No exercício da afabilidade e da
doçura, que atrairá em teu favor as correntes da simpatia, compadece-te de
todos e guarda, acima de tudo, a boa vontade e a sinceridade no coração.
Não será porque sorrias a todo
instante que conseguirás o milagre da fraternidade. A incompreensão sorri no
sarcasmo e a maldade sorri na vingança.
Não será porque espalhes teus
ósculos com os outros que edificarás o teu santuário de carinho. Judas,
enganado pelas próprias paixões, entregou o Mestre com um beijo.
Por outro lado, não é porque
apregoas a verdade, com rigor, que te farás abençoado na vida; a irreflexão no
serviço assistencial agrava as doenças e multiplica os desastres.
Com a franqueza agressiva, embora
tocada de boas intenções, não serás portador do auxílio que desejas,
conseguindo gerar tão somente o desespero e a indisciplina.
Não será com o elogio público ou
com a acusação aberta que ajudarás ao companheiro; quase sempre, o louvor
humano é uma pedra no caminho e a queixa, habitualmente, é uma crueldade.
Sorrisos e palavras podem estar
simplesmente na máscara. Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no
estímulo ou no aviso, acende a luz do amor no coração e age com bondade.
Cultivemos a brandura sem
afetação; e a sinceridade, sem espinhos. Somente o amor sabe ser doce e afável,
para compreender e ajudar, usando situações e problemas, circunstâncias e
experiências da vida, para elevar nosso espírito eterno ao templo da luz
divina.
Xavier, Francisco Cândido. Da
obra: Escrínio de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
Lindo texto!
ResponderExcluirParabéns pelo espaço amigo!
abçs