terça-feira, 8 de outubro de 2024

Os Romanos – Carlos Bernardo Loureiro.

A religião de Roma teria decorrido de uma miscigenação de cultos autóctones, indo-europeus, etruscos e gregos.

Alguns, textos sagrados conseguiram chegar à modernidade, como os fragmentos dos Cantos Arvais e dos Cantos Sábos, e os Oráculos Sibilinos, de Tarquínio, destruídos por ocasião do incêndio de Roma em 86 a.C.

Conhece-se, em verdade, a religião romana, pelo historiador Tito Lúcio e pelo poeta Ovídio que comenta, em seu Fastos, o calendário das festas religiosas.

Os romanos acreditavam que os Espíritos viviam a sua volta e que interferiam em suas vidas. Assim, cada homem possuía seu Espírito familiar, seu gênio; cada mulher era portadora de um poder fecundante, chamado Janus. Existiam Espíritos protetores do solo e da casa (os lares), e Espíritos que protegiam a família (os penates). Segundo suas crenças, quando se abandonava uma casa, deixavam os lares para os novos habitantes, levavam os penates, que protegeriam os membros da família, mas não os escravos.

Os romanos criam na imortalidade da alma. Os mortos eram, primitivamente, sepultados sob o lar, que eles defendiam. Dirigiam-lhes oferendas, tomava-se refeições com eles no dia dos mortos. Aos mortos hostis, os lêmures, eram oferecidas cerimônias de conciliação.

Aos poucos, porém, os Espíritos foram-se tornando deuses. Os romanos dirigiam-lhes orações. Os múltiplos lares fundiram-se em uma só divindade: Vesta, adorada em um templo de forma arredondada por sacerdotisas virgens, por isso chamadas vestais que mantinham o fogo sagrado.

Os indo-europeus introduziram o culto ao deus Júpiter, que forma uma tríade com Marte e Quirino. Aliás, essa trindade de deuses maiores é encontrada nos contextos das grandes religiões.

Livro: Reencarnação uma Questão de Bom Senso.

Carlos Bernardo Loureiro.



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