sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A PERDA IRREMEDIÁVEL



            “Portanto, vede como andais...” — PAULO. (Efésios, 5:15)

            Aprende a ver com o Cristo as dificuldades e as dores que te rodeiam, a fim de não empobreceres o próprio coração à frente dos tesouros com que o Senhor nos enriquece a vida.
*
            Muitas vezes, a calúnia que te persegue é a força que te renova a resistência para a vitória no bem e, quase sempre, a provação que te sitia no cárcere do infortúnio é apenas o aprendizado benéfico a soerguer-te das trevas para a luz.
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            Em muitas ocasiões, a mão que te nega alimento transforma-se em apelo ao trabalho santificante através do qual encontrarás o pão abençoado pelo suor do próprio rosto e, por vezes numerosas, o obstáculo que te visita, impiedoso, é simples medida da esperança e da fé, concitando-te a superar as próprias fraquezas.
*
            O ouro, na maioria dos casos, é pesada cruz de aflição nos ombros daqueles que o amealham e a evidência no mundo, frequentemente, não passa de ergástulo em que a alma padece angustiosa solidão.
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            Descerra a própria alma à riqueza divina, esparsa em todos os ângulos do campo em que se te desdobra a existência e incorporemo-la aos nossos sentimentos e ideias, palavras e ações, para que todos os que nos palmilham a senda se sintam ricos de paz e confiança, trabalho e alegria.
*
            Lembra-te de que a morte, por meirinho celeste, tomará contas a cada um.
*
            Recorda que os mordomos da fortuna material, tanto quanto as vítimas da carência de recursos terrestres, sábios e ignorantes, sãos e doentes, felizes e infelizes comparecerão ao acerto com a justiça indefectível, e guarda contigo a certeza de que a única flagelação irremediável é aquela do tempo inútil, na caminhada humana, porque afetos e haveres, oportunidades e valores, lições e talentos voltam, de algum modo, às nossas mãos, através das reencarnações incessantes, mas a hora perdida é um dom de Deus que não mais voltará.
(De “Ceifa de Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

A VIDA VERDADEIRA



“Eu vim para que tenhais vida...”
Jesus (Jo, 10:10)

          Entendendo a amplitude do conceito de vida, na Terra, e pensando na afirmativa de Jesus de que viera nos trazer vida, torna-se imperioso meditar na profundidade da questão.
        Ele trazia vida para quem já estava na vida e vivo? Certamente que não. Ele vinha portando uma mensagem de vida espiritual para quem se encontrava num contexto de vida mortificada.
        A vida espiritualizada corresponde a toda atividade da alma que exprime fidelidade ao bem, à alegria, ao trabalho digno, à esperança, à confiança nas resoluções de Deus e confiança no progresso do ser humano. Essa vida interior também se nutre da convivência fraterna na sociedade, da exaltação das virtudes, da eliminação de tudo o que represente viciação, corrupção, defecção.
        Em contrapartida, a morte será indicada por tudo o que insufle ou alimente a traição, a ignorância, a concupiscência, a exploração do homem pelo homem, a prostituição no seu sentido mais amplo, o desrespeito às bases da família, indicando descaso ou indiferença para com os valores das leis de Deus. Essa morte moral é fermentada pelos posicionamentos de descaso para com os movimentos do progresso de si mesmo, quando se prefere o nivelamento do ser pelas faixas inferiores da alma humana que, em situações assim, muito se assemelha aos níveis da selvageria, aos degraus da grosseria e brutalidade, quando não os ultrapassa.
        A vida que Jesus veio trazer não é aquela que faz vicejar corpos esbeltos, mas aquela que faz brilhar almas formosas.
        Por isso é que Ele se dirigia a quem se movia em corpos carnais, mas que padeciam de indescritíveis torturas da alma.
        Daí ter Ele falado em vida abundante a quem se habituara a uma vivência mesquinha, empobrecida, apequenada.
        Sua lição é, assim, para todos os tempos e povos, pois, quando encontramos sociedades ricas e homens pobres, medicinas desenvolvidas e homens enfermos, estados poderosos e homens escravos, religiões faiscantes de adereços e discursos pomposos e homens egoístas e materializados, à cata dos imediatismos perturbadores de um dia, sentimos a razão da mensagem do Mestre Nazareno: “Eu vim para que tenhais vida, e vida abundante”.
        Permitamo-nos buscá-la, permitamo-nos vivê-la para que experimentemos a ventura dentro d’alma, desde aqui, das lidas terrenas, aclimatando-nos, pouco a pouco, à vivência ditosa junto aos Emissários da Vida Maior, que refletem, junto a nós, o pensamento do Cristo.
        Ele é aquele que nos traz a vida verdadeira, vibrante, feliz, abundante, propondo-nos fazer nobre uso dela, a fim de que Nele possamos viver para sempre.

(De “Quem é o Cristo?”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor)

Necessidade de orar



A Sua voz, há pouco, terminara de envolver os homens nas esperanças e consolações do soberano código das Bem-aventuranças.
O odor de santidade e o vigor da sabedoria, decorrentes da Sua magistral lição, ainda envolviam os ouvintes, quando Seus discípulos Dele se acercaram e um deles, comovido, interessado em compreendê-lO, interrogou:
Senhor, por que orais tanto? Sempre quando terminadas as tarefas, por que buscais o silêncio e penetrais na oração?
Havia sadia curiosidade no questionamento do discípulo devotado.
Relanceando o olhar em torno, e aplaudido pela musicalidade da natureza em festa, Ele respondeu:
A alma tem necessidade da oração, mais do que o corpo tem necessidade de pão. Orar é buscar Deus, pedindo Seu auxílio, para absorver resistências nos Seus recursos divinos.
O diálogo salutar prosseguiu e, mais à frente, surgiu novo questionamento por parte dos discípulos:
Mesmo vós - perguntou novamente o amigo - que sois o caminho para o Pai e o Seu Messias para a humanidade, tendes necessidade de orar?
A resposta do Mestre foi doce e poética:
A chama que ilumina gasta o combustível que a sustenta, e a chuva que irriga o solo retorna à nuvem de onde provém.
*   *   *
Jesus, a chama maior que já esteve entre nós, compreendia com perfeição a necessidade da conversa com o Criador, a necessidade deste contato constante com as esferas superiores.
A prece é o alimento do Espírito, desse ser imortal criado por amor e para amar.
A sintonia com as regiões mais elevadas nos confere novas energias, novo combustível, envolvendo-nos em vibrações de ânimo, de consolo, fazendo-nos mais fortes para enfrentar os nossos dias.
No ato de louvor devemos expressar carinho e reconhecimento, fluindo de nosso ser, de modo a produzir uma sintonia, mediante a qual transmitimos os sentimentos de exaltação do bem.
Quando pedimos, devemos colocar a Deus as reais necessidades de nossa alma, de modo que as solicitações não constituam uma imposição apaixonada, ou um capricho que não merece consideração.
E, finalmente, quando confiamos e agradecemos, é necessário o nosso reconhecimento por tudo aquilo que recebemos, muitas vezes até sem perceber.
Confiar na sabedoria Divina, em Seus desígnios, faz com que tenhamos fé, esta certeza íntima de que tudo sempre acontecerá para o nosso bem e que, no comando das Leis, da justiça do Universo, está Pai soberanamente justo e bom.
*   *   *
Quando feitas de coração, todas as nossas preces recebem resposta.
Raramente percebemos, mas a Providência Divina tem formas muito diversas de entrar em contato conosco.
A resposta que buscamos pode estar na conversa com um amigo, nas linhas de um livro que manuseamos por acaso, nas lições de uma palestra, nos relatos trazidos por um filme, nos sonhos à primeira vista incompreensíveis, nas coincidências da vida que nos fazem parar por alguns instantes para pensar.
Deus, como Pai amoroso, jamais deixaria Seus filhos sem respostas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

http://www.momento.com.br

Envelhecimento




Há, então, na velhice resignada, mais grandeza e mais serena beleza que no brilho da mocidade e no vigor da idade madura.
 
Sob a ação do tempo, o que há de profundo, de imutável em nós, desprende-se e a fronte dos velhos aureola-se de claridades do Além.


Minha pequena contribuição: Aproveitar cada fase de nossa vida; no crescer espiritual, intelectual, moral, ético e transcendental é empregar bem as energias vitais, que nos serão pontes luzes em nosso ultimo estágio de vida. Viver  de bem com tudo e com todos, eis a arte do bom envelhecimento. Pense Nisto! Antônio Ramos

Em família




A família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e boa vontade. 

De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino. 

Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram à esfera superior, dignamente aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos da vida. 

Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos. 

Se és pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que hortaliça de tua casa. 

A criança é um “trato de terra espiritual” que devolverá o que aprende, invariavelmente, de acordo com a sementeira recebida. 

Se é filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações, como se estivessem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se aperfeiçoe na individualidade a região presentemente menos burilada e menos atendida. 

A criatura no acaso da existência é o espelho do teu próprio futuro na Terra 

Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância para que a tua experiência em família não desapareça no tempo, sem proveito para o caminho a trilhar. 

Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de mortos. Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício do companheiro de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece. 

Cultiva o trabalho constante, o silêncio oportuno, a generosidade sadia e conquistarás o respeito dos outros, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo. 

Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz. 

Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas. 

Procura entender e auxiliar a todos em casa, para que todos em casa te entendam e auxiliem na luta cotidiana, tanto quanto lhes seja possível. 

O lar é o porto de onde a alma se retira para o mar alto do mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total. 

Procura a paz com os outros ou a sós. 

Recorda que todo dia é dia de começar.

Do livro “Família” de Francisco Cândido Xavier - pelo Espírito Emmanuel.
http://www.feparana.com.br

Pelo Amor






PELO AMOR

Não te esqueças da riqueza encerrada em teu auxílio no próprio corpo.
Reflete no tesouro da fala e ajuda ao próximo com as boas palavras.
Recorda o patrimônio das mãos e planta uma árvore amiga ou socorre a esse ou aquele doente, enquanto as horas voam, em derredor de tua permanência na Terra.
Não menosprezes a fortuna dos ouvidos e guarda o ensinamento útil ou dignificante, esquecendo quanto seja ruinoso ou sem proveito no caminho diário.
Não olvides a preciosidade dos olhos e enriquece-te de luz, fixando os quadros do Bem.
Medita nos dons da inteligência e aprende a raciocinar exclusivamente no melhor a fazer na obra da elevação.
Não é preciso bolsa recheada para atender à verdadeira fraternidade.
O amor não depende de ouro para servir.
Sem qualquer recurso monetário, Jesus transformou a Terra, trazendo-nos ensinamentos inolvidáveis cuja grandeza cresce para nós todos no transcurso dos séculos.
Pelo amor nascemos, pelo amor nos desenvolvemos, através da morte, para renascer de novo, até a perfeição final. Essa é a Lei.

Emmanuel / Chico Xavier

" O que vc deixa para trás não é o que estará gravado nos monumentos de pedra, mas o que é tecido na vida das pessoas."
Péricles (Estadista ateniense - 495 a.C.-429 a.C.)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Alcoolismo e Obsessão




O alcoolismo e a Medicina - Esteve em agosto de 1999 no Rio de Janeiro, para participar do 13o Congresso Brasileiro de Alcoolismo, o psiquiatra americano George Vaillant, autor do livro A História Natural do Alcoolismo Revisitada, fruto da maior pesquisa feita até hoje sobre o alcoolismo, em que pesquisadores da Universidade de Harvard acompanharam a vida de 600 homens.
Em sua obra e na entrevista que concedeu à revista VEJA de 18/8/99, dr. Vaillant afirma que, ao contrário do que muitos pensam, não existe o gene do alcoolismo, mas sim um conjunto de genes que tornam o indivíduo vulnerável à dependência do álcool. O alcoolismo é, na verdade, uma doença provocada por múltiplos fatores e condições sociais e que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é incurável, progressiva e quase sempre fatal.
Eis, de forma sintética, as principais informações e esclarecimentos dados por George Vaillant na referida entrevista:
1. O alcoolismo é um problema de dimensões trágicas ainda subdimensionadas e seu maior dano é a destruição de famílias inteiras.
            2. Metade de todas as crianças atendidas nos serviços psiquiátricos vem de famílias de alcoólatras e boa parte dos abusos cometidos contra crianças tem raiz no alcoolismo.
            3. Sem qualquer sombra de dúvida, o alcoolismo é uma doença. É o resultado de um cérebro que perdeu a capacidade de decidir quando começar a beber e quando parar.
            4. Não é possível detectar numa criança ou num pré-adolescente traço algum que permita antever que eles se tornarão alcoólatras. “Alcoolismo cria distúrbios da personalidade, mas distúrbios da personalidade não levam necessariamente ao alcoolismo.”
            5. A principal diferença entre alcoolismo e outras dependências diz respeito ao tipo de droga. Opiáceos são tranqüilizantes, mas o álcool é um mau tranqüilizante, tende a fazer as pessoas infelizes ficarem mais infelizes e piora a depressão. A pequena euforia que o álcool proporciona é sintoma do início da depressão do sistema nervoso central.
            6. Do ponto de vista da sociedade, o álcool é um problema muito grave. O alcoólatra provoca não somente acidentes de trânsito, mas problemas graves à sua volta, a começar por sua família.
            7. As únicas pessoas que estão sob o risco de alcoolismo são as que bebem regularmente, mas, se nunca passar de dois drinques por dia, o indivíduo pode usufruir socialmente da bebida em festas, casamentos, carnaval, e não se tornar alcoólatra.
            8. Há pouco a fazer para ajudar um alcoólatra, mas uma coisa é essencial: não se deve tentar proteger alguém de seu alcoolismo. Se uma mulher encontra seu marido caído no chão, desmaiado sobre seu próprio vômito, não deve dar banho e levá-lo para a cama. O único caminho para sair do alcoolismo é descobrir que o álcool é seu inimigo. Proteger uma pessoa nessa situação não ajuda.
            9. Não é papel da família tentar convencer o alcoólatra de que o álcool é um mal para ele. Na verdade, em tal situação, a família precisa de ajuda, como a oferecida pelo Al-Anon, a divisão dos Alcoólicos Anônimos voltada ao apoio a famílias de alcoólatras.
10. A abstinência é fundamental no tratamento do alcoolismo. Um alcoólatra até pode beber socialmente, da mesma forma que um carro pode andar sem estepe, ou seja, é uma situação precária e um acidente é questão de tempo.
11. Num horizonte de seis meses, muitos alcoólatras conseguem manter seu consumo de álcool dentro de padrões socialmente aceitos, mas, se observarmos um intervalo maior de tempo, vamos verificar que a tendência é ir aumentando gradualmente o consumo, até voltar ao padrão antigo. Em períodos mais longos, normalmente, só quem pára de beber não sucumbe ao vício.
            12. Em 1995, uma substância, a naltrexona, foi saudada como a pílula antialcoolismo. Vendida no Brasil com o nome de Revia, não se conhece ainda seu efeito a longo prazo. Mas, em linhas gerais, drogas podem funcionar como apoio por, no máximo, um ano, visto que é muito difícil tirar algo de alguém sem oferecer alternativas de comportamento. Usar essas drogas equivale a tirar o brinquedo de uma criança e não dar nada no lugar.
            13. A terapia oferecida pelos Alcoólicos Anônimos é parecida com as terapiasbehavioristas, que pretendem obter uma determinada mudança de comportamento. Mas, além de ser um tratamento barato e que dura para sempre, a terapia dos A.A. tem um componente espiritual importante. Terapias ajudam a não beber, mas os Alcoólicos Anônimos dão ao indivíduo um círculo de amigos sóbrios, dão-lhe significados, amigos, espiritualidade. “É o melhor tratamento que temos.”
            14. Embora as estatísticas nesse campo não sejam precisas, sabe-se que cerca de 40% das abstinências estáveis são intermediadas pelos Alcoólicos Anônimos.

Conseqüências do alcoolismo – Os efeitos do alcoolismo atingem não apenas a saúde do alcoólatra, mas igualmente a comunidade em que ele vive e, especialmente, sua família.

            A) Seus efeitos na saúde:
            Físicos – afecções como a cirrose hepática e cânceres diversos.
            Mentais – perda da concentração e da memória.
            Neurológicos – prejuízos na coordenação motora e o caminhar cambaleante.
            Psicológicos – apatia, tédio, depressão.
            B) Seus efeitos sociais:

Crimes – o número de homicídios detonados pelo álcool é surpreendente: em 1996, 41% em São Paulo e 54% nos Estados Unidos.

Acidentes de trânsito – em 1995, 30% de todos os acidentes com vítimas ocorridos no Brasil foram motivados pelo álcool. Dados mais recentes divulgados por Veja em 13/10/99 informam que 30.000 pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano no Brasil: metade é vítima de motoristas bêbados ou drogados.
 produtividade no trabalho – além dos danos produzidos à empresa que paga o salário ao alcoólatra, o fato geralmente redunda na demissão e muitos não conseguem um novo emprego devido a isso.
Perda do senso do dever e dos bons costumes – falta ao trabalho, desemprego.
            C) Seus efeitos na família:
Comprometimento dos filhos – 80% dos filhos aprendem a beber em casa, diz a psicóloga Denise de Micheli.
Desestruturação do lar – o desemprego gera as dificuldades financeiras e as discussões inevitáveis.
As separações conjugais – a mulher não agüenta as conhecidas fases da euforia: momice (macaco), a valentia (leão) e a indolência (porco).
 A violência doméstica – 2/3 dos casos de violência infantil ocorrem quando o agressor está alcoolizado.

 

O alcoolismo na visão espírita - A exemplo de André Luiz (Espírito), que nos mostra em seu livro Sexo e Destino, capítulo VI, págs. 51 a 55, como os Espíritos conseguem levar um indivíduo a beber e, ao mesmo tempo, usufruir das emanações alcoólicas, José Herculano Pires também associa alcoolismo e obsessão.

            No capítulo de abertura do livro Diálogo dos Vivos, obra publicada dez anos após o referido livro de André Luiz, Herculano assevera, depois de transcrever a visão do Espírito de Cornélio Pires sobre o uso do álcool:
            “A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A medicina atual ainda reluta – e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão. Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carrington, Price, na Inglaterra, até a outros parapsicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as mentes desencarnadas”.
            A dependência do álcool prossegue além-túmulo e, como o Espírito não pode obtê-lo no local em que agora reside, no chamado plano extrafísico, ele só consegue satisfazer a sua compulsão pela bebida associando-se a um encarnado que beba.

Um caso de enxertia fluídica - Eis como André Luiz relata, em sua obra citada, o caso Cláudio No­gueira:
            Estando Cláudio sentado na sala de seu apartamento, aconteceu de repente o impre­visto. Os desencarnados vistos à entrada do apartamento penetraram a sala e, agindo sem-cerimônia, abordaram o chefe da casa. "Beber, meu caro, quero beber!", gritou um deles, tateando-lhe um dos ombros. Cláudio mantinha-se atento à leitura de um jornal e nada ouviu. Contudo, se não pos­suía tímpanos físicos para registrar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante. O Espírito repe­tiu, pois, a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reafirmando uma ordem. O resultado não demorou. Viu-se o paciente desviar-se do jornal e deixar-se envolver pelo desejo de beber um trago de uísque, convicto de que buscava a be­bida exclusivamente por si.
Abrigando a sugestão, o pensamento de Cláudio transmudou-se, rápido. "Beber, beber!..." e a sede de aguar­dente se lhe articulou na idéia, ganhando forma. A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vague­ava no ar. O Espírito malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomi­los, e indefinível secura constringiu-lhe a laringe. O Espírito sagaz percebeu-lhe, então, a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a carícia leve; depois da carícia, o abraço envolvente; e depois do abraço, a associação recíproca. Integraram-se ambos em exótico sucesso de enxer­tia fluídica.
Produziu-se ali – refere André Luiz - algo seme­lhante ao encaixe perfeito. Cláudio-homem absorvia o desencarnado, à guisa de sapato que se ajusta ao pé. Fundiram-se os dois, como se mo­rassem num só corpo. Altura idêntica. Volume igual. Movimentos sincrô­nicos. Identificação positiva. Levantaram-se a um tempo e giraram in­tegralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o frasco de uísque. Não se podia dizer a quem atribuir o impulso ini­cial de semelhante gesto, se a Cláudio que admitia a instigação, ou se ao obsessor que a propunha. A talagada rolou através da garganta, que se exprimia por dualidade singular: ambos os dipsômanos estalaram a língua de prazer, em ação simultânea.
Desman­chou-se então a parelha e Cláudio se dispunha a sentar, quando o outro Espí­rito investiu sobre ele e protestou: "eu também, eu também quero!", reavivando-se no encarnado a sugestão que esmorecia. Absolu­tamente passivo diante da sugestão, Cláudio reconstituiu, mecanica­mente, a impressão de insaciedade. Bastou isso e o vampiro, sorri­dente, apossou-se dele, repetindo-se o fenômeno visto anteriormente.
André aproximou-se então de Cláudio, para avaliar até que ponto ele sofria mentalmente aquele processo de fusão. Mas ele continuava livre, no íntimo, e não experimentava qualquer espécie de tortura, a fim de render-se. Hospe­dava o outro simplesmente, aceitava-lhe a direção, entregava-se por deliberação própria.
Nenhuma simbiose em que fosse a vítima. A associação era implícita, a mistura era natural. Efetuava-se a ocorrência na base da percussão. Apelo e resposta. Eram cordas afi­nadas no mesmo tom. Após novo trago, o dono da casa estirou-se no divã e retomou a leitura, enquanto os Espíritos voltaram ao corredor de acesso, chas­queando, sarcásticos...

Tratamento do alcoolismo - Embora o alcoolismo tenha sido definido pela Organização Mundial de Saúde como uma doença incurável, progressiva e quase sempre fatal, o dependente do álcool pode ser tratado e obter expressiva vitória nessa luta, que jamais será fácil e ligeira.

            Sintetizando aqui os passos recomendados pelos especialistas na matéria e as recomendações específicas do Espiritismo a respeito da obsessão, nove são os pontos do tratamento daquele que deseja, no âmbito espírita, livrar-se dessa dependência:
1. Conscientização de que é portador de uma doença e vontade firme de tratar-se.
2. Mudança de hábitos para assim evitar os ambientes e os amigos que com ele bebiam anteriormente.
3. Abstinência de qualquer bebida alcoólica, convicto de que não bebendo o primeiro gole não haverá o segundo nem os demais.
4. Buscar apoio indefinidamente num grupo de natureza idêntica à dos Alcoólicos Anônimos, que proporcionam, segundo o dr. George Vaillant, o melhor tratamento que se conhece.
5. Cultivar a oração e a vigilância contínua, como elementos de apoio à decisão de manter a abstinência.
6. Utilizar os recursos oferecidos pela fluidoterapia, a exemplo dos passes magnéticos, da água fluidificada e das radiações.
7. Leitura de páginas espíritas, mensagens ou livros de conteúdo elevado, que possibilitem a assimilação de idéias superiores e a renovação dos pensamentos.
8. A ação no bem, adotando a laborterapia como recurso precioso à saúde da alma.
9. Realizar pelo menos uma vez na semana, na intimidade do lar, o estudo do Evangelho, prática que é conhecida no Espiritismo pelo nome de culto cristão no lar. A família que lê o Evangelho e ora em conjunto beneficia a si e a todos os que a rodeiam.

Que ama não perdoa





“Ser feliz... Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança.nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a DEUS a cada minuto pelo milagre da vida”. Fernando Pessoa

"A melhor forma de nos vingarmos de nossos inimigos é perdoando-os, pois assim nos livramos dele" Augusto Cury (livro: O Mestre da vida)

Minha pequena contribuição: Somente que ama não perdoa, pois quem realmente ama jamais guarda magoas e ressentimentos dentro de si, é que nele o amor é tão pleno que não há espaços para guardar o que não presta. E como nos disse Mahatma Gandi: é que eu não me consinto me sentir magoado ou ofendido. Pense Nisto! Antônio Ramos.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O suicídio não vale a pena




SUICÍDIO NÃO RESOLVE


A cada dia vê-se aumentar o número de suicídios.O problema existe em todos os recantos do mundo, nas mais diversas classes sociais. O Fato é que a vida conteporânea com seus desafios, com a solidão em meio à multidão, com o medo do próprio semelhante, com a competividade desumana, com o predomínio do materialismo, especialmente nos centros urbanos onde o homem dilata sua capacidade intelectual, mas ignora sua condição espíritual, esta vida contemporânea age como má conselheira ao homem que sofre.
As estatísticas indicam que, a cada minuto que passa, pelo menos uma pessoa comete suicídio em nosso planeta, o que nos fornece a vultosa cifra dos quinhentos mil suicídios anuais no mundo. E isso baseado nos dados de registro. Se levarmos em conta, porém, que nos países do Terceiro mundo as estatísticas costumam estar muito defasadas e, ainda, os inúmeros casos de suicídios que são interpretados como acidentes, mortes naturais ou homicídios, será possível aquilatar-se a dimensão do problema.
Podemos afirmar mesmo que os suicídios constitui-se em uma verdadeira endemia a subjulgar o nosso planeta.

O SUICÍDA

O suicida pode ser encontrado em todas as faixas etáriase, embora isso possa parecer inacreditável para muitas pessoas, até as crianças se suicidam. E o fazem muito mais do que conseguimos identificar! Muitos dos casos de acidentes envovendo crianças-atropelamentos, quedas,acidentes com fogo- têm sua origem em uma determinação da criança de pôr fim à sua própria existência.
No entanto estatísticamente, os suicídios acontecem principalmente em pessoas do sexo masculino e de maior faixa etária, beirando a terceira idade. Por outro lado, predomina um maior índice de tentativas de suicídio entre as mulheres jovens.
Os homens costumam praticar o suicídio silenciosamente, sem que ninguém saiba das suas intenções, causando comumente supresa aos seus familiares e amigos.
As mulheres jovens que tentam o suicídio, por outro lado, costumam ameaçar com frequência, até que um dia consumam a sua ameaça, apesar de, com alguma frequência, não chegarem a pedir ajuda, como era de se esperar nesses casos, após a consumação do seu ato.
As tentativas de suicídio são, no mais das vezes, uma tentativa sim de chamar a atenção sobre si mesmo, de alertar sobre a sua dor e fragilidade. Mas é bom que se entenda que as lesões acontecem com gravidade em cerca de 20% dos casos e que 40% reincidem na tentativa de suicídio.

AS CAUSAS: 

As razões que levam um ser humano ao suicídio são múltiplas, mas podemos, em uma tentativa de melhor compreendê-las, dividi-las em:

a)CAUSAS DIRETAS

-OCIOSIDADE-uma vida vazia, sem objetivos, sem trabalho(seja de que tipo for), torna-se monótona e pode contribuir nos Espíritos mais fracos para a quebra da monotonia no ato suicida.

-FALTA DE FÉ-a descrença na vida futura para aquele que sofre e não vislumbra uma possibilidade de desvencilhar-se do seu sofrimento, termina por levá-lo ao ato suicida como o melhor meio de sustar as suas dores, já que nada mais lhe resta esperar.

-INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE

-EGOÍSMO-as lutas que são travadas para fazer prevalecer a si mesmo e às suas idéias, bem como uma desconsideração recíproca, pela busca irrefreável de satisfação e vitórias pessoais.O egoísmo fatalmente alija do páreo os que se apresentarem menos capazes em certas áreas, que por orgulho recorrem ao auto-aniquilamento.

-MATERIALISMO

-COMPETIÇÃO MÓRBIDA
De onde vem o desgoso pela vida?
-Efeito da ociosidde, da falta de fé e da sociedade.

-INFLUÊNCIA DE AÇÕES EM VIDAS PRETÉRITAS-muitas vezes o Espírito já vivenciou experiências dolorosas no passado reencarnatório que o fez buscar no suicídio a solução.Essas vivências poderão aflorar e a pretensa solução também.

b)CAUSAS INDIRETAS

-OBSESSÃO-a influência dos Espíritos sobre esses é indiscutível.Ela pode acontecer sutilmente, na forma de obsessão simples ou em casos graves de subjugação em que o paciente tem a sua vontade completamente dominada pelo Espírito obsessor.

-LOUCURA-situação em que o Espírito não consegue manifestar a sua vontade sobre o corpo, por defeitos na maquinaria ou mesmo quando há um transtorno mental inclusive do Espírito, frequentemente pelas ações indevidas de vidas pretéritas.

*A PROPAGAÇÃO DAS IDÉIAS MATERIALISTAS É O VENENO QUE INOCULA EM MUITOS A IDÉIA DO SUICÍDIO.


MOTIVOS ALEGADOS:

Os suicidas ou os que tentaram o suicídio constumam aventar alguns motivos que o levaram ao ato de rebeldia ante as leis Divinas.
Inicialmente a busca do nada. O ser queria fugir de tudo, buscava a nadificação propalada pelos materialistas e frustam-se intensamente ao verem "VIVOS"
ainda e com os sofrimentos dilatados.
As dores físicas ou morais são muito frequentemente o motivo daquela busca do nada. Não há como negar que as dores provocam situações aflitivas, mas o homem, pelo seu imediatismo e pela visão material da vida, amplia o seu quadro doloroso com o desespero, o que não ocorreria se entendesse que a vida física é passageira e que a vida do espírito é imortal.
Há Espíritos que pretendem esconder suas intenções, tornando útil a sua morte, tentando com um pseudo-altruísmo a liberação de sua culpa diante das Leis Divinas. Enganam-se a si mesmos, mas não ao Tribunal da Consciência, após a desencarnação.
Outras vezes, inconformados com a partida de familiares e amigos queridos, optam alguns por buscá-los no além, imaginando encontrá-los logo. Outro engano! A mudança vibratória unicamente os distancia do seu objetivo, prolongando mais ainda o tempo de reencontro e, consequentemente, a sua saudade.

TIPOS DE SUICÍDIOS

Podemos classificar os suicídios:

a) Quanto ao método utilizado:

-DIRETO-quando a pessoa utiliza-se de meio químico, físico ou mecânico com o fim determinado de matar-se.

-INDIRETO-quando a pessoa coloca-se em situação que a predispõe à desencarnação, seja por imprevidência, por fraqueza moral ou voluntariamente.

b) Quanto à vontade suicida:

-CONSCIENTES(VOLUNTÁRIOS)-nesses casos a pessoa está decidida a suicidar-se. Há a intenção de matar-se

-INCONSCIENTES-quando a intenção primária não é a de pôr fim a própria vida, mas vivenciar determinadas práticas, a despeito do reconhecimento da sua ação danosa sobre o organismo. Fumar, beber alcoólicos, usar tóxicos, dentre outros vícios, são formas indiretas e insconscientes de suicídio. É obvio que a medida que a pessoa vai entendendo mais profundamente os males causados pela sua ação, diminui a inconsciência e passa a ter maior responsabilidade pelo ato suicida.

REPERCUSSÕES DO SUICÍDIO

Podemos caracterizar as repercussões do ato suicida em mediatas, aquelas que se fazem no período logo após a morte do corpo, e tardias, as que se manifestam decorrido maior tempo e, inclusive e, inclusive em uma próxima reencarnação.

REPERCUSSÕES MEDIATAS

Nas mortes violentas, por suicídio, o Espírito é supreendido, espanta-se, não acredita estar morto, sustenta teimosamente que não morreu.
Sabemos que o processo morte\desencarnação determina um estado de desequilíbrio e perturbação anímicos, variável em função da evolução do Espírito desencarnante, da sua forma de vida e do seu tipo de morte. Nos casos de suicídio, existe uma intensificação desse estado e um aumento de sua duração. Além disso, o Espírito passa a experimentar sofrimentos inenarráveis, consistindo basicamente de um:
a)Monoideísmo suicida- o Espírito suicida, com frequência, passa a ver repetir-se o ao final, em sua tela mental, com repercussão inclusive do tipo "sensorial". Assim, por exemplo, os que aplicaram um balaço na cabeça vêem repetirem-se a cena e as impressões do impacto do projétil sobre o crânio ósseo; outros que se jogaram sob um trem revivem todo o drama do choque causado no corpo somático pelo veículo que lhe desestruturou.
Nos casos de suicídio após homicídio, há um agravamento desse estado de sofrimento, como descrevem os próprios protagonistas dessas tragédias, em comunicações mediúnicas.

b)Ligação ao corpo em decomposição- a desencarnação é um processo contínuo que se demora, mais ou menos,de acordo com os parâmetros apontados como responsáveis pelo estado de pertubação post mortem. Assim sendo, é frequente, em maior ou menor escala, aos Espíritos suicidas, a ligação com o corpo exterminado, inclusive acompanhando-lhe a decomposição e mesmo a ação da fauna cadavérica sobre este. Isto se deve aos fortes vínculos fluídicos que ainda prendem o suicida aos seus despojos, haja vista o seu desprezo pela vitalidade que ainda lhe restava, ofertada pelo Criador para exercício da vida biológica.
*A afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo é às vezes muito penosa porque o Espírito pode experimentar os horrores da decomposição.

c)Sintonia com Entidades Sofredoras- os Espíritos suicidas descrevem muito frequentemente a sua circunscrição em regiões de intensos sofrimentos, na companhia de outros espíritos suicídas, que se deblateram na dor e na revolta e se deixam dominar por esta situação, de tal sorte, que nem mesmo uma prece é comum ouvir-se entre eles, exceto após um longo tempo, quando se lhe amainam as vibrações deletérias pelas vivências dolorosas e pelo desfazerem-se das suas resistências e revoltas.
Como se não bastasse tamanho sofrimento, esses Espíritos ainda se encontram expostos à crueldade e perversidade de Espíritos descompromissados com o Bem, que se aproveitam de sua incapacidade de defesa, seja por encontrarem-se sem ação pela dor e pela humilhação, seja pelos débitos que acumularam com o ato suicida nivelando-os, em sintonia, a estes últimos.

REPERCUSSÕES TARDIAS 

No entanto, mesmo após a liberação do suicida desse primeiro estágio, e embora o amparo dos Espíritos amigos e obreiros do Bem, que o encaminham a um hospital do plano espiritual, ele ainda sofre as repercurssões de seu ato de revolta perante a Lei Divina. Assim, é possível reportar-se a um conjunto de perturbações tardias:

a) Complexo de Culpa- a despeito de melhorado o estado monoidéico do ato suicida, ele ainda persiste na forma de forte complexo de culpa, que, apesar de pulsar em menor escala, ainda traz à baila mental os fatos que determinaram a desastrosa desencarnação.

b)Repercussões em Nova Reencarnação- as dissonâncias vibratórias perispirituais persistem e se transfere para o novo corpo, em sua gênese, por ocasião da reencarnação. Assim, na rzão direta da culpa e das estruturas atingidas, podem-se formar órgãos ou sistemas orgânicos frágeis e potencialmente enfermiços, senão cronicamente doentes e até mesmo estados funcionais alterados ou malformações congênitas ou predisposição para determinadas patologias como cânceres, diabetes, psicopatologias, etc.

PROFILAXIA

Diante de tanto sofrimento e da constatação da endemicidade com picos mesmo de epidemicidade em algumas regiões, além do conhecimento das causas que determinam o autocídio, intrinsecas e extrínsecas ao suicida, vê-se a importância de se realizar um trabalho que vise reduzir os índices desse mal em nossa sociedade.
O Espiritismo, pelas explicações que nos traz sobre o porquê da dor e do sofrimento no mundo, bem como pelas provas da imortalidade que fornece, representa um dos mais fortes antídotos à idéia suicida.
Enquanto o materialismo nada oferece, além do gozo fácil e fugidio das atividades materiais, sugerindo indiscutivelmente ao que sofre sem perspectivas do seu mal, como única saída, o suicídio; o Espiritismo, pela forte consolação que oferece ao paciente e pelas amplas perspectivas futuras que oferece aos que bem souberem resistir às intempéries do mundo, constitui-se em uma âncora ao que fraqueja, promovendo-o e fortalecedo-o pela fé raciocinada que proporciona.
A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena e a fé no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio.
Destarte, podemos apontar como profiláticos eficazes ao suicídio:
a) A fé raciocinada
b) O conhecimento sobre a vida e sobre a morte.
c) A firme disposição para encarar as dificuldades da vida.

Sejamos nós os grandes semeadores da mensagem Espírita no mundo e, tenhamos a certeza, estaremos colaborando para a extinção, dentre outros males do mundo, também do suicídio.



Crianças índigo ou cristais


Entrevista de Divaldo Pereira Franco ao Programa Televisivo O Espiritismo Responde, da União Regional Espírita – 7ª Região, Maringá, em 21.03.2007. Espiritismo Responde - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal?
Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar. Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.
As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape). O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis. Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais. As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira. A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.
ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?
Divaldo - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal. A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças... Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las. Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.
A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual. Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH.
São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência. A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição. Daí é necessário muito cuidado. Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites.
Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental. Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro. As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.
ER – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?
Divaldo - Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades.
Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado. Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição. Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento... Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.
ER – Com que objetivo estão reencarnando na Terra?
Divaldo - Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão.
Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.
Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer. Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro.
Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos. É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.
ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo?
Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa. O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”. Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação.
Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão. Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.
ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?
Divaldo - Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade. Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura. São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom. A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes. Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.