0935/LE
A comunicação
com os Espíritos não pode ser profanação, por estar de acordo cem a lei natural.
Desde a formação do mundo, a mediunidade existe em tudo o que se possa
verificar. Ela é a própria vida circulando dentro das vidas. O que é que não se
comunica? Pois, entre os Espíritos a comunicação é mais perfeita e necessária.
Jesus veio nos mostrar a mediunidade abertamente, sendo médium de Deus para a
paz de todos os seres. Todos ganharam com a estadia de Jesus na Terra, todos os
reinos da natureza, principalmente os homens e Espíritos desencarnados que
vivem na atmosfera do planeta.
Não pode existir
profanação quando se respeita a lei. Ainda mais, podes verificar, como no caso
de "O Livro dos Espíritos", o que o mundo espiritual ensina aos
homens, que é o mesmo que Jesus ensinou, acrescido de alguma coisa mais, pela
maturidade dos que se encontram na carne à espera de consolo e ensinamento
espiritual. Podes analisar as mensagens e a tua razão responderá qual o produto
das comunicações.
Quando fazes uma
viagem e deixas para trás os teus entes queridos, logo não procuras comunicar-te
com eles? Assim fazem aqueles que partiram para o mundo espiritual. A saudade traça
caminhos, de maneira que o amor deseja falar aos corações que ficaram e só
Espíritos, pelas faculdades dos próprios homens, se comunicam para dar notícias
de consolo e instrução para os que deverão segui-los mais tarde. Qual é o
coração que não deseja ouvir sua mãe querida que partiu para a espiritualidade,
seu pai, seus irmãos e parentes, amigos e companheiros? Assim são eles do outro
lado da vida. Estão ao lado dos que ficaram, e desejam falar-lhes, contando por
vezes suas aventuras depois do túmulo.
Ser-nos-á de
grande valia a permanente comunicação com os seres angélicos, porque eles nos
trazem a certeza da vida em todas as dimensões do universo, capacitando os
homens a sentir e a trabalhar para a sua própria melhora espiritual. Não deves
confundir Espírito com o subconsciente, como nos falam abertamente os
materialistas. Eles desejam modificar as leis naturais, no entanto, estão
iludindo a si mesmos.
Deus é sabedoria
e Suas leis são perfeitas. É justo que a ignorância não possa compreender o que
não se encontra ao seu alcance. Os luminares da espiritualidade maior perdoam
as ofensas e toleram os ignorantes, por saberem que eles não sabem o que fazem.
E porque não
julgais também por vós mesmos o que é justo? (Lucas, 12:57).
São os tais que
usam o raciocínio, sem participação da intuição. São cegos que desejam conduzir
cegos.
Os Espíritos que
consagram afeição aos homens, têm prazer em atender a todos e os Espíritos puros
têm afeição por toda a humanidade, trabalhando para o bem-estar de todos os
povos, tendo Jesus como Guia e Pastor de todo o rebanho.
A comunicação é,
pois, uma lei eterna. Se os homens não se comunicassem entre si, o que resultaria?
E se Deus se afastasse da Sua criação? A comunicação é força poderosa do próprio
Criador, para sustentar a criação. Parte do Senhor a seiva divina para glória
da vida.
Mesmo que os
cépticos não queiram, continuamos a falar com a humanidade, desejando a ela a
paz de consciência e o amor no coração.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XIX
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
935. Que se deve
pensar da opinião dos que consideram profanação as comunicações com o
além-túmulo?
Não pode haver
nisso profanação, quando haja recolhimento e quando a evocação seja praticada
respeitosa e convenientemente. A prova de que assim é tendes no fato de que os
Espíritos que vos consagram afeição acodem com prazer ao vosso chamado.
Sentem-se felizes por vos lembrardes deles e por se comunicarem convosco.
Haveria profanação, se isso fosse feito levianamente.
A.K.: A
possibilidade de nos por-mos em comunicação com os Espíritos é uma dulcíssima
consolação, pois que nos proporciona meio de conversarmos com os nossos
parentes e amigos, que deixaram antes de nós a Terra. Pela evocação,
aproximamo-los de nós, eles vêm colocar-se ao nosso lado, nos ouvem e respondem.
Cessa assim, por bem dizer, toda separação entre eles e nós. Auxiliam-nos com
seus conselhos, testemunham-nos o afeto que nos guardam e a alegria que
experimentam por nos lembrarmos deles. Para nós, grande satisfação é sabê-los
ditosos, informar-nos, por seu intermédio, dos pormenores da nova existência a
que passaram e adquirir a certeza de que um dia nos iremos a eles juntar.
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