O uso da terapia
da vida passada para pessoas com problemas psicológicos tem-se expandido
geometricamente nos anos recentes, no Brasil e, principalmente, nos Estados
Unidos. Muitos terapeutas têm recorrido a essa técnica para tratar seus
pacientes. Milhares deles que tiveram uma regressão às vidas anteriores foram,
de alguma forma, auxiliados na compreensão e solução de seus problemas
psicológicos. Estas informações mostraram um padrão claro que tem sido
reiterado com persistência.
Ao pedir a um
paciente para voltar a uma experiência anterior, à qual pode estar relacionada
ou causando o problema psicológico a ser avaliado, o terapeuta poderá não se
interessar se tal experiência anterior pode ter-se originado na existência
atual (na infância ou na vida intra-uterina) ou em vidas passadas.
Não lhe importa,
em princípio, para seu trabalho, a época, pois lhe interessa a cura do
problema. O paciente poderá voltar a uma vida anterior e observar alguma
experiência, normalmente traumática ou de morte, tais como: afogamento, morrer
queimado, morrer em acidente de automóvel, cair de um lugar alto, ou outro tipo
de cena mortal.
Com isso não se
quer dizer que não se possa lembrar também de outras experiências que foram
ditosas. Em princípio qualquer acontecimento do passado pode ser relembrado.
Mais facilmente são lembrados aqueles que possuem uma carga energética emocional
maior e que não têm nenhum mecanismo impedindo sua lembrança, oriundo de
processos mentais patogênicos ou protetores de lembranças desagradáveis. As experiências
vividas com muita emoção são mais facilmente relembradas.
O terapeuta
poderá aliviar consideravelmente o paciente ou, talvez, curá-lo completamente se,
em primeiro lugar, de forma cautelosa, reconduzi-lo através da sua experiência
anterior, repetidamente, até o momento anterior ao trauma experimentado. que
elimine os complexos, principalmente o de culpa. A lembrança do passado é a
ponta do “iceberg” da terapia. É ali que ela começa. Dificilmente será seu
termo.
Essas sessões de
terapia produzem informações consideráveis do que parece ter sido a experiência
anterior. Levam o paciente às suas memórias emocionais de uma existência
anterior ou de experiências da vida intra-uterina, ou mesmo à sua infância e
que, após serem trabalhadas, aliviam os sintomas do problema na maioria dos
pacientes.
Stevenson (1977),
que se dedicou à pesquisa que envolvia lembrança espontânea em crianças e foi
um crítico severo dos dados obtidos através de Regressão à Vida Passada,
escrevia:
“Apesar de tudo,
os poucos resultados substanciais de uso da hipnose em tais experiências
justificam uma exploração mais extensiva da técnica com melhor controle.” Tal
afirmação, não só reflete a importância que ele dava à pesquisa feita pelo
método hipnótico, como também aos casos de espontaneidade na lembrança. Sua
crítica se baseava nas possibilidades de interferência do operador na hipnose.
O que não ocorria nos casos espontâneos.
As pesquisas de
Regressão e de Terapia de Vidas Passadas poderiam ser uma expansão e
refinamento da pesquisa de Wambach, se fossem feitas questões mais específicas
e detalhadas acerca da experiência da morte. Os resultados obtidos nessas
pesquisas quando comparados aos obtidos nas Experiências de Quase Morte,
poderiam revelar aspectos relevantes às atividades no período entre duas vidas,
à tomada de decisões, ao papel dos “guias espirituais”, ao processo de decisão
do retorno, ao conhecimento adquirido, anterior à entrada no feto, à perda de
memória (esquecimento do passado) – quando e como se dá a comunicação com a mãe
e/ou pai antes e/ou durante a gravidez, bem como a outros aspectos intervenientes
no processo evolutivo do ser humano.
Observo uma
tendência de se utilizar a regressão de memória exclusivamente com finalidade
terapêutica em detrimento da área de pesquisa. Tal utilização exclusiva levará
a incorreções e riscos no uso da técnica. A falta de experimentos controlados, de
estudos mais profundos sobre a hipnose e suas conseqüências que não são levadas
em consideração nas terapias, poderá confundir seus usuários. O desconhecimento
das interferências espirituais é outro fator preocupante no uso da técnica
regressiva.
Seria
conveniente uma discussão ampla do método sem os preconceitos acadêmicos.
Livro: Reeencarnação:
Processo Educativo.
Adenáuer Novaes.
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