Cap. XXVI — Item 7.
— Rende culto ao
dever.
Não há fé
construtiva onde falta respeito ao cumprimento das próprias obrigações.
— Trabalha
espontaneamente.
A mediunidade é
um arado divino que o óxido da preguiça, enferruja e destrói.
— Não te creias
maior ou menor.
Como as árvores
frutíferas, espalhadas no solo, cada talento mediúnico tem a sua utilidade e a
sua expressão.
— Não esperes
recompensas no mundo.
As dádivas do
Senhor, como sejam o fulgor das estrelas e a carícia da fonte, o lume da prece
e a bênção da coragem, não têm preço na Terra.
— Não
centralizes a ação.
Todos os
companheiros são chamados a cooperar, no conjunto das boas obras, a fim de que
se elejam à posição de escolhidos para tarefas mais altas.
— Não te
encarceres na dúvida.
Todo bem, muito
antes de externar-se por intermédio desse ou daquele intérprete da verdade,
procede, originariamente, de Deus.
— Estuda sempre.
A luz do
conhecimento armar-te-á o espírito contra as armadilhas da ignorância.
— Não te
irrites.
Cultiva a
caridade e a brandura, a compreensão e a tolerância, porque os mensageiros do
amor encontram dificuldade enorme para se exprimirem com segurança através de
um coração conservado em vinagre.
— Desculpa
incessantemente.
O ácido da
crítica não te piora a realidade, a praga do elogio não te altera o modo justo
de ser, e, ainda mesmo que te categorizem à conta de mistificador ou
embusteiro, esquece a ofensa com que te espanquem o rosto, e, guardando o
tesouro da consciência limpa, segue adiante, na certeza de que cada criatura
percebe a vida do ponto de vista em que se coloca.
— Não temas
perseguidores.
Lembra-te da humildade do Cristo e recorda que, ainda Ele, anjo em forma de homem, estava cercado de adversários gratuitos e de verdugos cruéis, quando escreveu na cruz, com suor e lágrimas, o divino poema da eterna ressurreição.
André Luiz /
Chico Xavier.
Livro: O Espírito da Verdade.
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