O carro do
prazer célere pelas avenidas do mundo, conduzindo os iludidos. A cruz docristo
se arrasta vagorosa pelas veredas do sofrimento, carregadas pelos seus heróis.
O carro da
alegria fugaz vence as distâncias, embriagando as pessoas. A cruz do Cristo
segue pesada através dos tempos, despertando as mentes.
O carro da
fantasia colorida chama a atenção pelo ruído que produz. A cruz do Cristo, sem
alarde e silenciosa, passa despercebida.
O carro do
triunfo mentiroso desperta inveja e as paixões o seguem. A cruz do Cristo, real
e repudiada, avança sem admiradores nem cobiçosos.
O carro do poder
roda por sobre suas vítimas que ficaram silenciadas no anonimato, sacrificadas,
para saciarem a ânsia alucinada dos dominadores. A cruz do Cristo é levada
sobre os ombros, em total abandono, dilacerando, para atender à sede de amor.
O carro do mundo
escraviza. A cruz do Cristo liberta.
O prazer conduz
à dependência e a cruz alça à sublimação.
A alegria
estúdia alucina, enquanto a cruz acalma.
A fantasia se
desfaz na realidade e a cruz oferece a plenitude.
O trinufo sobre
os outros se converte em amargura, no entanto, a cruz se transforma em
iluminação.
O poder passa e
a cruz ergue ao topo da vitória sobre si mesmo.
No mundo,
dispouta-se o carro do fausto, sobrtecarregado de quimeras, ao tempo em que se
abandona a cruz despida dos atavios mentirosos da transição. Os que ocuopam o
carro das glórias e desmandos são arrojados fora, e quase todos enloquecem. Os que
se deixam crucificar permancem em paz, no suceder do tempo. Otávio e Tibério,
Herodes, Anas e Caifaz, que brilharam por um dia no carro fulgurante do poder
ligeiro, atravessaram o portal do túmulo em rude peleja com eles próprioas, a
sós e vencidos. Jesus, que carregou a cruz da glorificação perene, venceu o
mundo, o túmulo e os que O abandonaram, continuando como símbolo de grandeza
real e perfeita, desde então, por todos os séculos do futuro.
Livro: Momentos
de Renovação.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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