Ignorar o sexo em nossa edificação espiritual seria ignorar-nos. Urge, porém, situá-lo a serviço do amor, sem que o amor se lhe subordine.
Imaginemos ambos, na esfera da personalidade, como o rio e o dique.
O rio fecunda. O dique controla.
O rio espalha forças. O dique as policia.
No rio, encontramos a Natureza.
No dique, surpreendemos a disciplina.
Se a corrente ameaça a estabilidade de construções dignas, o dique canaliza proveitosamente, noutro nível. Contudo, se a corrente supera o dique, aparece a destruição.
Igualmente, o sexo é energia criativa, mas o amor deve estar junto dele, como leme seguro, em contínuo zelo, freando o impulso emotivo.
Fiscaliza os teus desejos. Todo pensamento acalentado tende a expressar-se em ação.
Ama sempre, porque o amor é a essência da própria vida, mas não cogite de ser amado.
Na oração, procura Deus, que criou o sexo em nós, para engrandecimento da criação, na carne e espírito. Ele nos ensinará a dirigi-lo.
Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Religião dos Espíritos.
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