskis, ĉar ili ne havis profundecon de tero; kaj kiam la suno leviĝis, ili brulsekiĝis, kaj ĉar ili ne havis radikon, ili forvelkis. Kaj aliaj falis inter dornojn, kaj la dornoj kreskis kaj sufokis ilin; kaj aliaj falis sur la bonan teron, kaj donis frukton, jen centoble, jen sesdekoble, jen tridekoble. Kiu havas orelojn, tiu aŭdu. Jesuo / Mateo, 13:1-9.

Vi do aŭdu la parabolon de la semisto. Kiam iu aŭdas la vorton de la regno kaj ne komprenas ĝin, tiam venas la malbonulo, kaj forprenas tion, kio estas semita en lia koro. Ĉi tiu estas la ricevinta semon apud la vojo. Kaj tiu, kiu ricevis semon sur la ŝtonaj lokoj, estas tiu, kiu aŭdas la vorton kaj tuj kun ĝojo akceptas ĝin; sed li ne havas radikon en si, sed restas nur portempe, kaj kiam venas sufero aŭ persekuto pro la vorto, tuj li falpuŝiĝas. Kaj kiu ricevis semon inter la dornoj, estas tiu, kiu aŭdas la vorton; sed la zorgoj de la mondo kaj la trompo de riĉo sufokas la vorton, kaj li fariĝas senfrukta. Kaj kiu ricevis semon sur la bona tero, estas tiu, kiu aŭdas la vorton kaj komprenas ĝin; kaj tiu ja portas frukton, kaj donas, jen centoble, jen sesdekoble, jen tridekoble. – Jesuo / Mateo, 13:18-23.

6. La parabolo de la semisto perfekte esprimas la nuancojn de la maniero, kiel profiti el la instruoj de l’ Evangelio. Efektive, kiom da personoj ekzistas, por kiuj la Evangelio estas morta litero, simila al semo falinta sur rokon, ĉar ĝi produktas nenian frukton!

Ĝi trovas aplikon ne malpli ĝustan al diversaj kategorioj de spiritistoj. Ĉu ĝi ne estas aludo al tiuj, kiuj alligiĝas nur al la materiaj fenomenoj, kaj el ili nenian sekvon ĉerpas, ĉar ili tie vidas nur kuriozaĵon? ĉu ne al tiuj, kiuj serĉas nur la brilan flankon de la komunikaĵoj de la Spiritoj, pri kiuj ili interesiĝas nur tiom, kiom la ricevitaj paroloj kontentigas ilian imagadon, sed homoj, kiuj, aŭdinte la komunikojn, restas tiel malvarmaj kaj indiferentaj kiel antaŭe? kiuj la konsilojn trovas tre bonaj kaj admiras, sed aplikas nur al la aliaj kaj ne al si mem? fine, ĉu ne al tiuj, por kiuj la instruoj estas kiel semo, falinta sur bonan grundon kaj produktanta fruktojn?

La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.

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domingo, 16 de março de 2025

Eclesiastes / La Predikanto , 3: 1 a 22.

 

         Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha? Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar. Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim. Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida; E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus. Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele. O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou. Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniquidade. Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra. Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó. Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra? Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

Eclesiastes, 3: 1 a 22

Por ĉio estas sezono, kaj tempo difinita estas por ĉiu afero sub la suno; estas tempo por naskiĝi, kaj tempo por morti; estas tempo por planti, kaj tempo por elŝiri la plantitaĵon; estas tempo por mortigi, kaj tempo por kuraci; estas tempo por detrui, kaj tempo por konstrui; estas tempo por plori, kaj tempo por ridi; estas tempo por ĝemi, kaj tempo por danci; estas tempo por disĵeti ŝtonojn, kaj tempo por kolekti ŝtonojn; estas tempo por ĉirkaŭbraki, kaj tempo por foriri de ĉirkaŭbrakado; estas tempo por serĉi, kaj tempo por perdi; estas tempo por konservi, kaj tempo por forĵeti; estas tempo por disŝiri, kaj tempo por kunkudri; estas tempo por silenti, kaj tempo por paroli; estas tempo por ami, kaj tempo por malami; estas tempo por milito, kaj tempo por paco. Kian profiton havas faranto de tio, kion li laboras? Mi vidis la penemecon, kiun Dio donis al la homidoj, por ke ili turmentiĝu per ĝi. Ĉion Li kreis bela ĝiatempe; kaj scion pri la mondo Li enmetis en ilian koron, sed tiel, ke homo ne povas kompreni la farojn, kiujn faris Dio de la komenco ĝis la fino. Mi scias, ke ekzistas nenia bono por ili, krom ĝoji kaj fari bonon en sia vivo. Kaj se homo manĝas kaj trinkas kaj ĝuas bonon de sia tuta laborado, tio estas dono de Dio. Mi scias, ke ĉio, kion faras Dio, restas eterne; al ĝi oni nenion povas aldoni, kaj de ĝi oni nenion povas depreni; kaj Dio tion faris, ke oni Lin timu. Kio fariĝis, tio ekzistas de longe; kaj kio estas fariĝonta, tio antaŭ longe jam estis, kaj Dio revokas pasintaĵon. Ankoraŭ mi vidis sub la suno: en la loko de juĝo, ke tie estas maljusteco; en la loko de vero, ke tie estas malico. Mi diris en mia koro: Piulon kaj malpiulon juĝos Dio; ĉar estas tempo por ĉiu afero, kaj por ĉio, kio fariĝas tie. Mi diris en mia koro: Ĉi tio estas pri la homidoj, ke Dio ilin elprovu, kaj ke ili vidu, ke ili estas bruto per si mem. Ĉar la sorto de homidoj kaj la sorto de bruto estas sorto egala: kiel ĉi tiuj mortas, tiel mortas ankaŭ tiuj, kaj sama spirito estas en ĉiuj; kaj supereco de homo kontraŭ bruto ne ekzistas, ĉar ĉio estas vantaĵo. Ĉiuj iras al unu loko: ĉiuj fariĝis el polvo, kaj ĉiuj refariĝos polvo. Kiu scias, ĉu la spirito de homidoj leviĝas supren, kaj ĉu la spirito de bruto malleviĝas malsupren en la teron? Kaj mi ekvidis, ke ekzistas nenio pli bona, ol ke homo ĝuu plezuron de siaj faroj, ĉar tia estas lia sorto; ĉar kiu alkondukos lin, por vidi, kio estas post li? – La Predikanto, 3: 1 a 22.

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sábado, 15 de março de 2025

II – Manifestações visuais / Vidmanifestiĝoj.

II – Manifestações visuais

16. Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível, tendo isso de comum com uma imensidade de fluidos que sabemos existir, mas que nunca vimos. Pode também, como alguns fluidos, sofrer modificações que o tornam perceptível à vista, quer por uma espécie de condensação, quer por uma mudança na disposição molecular. Pode mesmo adquirir as propriedades de um corpo sólido e tangível e retomar instantaneamente seu estado etéreo e invisível. É possível fazer-se ideia desse efeito pelo que acontece com o vapor, que passa do estado de invisibilidade ao estado brumoso, depois ao líquido, em seguida ao sólido e vice-versa.

Esses diferentes estados do perispírito resultam da vontade do Espírito, e não de uma causa física exterior, como se dá com os gases. Quando um Espírito aparece, é que ele põe seu perispírito no estado próprio a torná-lo visível. Entretanto, nem sempre basta a vontade para fazê-lo visível: é preciso, para que se opere a modificação do perispírito, o concurso de umas tantas circunstâncias que dele independem. É preciso, ademais, que ao Espírito seja permitido fazer-se visível a tal pessoa, permissão que nem sempre lhe é concedida, ou somente o é em determinadas circunstâncias, por motivos que nos escapam (Veja-se: O livro dos médiuns, Segunda Parte, cap. VI).

Outra propriedade do perispírito, peculiar essa à sua natureza etérea, é a penetrabilidade. Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo; ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes. Daí vem que não há como impedir que os Espíritos entrem num recinto inteiramente fechado. Eles visitam o preso no seu cárcere tão facilmente como visitam a um que está no campo a trabalhar.

17. As manifestações visuais ocorrem ordinariamente durante o sono, por meio dos sonhos: são as visões. As aparições propriamente ditas dão-se no estado de vigília, estando aqueles que as percebem no gozo pleno de suas faculdades e da liberdade de usar delas. Apresentam-se, em geral, sob forma vaporosa e diáfana, algumas vezes vaga e imprecisa. Frequentemente, não passam, à primeira vista, de um clarão esbranquiçado, cujos contornos pouco a pouco se acentuam. Doutras vezes, as formas se apresentam nitidamente desenhadas, distinguindo-se os menores traços do rosto, ao ponto de poder-se descrevê-lo com precisão. Os ademanes e o aspecto assemelham-se aos que o Espírito tinha quando vivo.

18. Podendo assumir todas as aparências, o Espírito se apresenta debaixo daquela que mais reconhecível o possa tornar, se o quiser. É assim que, embora como Espírito nenhuma enfermidade corpórea lhe reste, ele se mostrará estropiado, coxo, ferido com cicatrizes, se isso for necessário a lhe comprovar a identidade. O mesmo se observa com relação ao traje. O dos Espíritos que nada conservam das fraquezas terrenas, aquele de ordinário consta de amplos panos flutuantes e de uma cabeleira ondulante e graciosa.

Amiúde os Espíritos se apresentam com os atributos característicos de sua elevação, como: uma auréola, asas os que podem ser considerados anjos, resplandecente aspecto luminoso, enquanto outros trajam as que recordam suas ocupações terrestres. Assim, um guerreiro aparecerá com a sua armadura, um sábio com livros, um assassino com um punhal etc. A figura dos Espíritos Superiores é bela, nobre e serena; os mais inferiores têm qualquer coisa de feroz e bestial e, por vezes, ainda mostram vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios por que passaram, sendo-lhes essas aparências uma realidade, isto é, julgam-se quais aparecem, o que é para eles um castigo.

19. O Espírito que quer ou pode realizar uma aparição toma por vezes uma forma ainda mais precisa, de semelhança perfeita com um sólido corpo humano, de sorte a causar ilusão completa e dar a crer que está ali um ser corpóreo.

Nalguns casos e dadas certas circunstâncias, a tangibilidade pode tornar-se real, isto é, pode-se tocar, apalpar a aparição, senti-la resistente como um corpo vivo e com o calor que se observa neste, o que não impede que ela se desvaneça com a rapidez do relâmpago. Pode, pois, uma pessoa estar em presença de um Espírito, trocar com ele palavras e gestos ordinários e supor que se trata de um simples mortal, sem suspeitar sequer que tem diante de si um Espírito.

20. Qualquer que seja o aspecto sob que se apresente um Espírito, ainda que sob forma tangível, pode ele, no instante em que isso se dê, somente ser visível para algumas pessoas. Pode, pois, numa reunião, mostrar-se apenas a um ou a diversos dos que nela estejam. De dois indivíduos que se achem lado a lado, pode acontecer que um o veja e toque e o outro nem o veja, nem o sinta.

O fenômeno da aparição a uma só pessoa, entre muitas que se encontrem reunidas, explica-se por ser necessária, para que ele se produza, uma combinação do fluido perispiritual do Espírito com o da pessoa. E, para que isso se dê, é preciso que haja entre esses fluidos uma espécie de afinidade que permita a combinação. Se o Espírito não encontra a necessária aptidão orgânica, o fenômeno da aparição não pode reproduzir-se; se existe a aptidão, o Espírito tem a liberdade de aproveitá-la ou não. Daí resulta que, se duas pessoas igualmente dotadas quanto a essa aptidão se encontram juntas, pode o Espírito operar a combinação fluídica apenas com aquela das duas a quem ele queira mostrar-se. Se não a operar com a outra, esta não o verá. É como se se tratasse de dois indivíduos cujos olhos estivessem vendados: se um terceiro quiser mostrar-se a um dos dois apenas, somente dos olhos desse retirará a venda. A um, porém, que fosse cego, nada adiantaria a retirada da venda: ele, por isso, não adquiriria a faculdade de ver.

21. São muito raras as aparições tangíveis, sendo, no entanto, frequentes as vaporosas. São-no, sobretudo, no momento da morte. O Espírito que se libertou como que tem pressa de ir rever seus parentes e amigos, quiçá para avisá-los de que acaba de deixar a Terra e dizer-lhes que continua a viver. Recorra cada um às suas lembranças e verificará que muitos fatos autênticos desse gênero, aos quais não foi dada a devida atenção, ocorreram, não somente à noite, mas em pleno dia e em completo estado de vigília.

Livro: Obras Póstumas – Allan Kardec.

II - Vidmanifestiĝoj

16. Pro sia naturo kaj en sia normala stato, la perispirito estas nevidebla, kaj per tiu eco ĝi havas ion komunan al multego da fluidoj, pri kiuj ni scias, ke ili ekzistas sed kiujn ni neniam vidis. Sed ĝi ankaŭ povas, same kiel certaj fluidoj, akcepti modifojn, kiuj faras ĝin perceptebla por la vido, ĉu pro iaspeca densiĝo, ĉu pro ia ŝanĝo en la molekula aranĝo. Ĝi eĉ povas akiri la proprecojn de solida, palpebla korpo kaj tuj repreni sian staton de etereco kaj nevidebleco. Oni povas prezenti al si tiun efikon laŭ tio, kio okazas kun la vaporo, kiu povas pasi de nevidebleco en nebulecan staton, poste en likvan, fine en staton de solideco, kaj inverse.

Tiuj malsamaj statoj de la perispirito rezultas el la volo de la Spirito, ne el ia ekstera, fizika kaŭzo, kiel ĉe la gasoj. Kiam Spirito aperas, tiel estas ĉar li metas sian perispiriton en staton taŭgan por ĝin videbligi. Sed ne ĉiam sufiĉas la volo: por ke tiu modifo ĉe la perispirito povu efektiviĝi,necesas la kunhelpo de cirkonstancoj ne dependaj de la Spirito. Necesas krome, ke al la Spirito estu permesate videbliĝi al tia persono, kio ne ĉiam estas al li konsentita, aŭ nur en certaj cirkonstancoj pro motivoj, kiujn ni ne povas prijuĝi. (Vidu: La Libro de la Mediumoj, n-ro 105.)

Alia propreco de la perispirito, devenanta de ĝia etereca naturo, estas la penetripovo. Nenia materio prezentas baron al ĝi, kiu ilin ĉiujn trapasas, kiel lumo trairas la korpojn travideblajn. Pro tio estas nenia ĉirkaŭfermejo, kiu povus kontraŭstari la eniron de la Spiritoj. Ili visitas malliberulon en ties karcero tiel facile, kiel homon en la kamparo.

17. La plej ordinaraj vidmanifestiĝoj okazas dum la dormo, ĉe la sonĝoj: tio estas la vizioj. La ĝustediraj aperoj okazas en maldorma stato, kiam oni ĝuas la plenecon de siaj fakultoj kaj la tutan liberecon por ilin uzi. La aperoj ĝenerale montriĝas sub formo vaporeca kaj diafana, kelkfoje svaga kaj malpreciza. Ili ofte prezentiĝas, je la unua vido, kiel dubeblanka helo, kies konturoj iom post iom desegniĝas. Aliajn fojojn, la formoj nete konturiĝas, kaj oni distingas la plej etajn trajtojn de la vizaĝo, en tia maniero, ke oni povas ĝin tre precize priskribi. La sintenado, la aspekto similas tiujn, kiujn la Spirito havis dumvive.

18. Povante preni sur sin ĉiujn eksteraĵojn, la Spirito sin prezentas sub tiu, kiu lin pli bone rekonebligas, se tio estas lia deziro. Kvankam li, kiel Spirito, havas nenian korpan malsanon, li tamen sin montros kripla, lama, vundita, kun cikatroj, se nur tio estas necesa por konstato de lia identeco. Same okazas koncerne la veston: ĉe la Spiritoj, kiuj konservis nenian restaĵon de la surteraj malfortaĵoj, ĝi konsistas el longaj, flirtantaj drapoj, kun gracie ondiĝanta hararo.

La Spiritoj ofte sin prezentas kun tiuj atributoj karakterizantaj ilian superecon, kiel aŭreolo, flugiloj ĉe tiuj, kiujn oni rigardas kiel anĝelojn, brilege luma aspekto, dum aliaj portas tiujn atributojn memorigantajn pri iliaj surteraj okupoj. Tiel, batalanto povas aperi kun sia armaĵo, saĝulo kun libroj, murdinto kun ponardo, ktp. La superaj Spiritoj havas belan, noblan kaj serenan figuron; ĉe tiuj plej malsuperaj estas io sovaĝa kaj bestia, kaj ili iafoje ankoraŭ portas restaĵojn de siaj krimoj aŭ de travivitaj turmentoj. Por ili tiaj eksteraĵoj estas realaj, tio estas, ili kredas sin tiaj, kiaj ili ŝajnas, kaj tion ili sentas kiel punon.

19. La Spirito, kiu volas aŭ povas aperi, kelkfoje prenas sur sin ankoraŭ pli precizan formon, tute similan al solida korpo, en tia maniero, ke ili kaŭzas kompletan iluzion kaj kredigas, ke oni havas antaŭ si iun korpan estaĵon.

En kelkaj okazoj kaj sub certaj cirkonstancoj, la palpebleco povas fariĝi reala, tio estas, oni povas tuŝi, palpi, senti la saman reziston, la saman varmon kiel ĉe viva korpo, kio ne malpermesas, ke li disfumiĝu kun la rapideco de fulmo. Oni povas do troviĝi en la ĉeesto de Spirito, kun li interŝanĝi parolojn kaj ordinarajn gestojn, kredante, ke oni estas en rilatoj kun simpla mortemulo kaj neniel suspektante, ke tio estas Spirito.

20. Kia ajn estas la eksteraĵo, sub kiu Spirito sin prezentas, eĉ sub palpebla formo, li povas, en tiu sama momento, fariĝi videbla nur por kelkaj personoj. Li povas do, en iu kunveno, montriĝi nur al unu aŭ al kelkaj el la ĉeestantoj. El du personoj, starantaj unu apud la dua, unu povas lin vidi kaj tuŝi, dum la alia nenion vidas nek sentas.

La apero al unu sola persono inter pluraj kunvenintaj havas kiel kaŭzon la neceso, por ĝia ekesto, de ia kombiniĝo inter la perispirita fluido de la Spirito kaj tiu de la persono. Kaj por ke tiel estu, necesas, ke inter tiuj fluidoj ekzistu iaspeca afineco ebliganta la kombiniĝon. Se la Spirito ne trovas la necesan organan kapablecon, la apero ne povas fariĝi; se la kapableco ekzistas, la Spirito estas libera ĝin utiligi aŭ ne. De tio venas, ke, se kune troviĝas du personoj egale dotitaj en tiu rilato, la Spirito povas estigi la fluidkombiniĝon nur kun tiu, al kiu li volas montriĝi. Ne estigante kombiniĝon kun la alia, li de ĉi tiu ne estos vidata. Simile okazus ĉe du homoj, kiu havus vualon sur la okuloj: se unu tria persono volus sin montri ekskluzive al unu, nur de ĉi tiu li levus la vualon. Sed al iu, kiu estus blinda, oni vane levus la vualon: ne pro tio li ricevus la vidpovon.

21. Tre raraj estas la palpeblaj aperoj, sed pli oftas tiuj vaporecaj, precipe en la momento de la morto. La liberiĝinta Spirito ŝajne volas urĝe revidi siajn parencojn kaj amikojn, kvazaŭ por ĉi tiujn sciigi, ke li ĵus forlasis la Teron, kaj por al ili diri, ke li ĉiam ankoraŭ vivas. Ĉiu nur elvoku siajn memorojn kaj certe konstatos, kiom da tiuspecaj, aŭtentaj faktoj, pri kiuj li ne atentis, ja okazis, ne nur dumnokte sed en plena tago kaj en perfekta stato de maldormo.

Libro: POSTMORTAJ VERKOJ – Allan Kardec.

El la franca lingvo tradukis Affonso Soares kaj Paulo Sérgio Viana.

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quinta-feira, 13 de março de 2025

O perispírito como princípio das manifestações / La perispirito kiel principo de la manifestiĝoj.

I – O perispírito como princípio das manifestações

9. Os Espíritos, como já foi dito, têm um corpo fluídico, a que se dá o nome de perispírito. Sua substância é haurida do fluido universal ou cósmico, que o forma e alimenta, como o ar forma e alimenta o corpo material do homem. O perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e o grau de depuração do Espírito. Nos mundos e nos Espíritos inferiores, ele é de natureza mais grosseira e se aproxima muito da matéria bruta.

10. Durante a encarnação, o Espírito conserva o seu perispírito, sendo-lhe o corpo apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.

O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações. Relativamente às que vêm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispírito a transmite e o Espírito, que é o ser sensível e inteligente, a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa.

11. O perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo, como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força da vontade podem dilatar mais ou menos. Daí se segue que pessoas há que, sem estarem em contato corporal, podem achar-se em contato pelos seus perispíritos e permutar a seu mau grado impressões e, algumas vezes, pensamentos, por meio da intuição.

12. Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos fisiológicos e patológicos. Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las.

13. Por meio do perispírito é que os Espíritos atuam sobre a matéria inerte e produzem os diversos fenômenos mediúnicos. Sua natureza etérea não é que a isso obstaria, pois se sabe que os mais poderosos motores se nos deparam nos fluidos mais rarefeitos e nos mais imponderáveis. Não há, pois, motivo de espanto quando, com essa alavanca, os Espíritos produzem certos efeitos físicos, tais como pancadas e ruídos de toda espécie, levantamento, transporte ou lançamento de objetos. Para explicarem-se esses fatos, não há porque recorrer ao maravilhoso, nem ao sobrenatural.

14. Atuando sobre a matéria, podem os Espíritos manifestar-se de muitas maneiras diferentes: por efeitos físicos, quais os ruídos e a movimentação de objetos; pela transmissão do pensamento, pela visão, pela audição, pela palavra, pelo tato, pela escrita, pelo desenho, pela música etc. Numa palavra, por todos os meios que sirvam a pô-los em comunicação com os homens.

15. Podem ser espontâneas ou provocadas as manifestações dos Espíritos. As primeiras dão-se inopinadamente e de improviso. Produzem-se, muitas vezes, entre pessoas de todo estranhas às ideias espíritas. Nalguns casos e sob o império de certas circunstâncias, pode a vontade provocar as manifestações, soba influência de pessoas dotadas, para tal efeito, de faculdades especiais.

As manifestações espontâneas sempre se produziram, em todas as épocas e em todos os países. Sem dúvida, já na Antiguidade se conhecia o meio de as provocar, mas esse meio constituía privilégio de certas castas que somente a raros iniciados o revelavam, sob condições rigorosas, escondendo-o ao vulgo, a fim de o dominar pelo prestígio de um poder oculto. Ele, contudo, se perpetuou, através das idades até os nossos dias, entre alguns indivíduos, mas quase sempre desfigurado pela superstição, ou de mistura com as práticas ridículas da magia, o que contribuiu para o desacreditar. Nada mais fora até então senão germens lançados aqui e ali. A Providência reservara para a nossa época o conhecimento completo e a vulgarização desses fenômenos, para os expurgar das ligas impuras e torná-los úteis ao melhoramento da Humanidade, madura agora para os compreender e lhes tirar as consequências.

Livro: Obras Póstumas – Allan Kardec.

I - La perispirito kiel principo de la manifestiĝoj

9. La Spiritoj, kiel dirite, havas fluidecan korpon, nomatan perispirito, kies substancon ili ĉerpas en la universa aŭ kosma fluido, kiu fluido ĝin formas kaj nutras same kiel la aero formas kaj nutras la materian korpon de la homo. La perispirito estas pli aŭ malpli etereca, laŭ la mondoj aŭ laŭ la purecogrado de la Spirito. En la malsuperaj mondoj, kiel ankaŭ ĉe la malsuperaj Spiritoj, ĝia naturo estas malpli delikata kaj tre proksima al la kruda materio.

10. Dum la enkarna stato, la Spirito konservas sian perispiriton, kaj la korpo estas por li nur ia dua envolvaĵo, pli kruda, pli rezista, alĝustigita al la funkcioj, kiujn li devas plenumi, kaj je tiu envolvaĵo li seniĝas okaze de la morto.

La perispirito rolas kiel peranto inter la Spirito kaj la korpo, estante transsendilo de ĉiuj sensacoj. Koncerne tiujn venantajn de ekstere, oni povas diri, ke la korpo kaptas la impreson, la perispirito ĝin transsendas, kaj la Spirito, sentiva kaj inteligenta estaĵo, ĝin ricevas. Kiam la Spirito startigas la agon, oni povas diri, ke la Spirito volas, la perispirito transsendas kaj la korpo plenumas.

11. La perispirito ne restas enfermita en la limoj de la korpo kvazaŭ en ia kesto. Pro sia fluideca naturo, ĝi estas ekspansia, radias eksteren kaj formas, ĉirkaŭ la korpo, iaspecan atmosferon, kiun la penso kaj la volforto povas pli aŭ malpli etendi. El tio sekvas, ke du personoj, kvankam sen korpa kontakto, povas tamen kontakti per la perispirito kaj malgraŭvole interŝanĝi ne nur impresojn sed ankaŭ, kelkfoje, eĉ pensojn per la intuicio.

12. Estante unu el la konsistigaj elementoj de la homo, la perispirito ludas gravan rolon en ĉiuj psikologiaj fenomenoj kaj, ĝis certa grado, en fenomenoj fiziologiaj kaj patologiaj. Kiam la medicinaj sciencoj konsideros la influon de la spirita elemento en la ekonomio, ili estos farintaj larĝan paŝon, kaj novaj horizontoj malfermiĝos antaŭ ili. Tiam estos klarigitaj la kaŭzoj de multaj malsanoj kaj eltrovitaj potencaj rimedoj por ilin kontraŭbatali.

13. Estas ĝuste per la perispirito, ke la Spiritoj agas sur la inertan materion kaj estigas la diversajn manifestiĝojn. Ilia etereca naturo ne povus konstitui obstaklon, ĉar oni ja scias, ke la plej potencaj motoroj troviĝas inter la plej maldensaj kaj plej subtilaj fluidoj. Estas do nenia motivo por mirego, kiam oni vidas la Spiritojn produkti, helpe de tia levilo, certajn fizikajn efikojn, kiaj frapoj kaj ĉiaspecaj bruoj, transporto kaj ĵeto de objektoj. Oni tute ne bezonas, por ilin klarigi, sin helpi per tio mirakleca aŭ per tio supernatura.

14. Agante sur la materion, la Spiritoj povas manifestiĝi per multaj diversaj manieroj: per fizikaj efikoj, kiel bruoj kaj movado de objektoj; per transsendo de la penso, vidado, aŭdado, parolo, tuŝado, skribo, desegno, muziko, ktp. Unuvorte, per ĉiuj rimedoj taŭgaj por meti ilin en rilatoj kun la homoj.

15. La manifestiĝoj de la Spiritoj povas esti spontanaj aŭ okazigataj.

La unuaj ekestas subite kaj neatendite kaj ofte fariĝas ĉe personoj tute fremdaj al la spiritismaj ideoj. En iuj okazoj kaj sub certaj cirkonstancoj, la manifestiĝoj povas esti okazigataj de la volo, pro la influo de personoj por tio dotitaj per specialaj kapabloj.

La spontanaj manifestiĝoj okazis en ĉiuj epokoj kaj en ĉiuj landoj. La rimedo por ilin okazigi sendube ankaŭ estis konata en la antikveco sed restis privilegio de certaj kastoj, kiuj ĝin ne malsekretigis krom al iuj maloftaj inicitoj, sub rigoraj kondiĉoj, kaŝante ĝin antaŭ la vulgarularo por ĉi tiun superregi per la prestiĝo de ia okulta potenco. Ĝi tamen daŭradis tra la aĝoj, ĉe kelkaj homoj, ĝis la nuntempo, sed preskaŭ ĉiam falsite de la superstiĉo aŭ miksite kun ridinda magiado, kio kontribuis por ĝia senkreditiĝo. Tio estis, ĝis tiam, nenio pli ol ĝermoj ĉi tie kaj tie ĵetitaj. La Providenco rezervis al nia epoko la kompletan konadon kaj la vulgarigon de tiuj fenomenoj, celante ilin purigi el la malbonaj almiksaĵoj kaj ilin servigi al la plibonigo de la homaro, jam nuntempe matura por ilin kompreni kaj el ili eltiri la sekvojn.

Libro: POSTMORTAJ VERKOJ – Allan Kardec.

El la franca lingvo tradukis Affonso Soares kaj Paulo Sérgio Viana.

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terça-feira, 11 de março de 2025

Caráter e consequências religiosas das manifestações dos Espíritos / Karaktero kaj religiaj sekvoj de la manifestiĝoj de la Spiritoj.

Caráter e consequências religiosas das manifestações dos Espíritos / Karaktero kaj religiaj sekvoj de la manifestiĝoj de la Spiritoj.

1. As almas ou Espíritos dos que aqui viveram constituem o Mundo Invisível que povoa o espaço e no meio do qual vivemos. Daí resulta que, desde que há homens, há Espíritos e que, se estes últimos têm o poder de manifestar-se, devem tê-lo tido em todas as épocas. É o que comprovam a História e as religiões de todos os povos. Entretanto, nestes últimos tempos, as manifestações dos Espíritos assumiram grande desenvolvimento e tomaram um caráter mais acentuado de autenticidade, porque estava nos desígnios da Providência pôr termo à praga da incredulidade e do materialismo, por meio de provas evidentes, permitindo que os que deixaram a Terra viessem atestar sua existência e revelar-nos a situação ditosa ou infeliz em que se encontravam.

2. Vivendo o mundo visível em meio do Mundo Invisível, com o qual se acha em contato perpétuo, segue-se que eles reagem incessantemente um sobre o outro, reação que constitui a origem de uma imensidade de fenômenos, que foram considerados sobrenaturais, por se não lhes conhecer a causa.

A ação do Mundo Invisível sobre o mundo visível e reciprocamente é uma das leis, uma das forças da Natureza, tão necessária à harmonia universal, quanto a lei de atração. Se ela cessasse, a harmonia estaria perturbada, conforme sucede num maquinismo, donde se suprima uma peça. Derivando de uma Lei da Natureza semelhante ação, nada têm, evidentemente, de sobrenaturais os fenômenos que ela opera. Pareciam tais, porque desconhecida era a causa que os produzia. O mesmo se deu com alguns efeitos da eletricidade, da luz etc.

3. Todas as religiões têm por base a existência de Deus e por fim o futuro do homem depois da morte. Esse futuro, que é de capital interesse para a criatura, se acha necessariamente ligado à existência do Mundo Invisível, pelo que o conhecimento desse mundo há constituído, desde todos os tempos, objeto de suas pesquisas e preocupações. A atenção do homem foi naturalmente atraída pelos fenômenos que tendem a provar a existência daquele mundo e nenhuns houve jamais tão concludentes, como os das manifestações dos Espíritos por meio das quais os próprios habitantes de tal mundo revelaram suas existências. Por isso foi que esses fenômenos se tornaram básicos para a maior parte dos dogmas de todas as religiões.

4. Tendo instintivamente a intuição de uma potência superior, o homem foi sempre levado, em todos os tempos, a atribuir à ação direta dessa potência os fenômenos cuja causa lhe era desconhecida e que passavam, a seus olhos, por prodígios e efeitos sobrenaturais. Os incrédulos consideram essa tendência uma consequência da predileção que tem o homem pelo maravilhoso; não procuram, porém, a origem desse amor do maravilhoso. Ela, no entanto, reside muito simplesmente na intuição mal definida de uma ordem de coisas extracorpóreas. Com o progresso da Ciência e o conhecimento das Leis da Natureza, esses fenômenos passaram pouco a pouco do domínio do maravilhoso para o dos efeitos naturais, de sorte que o que outrora parecia sobrenatural já não o é hoje e o que ainda o é hoje não mais o será amanhã.

Os fenômenos decorrentes da manifestação dos Espíritos forneceram, pela sua natureza mesma, larga contribuição aos fatos reputados maravilhosos. Tempo, contudo, viria em que, conhecida a lei que os rege, eles entrariam, como os outros, na ordem dos fatos naturais. Esse tempo chegou e o Espiritismo, dando a conhecer essa Lei, apresentou a chave para a interpretação da maior parte das passagens incompreendidas das escrituras sagradas que a isso aludem e dos fatos tidos por miraculosos.

5. O caráter do fato miraculoso é ser insólito e excepcional; é uma derrogação das Leis da Natureza. Desde, pois, que um fenômeno se reproduz em condições idênticas, segue-se que está submetido a uma lei e, então, já não é miraculoso. Pode essa lei ser desconhecida, mas, por isso, não é menos real a sua existência. O tempo se encarregará de revelá-la.

O movimento do sol, ou, melhor, da Terra, sustado por Josué, seria um verdadeiro milagre, porquanto implicaria a derrogação manifesta da lei que rege o movimento dos astros. Mas se o fato pudesse reproduzir-se em dadas condições, é que estaria sujeito a uma lei e deixaria, conseguintemente, de ser milagre.

6. É errôneo assustar-se a Igreja com o fato de restringir-se o círculo dos fatos miraculosos, porquanto Deus prova melhor o seu poder e a sua grandeza por meio do admirável conjunto de suas leis do que por algumas infrações dessas mesmas leis. E tanto mais errôneo é o seu temor, quanto ela atribui ao demônio o poder de operar prodígios, donde resultaria que, podendo interromper o curso das Leis Divinas, o demônio seria tão poderoso quanto Deus. Ousar dizer que o Espírito do mal pode suspender o curso das Leis de Deus é blasfêmia e sacrilégio.

Longe de perder qualquer coisa de sua autoridade por passarem os fatos qualificados de milagrosos à ordem dos fatos naturais, a Religião somente pode ganhar com isso; primeiramente, porque, se um fato é tido falsamente por miraculoso, há aí um erro e a Religião somente pode perder, se se apoiar num erro, sobretudo se se obstinasse em considerar milagre o que não o seja; em segundo lugar, porque, não admitindo a possibilidade dos milagres, muitas pessoas negam os fatos qualificados de milagrosos, negando, conseguintemente, a Religião que em tais fatos se estriba. Se, ao contrário, a possibilidade dos mesmos fatos for demonstrada como efeitos das Leis Naturais, já não haverá cabimento para que alguém os repila, nem repila a Religião que os proclame.

7. Nenhuma crença religiosa, por lhes ser contrária, pode infirmar os fatos que a Ciência comprova de modo peremptório. Não pode a Religião deixar de ganhar em autoridade acompanhando o progresso dos conhecimentos científicos, como não pode deixar de perder, se se conservar retardatária, ou a protestar contra esses mesmos conhecimentos em nome dos seus dogmas, visto que nenhum dogma poderá prevalecer contra as Leis da Natureza, ou anulá-las. Um dogma que se funde na negação de uma Lei da Natureza não pode exprimir a verdade.

O Espiritismo, que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional. Vem destruir apenas as falsas consequências que deles foram deduzidas, em virtude da ignorância daquelas leis, ou de as terem interpretado erradamente.

8. A ignorância das Leis da Natureza, com o levar o homem a procurar causas fantásticas para fenômenos que ele não compreende, é a origem das ideias supersticiosas, algumas das quais são devidas aos fenômenos espíritas mal compreendidos. O conhecimento das leis que regem os fenômenos destrói essas ideias supersticiosas, encaminhando as coisas para a realidade e demonstrando, com relação a elas, o limite do possível e do impossível.

Livro: Obras Póstumas – Allan Kardec.

Karaktero kaj religiaj sekvoj de la manifestiĝoj de la Spiritoj

1. La animoj aŭ Spiritoj de tiuj, kiuj ĉi tie vivis, konsistigas la nevideblan mondon, kiu plenigas la spacon kaj en kiu ni vivas. El tio rezultas, ke, se estas homoj, estas Spiritoj, kaj ke, se ĉi tiuj havas la povon manifestiĝi, ili ĝin havis en ĉiuj epokoj. Ĉi tion atestas la historio kaj la religioj de ĉiuj popoloj. Sed en la lastaj tempoj la manifestiĝoj de la Spiritoj pli vaste disvolviĝis kaj prenis fortan karakteron de aŭtenteco, ĉar estis en la planoj de la Providenco meti finon al tiaj plagoj, kiel nekredemo kaj materialismo, pere de evidentaj pruvoj, permesante al tiuj, forlasintaj la Teron, veni por atesti sian ekzistadon kaj al ni malkaŝi sian situacion, feliĉan aŭ malfeliĉan.

2. Ĉar la mondo videbla troviĝas ene de la nevidebla, kun kiu ĝi havas konstantan kontakton, el tio sekvas, ke ili senĉese reagas, unu sur la alian. Tiu reago konstituas la fonton de amaso da fenomenoj, kiujn oni rigardis supernaturaj pro nekonado de iliaj kaŭzoj.

La agado de la nevidebla mondo sur la videblan, kaj reciproke, estas unu el la leĝoj, unu el la fortoj de la Naturo, tiel necesa al la universa harmonio kiel la leĝo de altiro. Se ĝi ĉesus, tiu harmonio difektiĝus, same kiel ĉe ia mekanismo, de kiu oni deprenus ian pecon. Ĉar tiu agado sidas sur unu leĝo de la Naturo, tial neniel supernaturaj estas la fenomenoj, kiujn ĝi estigas. Tiaj ili ŝajnis, ĉar oni ne konis ties kaŭzon. Tiel same okazis kun certaj efikoj de la elektro, de la lumo, ktp.

3. Ĉiuj religioj havas kiel bazon la ekziston de Dio kaj kiel celon la estontecon de la homo post la morto. Tiu estonteco, kiu por la homo havas plej gravan intereson, estas nepre ligita al la ekzisto de la nevidebla mondo, kies konado ankaŭ fariĝis, de ĉiuj tempoj, objekto de liaj esploroj kaj zorgoj. Lia atento estis nature turnita sur la fenomenojn celantajn pruvi la ekziston de tiu mondo, kaj neniuj montriĝis pli konkludigaj ol la manifestiĝoj de la Spiritoj, per kiuj la loĝantoj mem de tiu mondo malkaŝis sian ekziston. Ja tial tiuj fenomenoj konsistigis bazon al la plejparto de ĉiuj religiaj dogmoj.

4. Pro instinkta intuicio pri ia supera potenco, la homo ĉiam estis instigata atribui al la rekta agado de tiu potenco la fenomenojn, kies kaŭzon li ne konis kaj kiujn li prenis por mirindaĵoj kaj supernaturaj efikoj. Tiun inklinon la nekredemuloj rigardas kiel sekvon de la amo de l’ homo al tio mirakleca; sed ili ne serĉas la originon de tiu amo al tio mirakleca, kiu tamen ja troviĝas en svaga intuicio pri ia eksterkorpa ordo de aferoj. Kun la progreso de la Scienco kaj la konado de la leĝoj de la Naturo, tiuj fenomenoj iom post iom transiris el la kampo de tio mirakleca en tiun de la naturaj efikoj, en tia maniero, ke, kio iam ŝajnis supernatura, tia ĝi ne plu estas hodiaŭ, kaj kio tia ankoraŭ restas hodiaŭ, ne plu estos morgaŭ.

Rezultante el la manifestiĝoj de la Spiritoj, la fenomenoj, pro sia naturo mem, liveris grandan kontingenton al la faktoj rigardataj kielmiraklecaj. Sed devis veni tempo, kiam, pro la konado de la leĝo ilin reganta, ili eniris, kiel la aliaj, en la ordon de la naturaj faktoj. Tiu tempo estas veninta, kaj Spiritismo, konigante tiun leĝon, liveras la ŝlosilon de la plejparto el la nekomprenataj lokoj el la sanktaj Skriboj tion aludantaj, krom ankaŭ de tiuj faktoj rigardataj kiel miraklecaj.

5. La mirakleca fakto karakteriziĝas per tio, ke ĝi estas eksterkutima kaj escepta; ja ia nuligo de la naturaj leĝoj. Se do iu fenomeno refariĝas en la samaj kondiĉoj, tio signifas, ke ĝi estas submetita al iu leĝo kaj ne estas mirakleca. Tiu leĝo povas esti nekonata, sed el tio ne sekvas, ke ĝi ne ekzistas. La tempo zorgos pri ĝia diskonigo.

La movo de la Suno, aŭ pli ĝuste de la Tero, haltigita de Josuo, estus vera miraklo, ĉar ĝi prezentus efektivan nuligon de la leĝo reganta la movadon de la astroj. Sed se la fakto povus refariĝi en difinitaj kondiĉoj, tiel okazus, ĉar ĝi estus submetita al iu leĝo kaj sekve ĉesus esti mirakleca.

6. La Eklezio senprave maltrankviliĝas, vidante malvastiĝi la rondon de la miraklecaj faktoj, ĉar Dio pli bone pruvas sian grandecon kaj sian povon per la admirinda tutaĵo de siaj leĝoj, ol per iuj malobeoj al tiuj samaj leĝoj, des pli ĉar la Eklezio atribuas al la demono la povon estigi miregindaĵojn, kio implicus, ke, povante interrompi la agadon de la diaj leĝoj, la demono estus tiel pova kiel Dio. Kuraĝi aserti, ke la Spirito de malbono povas haltigi la agadon de la leĝoj de Dio, estas blasfemo kaj sakrilegio.

Anstataŭ ke ĝi perdus sian aŭtoritaton pro tio, ke faktoj rigardataj kiel miraklaj eniris la ordon de la naturaj faktoj, la religio nur povas el tio profiti; unue tial, ke, se iun fakton oni malĝuste rigardas mirakla, en tio ja estas eraro, kaj la religio povas nur malgajni sin apogante sur eraro, precipe se ĝi obstinas rigardi mirakla tion, kio tia ne estas; due ĉar multaj personoj, ne konsentante la eblecon de mirakloj, neas tiujn faktojn, kiujn oni opinias miraklaj, kaj sekve la religion sin apogantan sur tiuj faktoj. Se, kontraŭe, la ebleco de tiuj faktoj estas pruvita kiel sekvo de naturaj leĝoj, tiam ne plu estus pravo por ilin repuŝi, nek repuŝi la religion, kiu ilin proklamas.

7. La faktojn kategorie pruvitajn de la Scienco povas malkonfirmi neniu kontraŭstaranta kredo religia. La religio povas nur akiri aŭtoritaton, sekvante la progreson de la sciencaj konoj, kaj ĝin ja perdi, restante malantaŭe aŭ protestante kontraŭ tiuj konoj en la nomo de dogmoj, ĉar neniu dogmo povas superstari aŭ nuligi la leĝojn de la Naturo; dogmo bazita sur neo de natura leĝo ne povas esprimi la veron.

Spiritismo, fondita sur la konado de leĝoj ĝis nun ne komprenataj, tute ne venas detrui la religiajn faktojn, sed ja ilin sankcii, prezentante ties racian klarigon. Ĝi venas detrui nur tiujn falsajn sekvojn, kiujn oni el ĝi deduktis pro nekonado de tiuj leĝoj aŭ pro ilia erara interpreto.

8. La nekonado de la naturaj leĝoj, kondukante la homon al serĉado de fantaziaj kaŭzoj por fenomenoj, kiujn ili ne komprenas, estas fonto de superstiĉaj ideoj, el kiuj kelkaj naskiĝas de miskomprenataj spiritismaj fenomenoj. La konado de la leĝoj, kiuj regas tiajn fenomenojn, detruas tiujn superstiĉajn ideojn, metante la aferojn en la realon kaj elmontrante, rilate al tiuj ideoj, la limon de eblo kaj neeblo.

Libro: POSTMORTAJ VERKOJ – Allan Kardec.

El la franca lingvo tradukis Affonso Soares kaj Paulo Sérgio Viana.

Livro O Homem Integral: Fobia Social - Momentos com Joanna de Ângelis

De Moisés a Kardec – Jorge Elarrat, Álvaro e Prof. Severino Celestino

#16 Estudando A Gênese - Origem do bem e do mal

#31 Estudando O Céu e o Inferno - Intervenção dos Demônios nas Modernas ...

#05 Estudando O Evangelho Segundo o Espiritismo - Introdução - Sócrates ...

O MUNDO DÁ VOLTAS, VEJA NESSE VÍDEO O PODER DESSA VOLTA!

domingo, 9 de março de 2025

III – Criação / Kreado.

III – Criação

10. Deus é o Criador de todas as coisas.

Esta proposição é corolário da prova da existência de Deus (no 1).

11. O princípio das coisas reside nos arcanos de Deus.

Tudo diz que Deus é o autor de todas as coisas, mas como e quando as criou Ele? A matéria existe, como Ele, de toda a eternidade? Ignoramo-lo. Acerca de tudo o que Ele não julgou conveniente revelar-nos, apenas se podem erguer sistemas mais ou menos prováveis. Dos efeitos que observamos, podemos remontar a algumas causas. Há, porém, um limite que não nos é possível transpor. Querer ir além é, simultaneamente, perder tempo e cair em erro.

12. O homem tem por guia, na pesquisa do desconhecido, os atributos de Deus. Para a investigação dos mistérios que nos é permitido sondar por meio do raciocínio, há um critério certo, um guia infalível: os atributos de Deus.  

Desde que se admite que Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, supremamente justo e bom, que ele é infinito em suas perfeições, toda doutrina ou teoria, científica ou religiosa, que tenda a lhe tirar qualquer parcela de um só dos seus atributos, será necessariamente falsa, pois que tende à negação da divindade mesma.

13. Os mundos materiais tiveram começo e terão fim.

Quer a matéria exista de toda a eternidade, como Deus, quer tenha sido criada numa época qualquer, é evidente, segundo o que se passa cotidianamente às nossas vistas, que são temporárias as transformações da matéria e que dessas transformações resultam diferentes corpos, que incessantemente nascem e se destroem.

Como produtos que são da aglomeração e da transformação da matéria, os diversos mundos hão de ter tido, como todos os corpos materiais, começo e terão fim, na conformidade de leis que desconhecemos. Pode a Ciência, até certo ponto, formular as leis que lhes presidiram à formação e remontar ao estado primitivo deles. Toda teoria filosófica em contradição com os fatos que a Ciência comprova é necessariamente falsa, a menos que prove estar em erro a Ciência.

14. Criando os mundos materiais, também criou Deus seres inteligentes a que damos o nome de Espíritos.

15. Desconhecemos a origem e o modo de criação dos Espíritos; apenas sabemos que eles são criados simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, porém perfectíveis e com igual aptidão para tudo adquirirem e tudo conhecerem com o tempo. A princípio, eles se encontram numa espécie de infância, carentes de vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência.

16. À medida que o Espírito se distancia do ponto de partida, desenvolvem-se-lhe as ideias, como na criança, e, com as ideias, o livre-arbítrio, isto é, a liberdade de fazer ou não fazer, de seguir este ou aquele caminho para seu adiantamento, o que é um dos atributos essenciais do Espírito.

17. O objetivo final de todos os Espíritos consiste em alcançar a perfeição de que é suscetível a criatura. O resultado dessa perfeição está no gozo da suprema felicidade que lhe é consequente e a que chegam mais ou menos rapidamente, conforme o uso que fazem do livre-arbítrio.

18. Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a Criação.

19. Para colaborarem, como agentes da potência divina na obra dos mundos materiais, os Espíritos revestem transitoriamente um corpo material. Os Espíritos encarnados constituem a Humanidade. A alma do homem é um Espírito encarnado.

20. A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é transitória e passageira: não é mais do que um instante na eternidade.

21. A encarnação dos Espíritos está nas Leis da Natureza; é necessária ao adiantamento deles e à execução das obras de Deus. Pelo trabalho, que a existência corpórea lhes impõe, eles aperfeiçoam a inteligência e adquirem, cumprindo a Lei de Deus, os méritos que os conduzirão à felicidade eterna.

Daí resulta que, concorrendo para a obra geral da Criação, os Espíritos trabalham pelo seu próprio progresso.

22. O aperfeiçoamento do Espírito é fruto do seu próprio labor; ele avança na razão da sua maior ou menor atividade ou da sua boa vontade em adquirir as qualidades que lhe falecem.

23. Não podendo o Espírito, numa só existência, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que hão de conduzi-lo à meta, ele chega a essa aquisição por meio de uma série de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para a frente na senda do progresso e se escoima de algumas imperfeições.

24. Para cada nova existência, o Espírito traz o que ganhou em inteligência e em moralidade nas suas existências pretéritas, assim como os germens das imperfeições de que ainda se não expungiu.

25. Quando um Espírito empregou mal uma existência, isto é, quando nenhum progresso realizou na senda do bem, essa existência lhe resulta sem proveito, ele tem que a recomeçar em condições mais ou menos penosas, por efeito da sua negligência ou má vontade.

26. Devendo o Espírito, em cada existência corpórea, adquirir alguma coisa no sentido do bem e despojar-se de alguma coisa no sentido do mal, segue-se que, após certo número de encarnações, ele se acha depurado e alcança o estado de puro Espírito.

27. É indeterminado o número das existências corpóreas; depende da vontade do Espírito reduzir esse número, trabalhando ativamente pelo seu progresso moral.

28. No intervalo das existências corpóreas, o Espírito é errante e vive a vida espiritual. A erraticidade carece de duração determinada.

29. Quando, num mundo, os Espíritos têm realizado a soma de progresso que o estado desse mundo lhe faculta efetuar, deixam-no e passam a encarnar noutro mais adiantado, onde entesouram novos conhecimentos e assim por diante, até que, de nenhuma utilidade mais lhe sendo a encarnação em corpos materiais, entram a viver exclusivamente a vida espiritual, em que também progridem noutro sentido e por outros meios. Galgando o ponto culminante do progresso, gozam da felicidade suprema. Admitidos nos Conselhos do Onipotente, identificam-se com o pensamento deste e se tornam seus mensageiros, seus ministros diretos para o governo dos mundos, tendo sob suas ordens os outros Espíritos ainda em diferentes graus de adiantamento.

Livro: Obras Póstumas – Allan Kardec.

III. Kreado

10. Dio estas la kreinto de ĉiuj ekzistaĵoj.

Ĉi tiu propozicio estas sekvo de la pruvo pri la ekzistado de Dio.

11. La principo de la ekzistaĵoj sidas en la sekretoj de Dio.

Ĉio diras, ke Dio estas la aŭtoro de ĉiuj ekzistaĵoj, sed kiam kaj kiel li kreis ilin? Ĉu la materio ekzistas, kiel li, de la tuta eterna tempo?

Tion ni ne scias. Pri ĉio, kion li trovis ne revelaciinda al ni, oni povas nur starigi pli aŭ malpli probablajn sistemojn. De la efikoj, kiujn ni vidas, ni povas alpaŝi al iuj kaŭzoj. Estas tamen ia limo al ni ne transpasebla. Voli iri transen estus samtempe tempoperdo kaj sin elmetado al eraro.

12. La homo havas, kiel gvidilon en la esplorado de l’ nekonataĵo, la atributojn de Dio.

Por la esplorado de la misteroj, kiujn al ni eblas sondi per rezonado, estas ia certa kriterio, ia neerariva gvidilo, nome la atributoj de Dio.

Se oni akceptas, ke Dio estas eterna, senŝanĝa, nemateria, unika, ĉiopova, superege justa kaj bona, ke li estas senfina en siaj perfektaĵoj, ĉia doktrino aŭ teorio, scienca aŭ religia, celanta depreni de li unu solan el liaj atributoj, nepre estas falsa, ĉar ĝi celus la neadon de la Diaĵo mem.

13. La materiaj mondoj havis komencon kaj havos finon.

Ĉu la materio ekzistas, kiel Dio, de la tuta eterna tempo, ĉu ĝi estis kreita iam ajn, ja evidentas, laŭ ĉio ĉiutage okazanta antaŭ niaj okuloj, ke la transformiĝoj de la materio estas nedaŭraj kaj ke el tiuj transformiĝoj rezultas la diversaj korpoj, kiuj senĉese naskiĝas kaj sin reciproke detruas.

Estante produktoj de la aglomeriĝo kaj transformiĝo de la materio, la diversaj mondoj, kiel ĉiuj materiaj korpoj, nepre havis komencon kaj havos finon, laŭ leĝoj al ni ne konataj. La Scienco povas, ĝis certa limo, formuli la leĝojn, kiuj regis ilian formiĝon, kaj alpaŝi al ilia primitiva stato. Ĉia filozofia teorio, kontraŭdiranta faktojn elpruvitajn de la Scienco, nepre estas falsa, krom se ĝi pruvas, ke la Scienco eraras.

14. Krom krei la materiajn mondojn, Dio ankaŭ kreis inteligentajn estulojn, kiujn ni nomas Spiritoj.

15. Estas al ni nekonataj la origino de la Spiritoj kaj la maniero kiel ili estas kreitaj; ni nur scias, ke ili estas kreitaj simplaj kaj sensciaj, tio estas, sen ia scio kaj sen konado de bono kaj malbono, tamen perfektigeblaj kaj kun egala kapablo por, kun la tempo, ĉion akiri kaj ĉion scii.

Komence ili troviĝas en iaspeca infaneco, sen propra volo kaj sen plena konscio pri sia ekzisto.

16. Laŭgrade kiel la Spirito malproksimiĝas de sia deirpunkto, liaj ideoj, kiel ĉe infano, disvolviĝas kaj, kun la ideoj, ankaŭ la libera volo, tio estas, la libereco fari aŭ ne fari, sekvi tiun aŭ tiun alian vojon por sia progreso, kio estas unu el la esencaj atributoj de la Spirito.

17. La fina celo de ĉiuj Spiritoj estas atingi la perfektecon eblan al kreito. La rezultato de tiu perfekteco konsistas en la ĝuo de la superega feliĉo, kiu el ĝi sekvas kaj kiun ili pli aŭ malpli rapide atingas laŭ tio, kiel ili uzis sian liberan volon.

18. La Spiritoj estas la perantoj de la dia potenco; ili konstituas la inteligentan forton de la Naturo kaj kunhelpas por la plenumiĝo de la projektoj de la Kreinto, cele al subteno de la ĝenerala harmonio de la de la Universo kaj de la neŝanĝeblaj leĝoj regantaj la kreaĵaron.

19. Por kunhelpi, kiel perantoj de la dia potenco, ĉe la verko de la materiaj mondoj, la Spiritoj kelkatempe surmetas materian korpon.

La enkarniĝintaj Spiritoj konsistigas la homaron. La homa animo estas enkarniĝinta Spirito.

20. La spirita vivo estas la normala vivo de la Spirito: ĝi estas eterna; la enkorpa vivo estas nedaŭra kaj pasema: nenio alia ol momento en la eterneco.

21. La enkarniĝo de la Spiritoj troviĝas en la leĝoj de la Naturo; ĝi estas necesa al ilia progreso kaj al la plenumiĝo de la verkoj de Dio.

Per la laboro, kiun al ili necesigas la enkorpa vivo, ili perfektigas sian inteligenton kaj akiras, observante la leĝon de Dio, la meritojn, kiuj ilin kondukos al la eterna feliĉo.

El tio rezultas, ke, kunhelpante por la ĝenerala verko de la kreado, la Spiritoj laboras por sia propra progreso.

La perfektiĝado de la Spirito estas frukto de lia propra laboro; li progresas laŭ sia pli aŭ malpli granda diligento, aŭ sia bonvolo por akiri la kvalitojn, kiuj mankas al li.

Ne povante havigi al si, en unu sola enkorpa ekzistado, ĉiujn moralajn kaj intelektajn kvalitojn, kiuj lin kondukos al la celo, la Spirito ĝin atingas tra sinsekvo da ekzistadoj, en kiuj li faras po kelke da paŝoj antaŭen sur la vojo de la progreso kaj puriĝas je kelkaj el siaj neperfektaĵoj.

Ĉe ĉiu nova ekzistado, la Spirito kunportas, kion li akiris laŭ inteligenteco kaj laŭ moraleco en siaj antaŭaj ekzistadoj, krom ankaŭ la ĝermoj de tiuj neperfektaĵoj, de kiuj li ankoraŭ ne seniĝis.

Kiam Spirito malbone uzis iun ekzistadon, tio estas, se li faris nenian progreson sur la vojo de bono, tiu ekzistado estas al li senprofita, kaj li devas ĝin rekomenci en pli aŭ malpli penigaj kondiĉoj pro siaj malzorgemo kaj malbonvolo.

Ĉar la Spirito, en ĉiu enkorpa ekzistado, nepre akiras ion rilate al bono kaj seniĝas je io rilate al malbono, el tio sekvas, ke, post certa nombro da enkarniĝoj, li troviĝas purigita kaj atingas la staton de pura Spirito.

Nedifinita estas la nombro de la enkorpaj ekzistadoj: dependas de la volo de la Spirito ĝin malgrandigi per diligenta laborado por sia morala perfektiĝo.

En la intertempo de la enkorpaj ekzistadoj, la Spirito estas vaganta kaj vivas la spiritan vivon. La vaganteco ne havas difinitan daŭron.

Kiam la Spiritoj akiris sur iu mondo la ĉiomon da progreso, kiun al ili ebligas la stato de tiu mondo, ili ĝin forlasas por enkarniĝi en alia pli progresinta, kie ili akiras novajn sciojn, kaj tiel plu sinsekve ĝis ili, ne plu bezonante enkarniĝon en materia korpo, ekskluzive vivas la spiritan vivon, en kiu ili ankoraŭ progresas en alia senco kaj per aliaj rimedoj. Atinginte la kulminon de la progreso, ili ĝuas la superegan feliĉon. Akceptite en la konsilioj de la Ĉiopova, ili identiĝas kun lia penso kaj fariĝas liaj kurieroj, liaj senperaj ministroj por la regado de l’ mondoj, havante sub sia estreco Spiritojn en malsamaj gradoj de progreso.

Libro: POSTMORTAJ VERKOJ – Allan Kardec.

El la franca lingvo tradukis Affonso Soares kaj Paulo Sérgio Viana.