A religião de Roma
teria decorrido de uma miscigenação de cultos autóctones, indo-europeus,
etruscos e gregos.
Alguns, textos
sagrados conseguiram chegar à modernidade, como os fragmentos dos Cantos Arvais
e dos Cantos Sábos, e os Oráculos Sibilinos, de Tarquínio, destruídos por ocasião
do incêndio de Roma em 86 a.C.
Conhece-se, em
verdade, a religião romana, pelo historiador Tito Lúcio e pelo poeta Ovídio que
comenta, em seu Fastos, o calendário das festas religiosas.
Os romanos
acreditavam que os Espíritos viviam a sua volta e que interferiam em suas
vidas. Assim, cada homem possuía seu Espírito familiar, seu gênio; cada mulher
era portadora de um poder fecundante, chamado Janus. Existiam Espíritos
protetores do solo e da casa (os lares), e Espíritos que protegiam a família
(os penates). Segundo suas crenças, quando se abandonava uma casa, deixavam os
lares para os novos habitantes, levavam os penates, que protegeriam os membros
da família, mas não os escravos.
Os romanos criam
na imortalidade da alma. Os mortos eram, primitivamente, sepultados sob o lar,
que eles defendiam. Dirigiam-lhes oferendas, tomava-se refeições com eles no
dia dos mortos. Aos mortos hostis, os lêmures, eram oferecidas cerimônias de
conciliação.
Aos poucos, porém,
os Espíritos foram-se tornando deuses. Os romanos dirigiam-lhes orações. Os
múltiplos lares fundiram-se em uma só divindade: Vesta, adorada em um templo de
forma arredondada por sacerdotisas virgens, por isso chamadas vestais que
mantinham o fogo sagrado.
Os indo-europeus
introduziram o culto ao deus Júpiter, que forma uma tríade com Marte e Quirino.
Aliás, essa trindade de deuses maiores é encontrada nos contextos das grandes
religiões.
Livro:
Reencarnação uma Questão de Bom Senso.
Carlos Bernardo
Loureiro.
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