Se
Jesus não tivesse confiança na regeneração dos homens e no aprimoramento do
mundo, naturalmente não teria vindo ao encontro das criaturas e nem teria
jornadeado nos escuros caminhos da terra.
Não
podemos por isso, perder a esperança e nem nos cabe o desânimo, diante das
pequenas e abençoadas lutas que o céu nos concedeu, entre as sombras das
humanas experiências.
Da
escola do mundo saíram diplomados em santificação espíritos sublimes, que hoje
se constituem abençoados patronos da evolução terrestre.
Não
nos compete menosprezar o plano de aprendizagem que nos alimenta e nos
agasalha, que nos instrui e aperfeiçoa.
Se
o melhor não auxilia ao pior, debalde aguardaremos a melhoria da vida.
Se
o bom desampara o mau, a fraternidade não passaria de mera ilusão.
Se
o sábio não ajuda ao ignorante, a educação redundaria em mentira perigosa.
Se
o humilde foge ao orgulhoso, surgiria o amor por vocábulo inútil.
Se
o aprendiz da gentileza menoscaba o prisioneiro da impulsividade, o
desequilíbrio comandaria a existência.
Se
a virtude não socorre às vítimas do vício, e se o bem não se dispõe a salvar,
quantos se arrojam aos despenhadeiros do mal, de coisa alguma serviria a
predicação evangélica no campo de trabalho que a providência divina nos confiou.
O
Mestre não era do mundo, mas veio até nós para a redenção do mundo.
Sabia
que os seus discípulos não pertenciam ao acervo moral da terra, mas enviou-os
ao convívio com homens para que os homens se transformassem nos servidores
devotados do bem, convertendo o planeta em seu reino de luz.
O
cristão que foge ao contato com o mundo, a pretexto de garantir-se contra o pecado,
é uma flor parasitária e improdutiva na árvore do Evangelho, e o Senhor, longe
de solicitar ornamentos para a sua obra, espera trabalhadores abnegados e fiéis
que se disponham a remover o solo com paciência, boa vontade e coragem, a fim
de que a terra se habilite para a sementeira renovadora do grande amanhã.
Emmanuel
/ Chico Xavier.
Livro:
Coragem.
***
Prece
da Manjedoura.
Senhor.
Diante
da Manjedoura em que nos descerras o coração, ensina-nos a abrir os braços para
receber-Te.
Não
nos relegues ao labirinto de nossas ilusões, nem nos abandones ao luxo de
nossos problemas.
Vimos
ao Teu encontro, cansados de nossa própria fatuidade.
Sol
da Vida, não nos confies às trevas da morte.
Fortalece-nos
o bom ânimo.
Reaviva-nos
a fé.
Induze-nos
à confiança e à boa vontade.
Tu
que renunciaste ao Céu em favor da Terra, ajuda-nos a descer, com o Supremo
Bem, para sermos mais úteis!…
Tu
que deixaste a companhia dos anjos sábios e generosos, por amor aos homens
ignorantes e infelizes, auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados
que nós mesmos o tesouro de luz que nos trazes!…
Defende-nos
contra os vermes da vaidade.
Ampara-nos
contra as serpes do orgulho.
Conduze-nos
ao caminho do trabalho e da humildade.
E,
reconhecidos à frente do Teu Berço de Luminosa Esperança, nós te rogamos,
sobretudo, os dons da simplicidade e da paz, para que sejamos contigo fiéis a
Deus, hoje e sempre.
Assim
seja.
Emmanuel / Chico Xavier.
Livro:
“Antologia Mediúnica do Natal.
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