Por: Fidel Nogueira
Aquele garoto observava o pai fazer a barba. Em silêncio ficava a olhar seu pai com uma expressão de quem olha um herói.
Após um determinado tempo o garoto indagou: Pai, você me ama? O pai em seguida, sem olhar, respondera: Sim meu filho.
O garoto fez silêncio novamente e dentro em pouco, outra vez, perguntou: Pai, você me ama de verdade? Desta vez o pai olhou para o garoto e com um pouco mais de atenção respondera: Sim meu filho, eu te amo muito. E continuou a fazer a barba.
Mais um tempo se passou e o garoto ali, ainda observando o pai que continuava a fazer a barba indagou mais uma vez: Pai você tem certeza que me ama de verdade? O pai parou o que estava fazendo, se aproximou do filho e respondeu: Sim meu filho, eu te amo de verdade, para valer.
Meu filho, eu vou ser sempre seu amigo, estarei por toda a minha vida a seu lado, pois quero ver você crescer, fazer faculdade, se formar, se casar, ter filhos. Quero ser o avô de seus filhos com muita alegria.
Meu filho, eu amo muito você. O pai abraçou o filho e continuou fazendo a barba.
O garoto permanecia ali parado observando o pai. Passados mais alguns minutos, o garoto manifestara-se com mais uma pergunta: Pai, você tem certeza que me ama mesmo, de verdade? O pai outra vez parou e respondendo com veemência disse:
Filho, eu já disse, te amo muito, de verdade, com certeza. Meu amor por você é muito grande. E continuou fazendo a barba.
Ainda ali parado a observar o pai, o garoto indagou mais uma vez: Pai, se você me ama de verdade, para valer, quer me ver crescer, me formar na faculdade, me casar, ter filhos, se você quer ficar comigo muito tempo sendo meu amigo, por que quer me deixar?
O que? Deixar você? Que é isso filho, jamais vou fazer isso, nunca pensei em te deixar, sou seu pai e amigo e eu te amo muito.
Continuando ali a observar o pai, o garoto indagou mais uma vez: pai, se você me ama de verdade, para valer, quer me ver crescer, me formar na faculdade, me casar, ter filhos, se você quer ficar comigo muito tempo sendo meu amigo, por que você quer morrer?
Morrer? Que loucura é essa, meu filho? Eu não quero morrer, quero viver muito pára estar com você, já disse meu eu filho, não estou entendendo, por que você está me fazendo todas essas perguntas tão estranhas e fortes? Explique-me, por favor.
Pai, se você me ama de verdade, para valer, se quer ver-me crescer, me formar na faculdade, me casar, ter filhos, se você quer ficar comigo muito tempo sendo meu amigo, se você não quer me deixar, não quer morrer, por que você bebe álcool e fuma?
Naquele instante aquele homem não encontrou respostas para aquela forte e profunda indagação do seu jovem e inteligente filho.
O amor é coerente. O amor é responsabilidade, é sinceridade, honestidade e lealdade.
Quem cuida, porém, cuida-se, se respeita, se preserva.
O amor não são promessas nem palavras apenas. O amor é ação, exemplo, conduta.
Quem diz que ama precisa expressar o amor em si mesmo. Quando se declara o amor a alguém é preciso demonstrá-lo em atitudes.
O amor é força em movimento.
Um pai é uma figura muito importante para o filho. Em muitas oportunidades as ações do pai são observadas e copiadas por ele.
O filho acredita tanto no pai que faz o que o pai faz, fala o que o pai fala, pois o pai para uma criança está na posição de herói, é o seu modelo, sua referência.
Quando fazemos promessas ao nosso filho, precisamos entender a responsabilidade de cumprir, pois o que mais um filho espera do pai é a firmeza e o companheirismo de um amigo.
Um amigo forte, com saúde e equilibrio é fruto de um conjunto de hábitos.
“Educação é o conjunto de hábitos adquiridos”; Alan Kardec
Educação é ação de dentro. Educere, do grego, extrair de, ou seja, desenvolver o interior do ser.
A melhor educação que um pai pode oferecer ao filho ainda é o exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário