terça-feira, 1 de março de 2022

Recordação da existência corpórea / Ricordo dell'esistenza física. (2)

312. E a lembrança dos sofrimentos por que passaram na última existência corporal, os Espíritos a conservam?

“Frequentemente assim acontece e essa lembrança lhes faz compreender melhor o valor da felicidade de que podem gozar como Espíritos.”

313. Ao deixar a Terra, o homem que nela foi feliz sente falta dos prazeres que teve?

“Só os Espíritos inferiores podem sentir saudades de gozos condizentes com uma natureza impura qual a deles, e que expiam pelo sofrimento. Para os Espíritos elevados, a felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres efêmeros da Terra.”

Exatamente como sucede ao homem que, na idade da madureza, nenhuma importância liga ao que tanto o deliciava na infância.

314. Aquele que deu começo a trabalhos de vulto com um fim útil e que os vê interrompidos pela morte, lamenta, no outro mundo, tê-los deixado por acabar?

“Não, porque vê que outros estão destinados a concluí-los. Trata, ao contrário, de influenciar outros Espíritos humanos, para que os levem adiante. Seu objetivo, na Terra, era o bem da humanidade: o mesmo objetivo continua a ter no mundo dos Espíritos.”

315. E o que deixou trabalhos de arte ou de literatura, conserva pelas suas obras o amor que lhes tinha quando vivo?

“De acordo com a sua elevação, aprecia-as de outro ponto de vista, e não é raro condene o que maior admiração lhe causava.”

316. No além, o Espírito se interessa pelos trabalhos que se executam na Terra, pelo progresso das artes e das ciências?

“Conforme à sua elevação ou à missão que possa ter que desempenhar. Muitas vezes, o que vos parece magnífico bem pouco é para certos Espíritos, que, então, o admiram como o sábio admira a obra de um estudante. Atentam apenas no que prove a elevação dos encarnados e seus progressos.”

317. Após a morte, conservam os Espíritos o amor da pátria?

“O princípio é sempre o mesmo. Para os Espíritos elevados, a pátria é o universo. Na Terra, a pátria, para eles, está onde se ache o maior número das pessoas que lhes são simpáticas.”

As condições dos Espíritos e as maneiras por que veem as coisas variam ao infinito, de conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual em que se achem. Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo permanecem na Terra. Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas do infinito, tão pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os homens mais importância ligam, que poucos atrativos lhes oferece o nosso mundo, a menos que para aí os leve o propósito de concorrerem para o progresso da humanidade. Os Espíritos de ordem intermédia estagiam mais frequentemente neste planeta, se bem considerem as coisas de um ponto de vista mais alto do que quando encarnados. Os Espíritos vulgares, esses são os que nele ficam de modo por assim dizer fixo, e constituem a massa da população invisível do globo terráqueo. Conservam quase que as mesmas ideias, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que tinham quando revestidos do envoltório corpóreo. Metem-se em nossas reuniões, negócios, divertimentos, nos quais tomam parte mais ou menos ativa, segundo seus caracteres. Não podendo satisfazer às suas paixões, gozam na companhia dos que a elas se entregam e os excitam a cultivá-las. Entre eles, no entanto, há alguns mais sérios, que veem e observam para se instruírem e aperfeiçoarem.

318. As ideias dos Espíritos se modificam quando na erraticidade?

“Muito; sofrem grandes modificações, à proporção que o Espírito se desmaterializa. Pode este, algumas vezes, permanecer longo tempo imbuído das ideias que tinha na Terra; mas, pouco a pouco, a influência da matéria diminui e ele vê as coisas com maior clareza. É então que procura os meios de se tornar melhor.”

319. Já tendo o Espírito vivido a vida espírita antes da sua encarnação, como se explica o seu espanto ao reingressar no mundo dos Espíritos?

“Isso é apenas o efeito do momento e da perturbação que se segue ao despertar do Espírito. Mais tarde ele se vai inteirando perfeitamente da sua condição, à medida que lhe volta a lembrança do passado e que a impressão da vida terrena se lhe apaga.” (N. 163 e seguintes.)

O Livro dos Espíritos –Allan Kardec.

312. Gli Spiriti conservano il ricordo delle sofferenze che hanno patito durante la loro ultima esistenza corporea?

«Sovente lo conservano, e questo ricordo fa loro meglio sentire il valore della felicita di cui possono godere come Spiriti.»

313. L'uomo che è stato felice sulla Terra rimpiange i piaceri dopo che l'ha lasciata?

«Solo gli Spiriti inferiori possono rimpiangere piaceri che propendono per l'impurità della loro natura e che essi espiano con sofferenza Per gli Spiriti elevati, la felicita eterna è mille volte preferibile agli effimeri piaceri della Terra.»

Così come l'uomo adulto ride di ciò che ha fatto la delizia della sua infanzia.

314. Chi ha cominciato dei grandi lavori, con un fine utile, e li vede interrotti dalla morte rimpiange nell’altro mondo di averli lasciati incompiuti?

«No, perché vede che altri sono destinati a terminarli. Anzi, cerca di influenzare altri Spiriti incarnati a continuarli. Il suo fine sulla Terra era il bene dell'umanità. Questo fine continua a essere lo stesso nel mondo degli Spiriti.»

315. Chi ha lasciato delle opere d'arte o di letteratura conserva per queste opere l'amore che aveva da vivo?

«Le giudica da un altro punto di vista, secondo il suo grado di elevatezza, e sovente disapprova ciò che ammirava di più.»

316. Lo Spirito si interessa ancora ai lavori che si tengono sulla Terra, al progresso delle arti e delle scienze?

«Dipende dalla sua elevatezza o dalla missione che può dover compiere. Ciò che a voi sembra magnifico è sovente ben poca cosa per certi Spiriti. Essi l'ammirano, come l'erudito ammira l'opera dell'allievo. Lo Spirito prende in esame do che può attestare l'elevatezza degli Spiriti incarnati e il loro progresso.»

317. Gli Spiriti, dopo la morte, conservano l’amor patrio?

«Si tratta sempre dello stesso principio: per gli Spiriti elevati la patria è l'universo. Sulla Terra, la patria, per loro, e dove si trova il maggior numero di persone a loro simpatiche.»

La situazione degli Spiriti e il loro modo di vedere le cose variano all'infinito in ragione del loro grado di sviluppo morale e intellettuale. Gli Spiriti di ordine elevato generalmente non fanno sulla Terra che permanenze di breve durata. Tutto ciò che si fa qui è ben meschino a confronto della grandezza dell'infinito! Le cose alle quali gli uomini danno maggiore importanza sono così puerili ai loro occhi da trovarle ben poco seduttive, a meno che non siano chiamati sulla Terra in missione, per concorrere al progresso dell'umanità. Gli Spiriti di ordine medio soggiornano più frequentemente fra noi, pero considerano le cose da un punto di vista più elevato di quando erano incarnati. Gli Spiriti volgari si trovano li stabilmente e costituiscono la massa della popolazione del mondo invisibile: hanno conservato più o meno le stesse idee, gli stessi gusti e le stesse tendenze che avevano sotto il loro involucro corporeo. Si immischiano nelle nostre riunioni, nei nostri affari e nei nostri divertimenti, ai quali prendono parte in modo più o meno attivo, a seconda del loro carattere. Non potendo soddisfare le loro passioni, gioiscono alla vista di quelli che vi si abbandonano e verso di esse li incitano. Nel numero, ce ne sono anche dì più seri, che vedono e osservano per istruirsi e perfezionarsi.

318. Le idee degli Spiriti si modificano quando esse sono allo stato di spirito?

«Molto. Le idee subiscono delle grandissime modificazioni via via che lo Spirito si smaterializza. Può restare a volte lungo tempo con le stesse idee, ma l'influenza della materia a poco a poco diminuisce ed egli vede allora le cose più chiaramente. È a questo punto che lo Spirito cerca ì mezzi per migliorarsi.»

319. Poiché lo Spirito ha già vissuto la vita spiritista prima della sua ultima incarnazione, da dove viene la sua sorpresa rientrando nel mondo degli Spiriti?

«È solo l'effetto del primo momento e del turbamento che segue il risveglio. Più tardi si riconoscerà perfettamente, nella misura in cui gli ritorna il ricordo del passato, e l'impressione della vita terrena sì cancella.» (Vedere n. 163 e sgg.)

IL LIBRO DEGLI SPIRITI  - Allan Kardec.

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