312. E a
lembrança dos sofrimentos por que passaram na última existência corporal, os
Espíritos a conservam?
“Frequentemente
assim acontece e essa lembrança lhes faz compreender melhor o valor da
felicidade de que podem gozar como Espíritos.”
313. Ao deixar a
Terra, o homem que nela foi feliz sente falta dos prazeres que teve?
“Só os Espíritos
inferiores podem sentir saudades de gozos condizentes com uma natureza impura
qual a deles, e que expiam pelo sofrimento. Para os Espíritos elevados, a
felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres efêmeros da Terra.”
Exatamente como
sucede ao homem que, na idade da madureza, nenhuma importância liga ao que
tanto o deliciava na infância.
314. Aquele que
deu começo a trabalhos de vulto com um fim útil e que os vê interrompidos pela
morte, lamenta, no outro mundo, tê-los deixado por acabar?
“Não, porque vê
que outros estão destinados a concluí-los. Trata, ao contrário, de influenciar
outros Espíritos humanos, para que os levem adiante. Seu objetivo, na Terra,
era o bem da humanidade: o mesmo objetivo continua a ter no mundo dos
Espíritos.”
315. E o que
deixou trabalhos de arte ou de literatura, conserva pelas suas obras o amor que
lhes tinha quando vivo?
“De acordo com a
sua elevação, aprecia-as de outro ponto de vista, e não é raro condene o que
maior admiração lhe causava.”
316. No além, o
Espírito se interessa pelos trabalhos que se executam na Terra, pelo progresso
das artes e das ciências?
“Conforme à sua
elevação ou à missão que possa ter que desempenhar. Muitas vezes, o que vos
parece magnífico bem pouco é para certos Espíritos, que, então, o admiram como
o sábio admira a obra de um estudante. Atentam apenas no que prove a elevação
dos encarnados e seus progressos.”
317. Após a morte,
conservam os Espíritos o amor da pátria?
“O princípio é
sempre o mesmo. Para os Espíritos elevados, a pátria é o universo. Na Terra, a
pátria, para eles, está onde se ache o maior número das pessoas que lhes são
simpáticas.”
As condições dos
Espíritos e as maneiras por que veem as coisas variam ao infinito, de
conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual em que se
achem. Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo permanecem
na Terra. Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas
do infinito, tão pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os homens mais
importância ligam, que poucos atrativos lhes oferece o nosso mundo, a menos que
para aí os leve o propósito de concorrerem para o progresso da humanidade. Os
Espíritos de ordem intermédia estagiam mais frequentemente neste planeta, se
bem considerem as coisas de um ponto de vista mais alto do que quando
encarnados. Os Espíritos vulgares, esses são os que nele ficam de modo por
assim dizer fixo, e constituem a massa da população invisível do globo
terráqueo. Conservam quase que as mesmas ideias, os mesmos gostos e as mesmas
inclinações que tinham quando revestidos do envoltório corpóreo. Metem-se em
nossas reuniões, negócios, divertimentos, nos quais tomam parte mais ou menos
ativa, segundo seus caracteres. Não podendo satisfazer às suas paixões, gozam
na companhia dos que a elas se entregam e os excitam a cultivá-las. Entre eles,
no entanto, há alguns mais sérios, que veem e observam para se instruírem e
aperfeiçoarem.
318. As ideias
dos Espíritos se modificam quando na erraticidade?
“Muito; sofrem
grandes modificações, à proporção que o Espírito se desmaterializa. Pode este,
algumas vezes, permanecer longo tempo imbuído das ideias que tinha na Terra;
mas, pouco a pouco, a influência da matéria diminui e ele vê as coisas com
maior clareza. É então que procura os meios de se tornar melhor.”
319. Já tendo o
Espírito vivido a vida espírita antes da sua encarnação, como se explica o seu
espanto ao reingressar no mundo dos Espíritos?
“Isso é apenas o
efeito do momento e da perturbação que se segue ao despertar do Espírito. Mais
tarde ele se vai inteirando perfeitamente da sua condição, à medida que lhe
volta a lembrança do passado e que a impressão da vida terrena se lhe apaga.”
(N. 163 e seguintes.)
O Livro dos
Espíritos –Allan Kardec.
312. Gli Spiriti
conservano il ricordo delle sofferenze che hanno patito durante la loro ultima
esistenza corporea?
«Sovente lo
conservano, e questo ricordo fa loro meglio sentire il valore della felicita di
cui possono godere come Spiriti.»
313. L'uomo che
è stato felice sulla Terra rimpiange i piaceri dopo che l'ha lasciata?
«Solo gli
Spiriti inferiori possono rimpiangere piaceri che propendono per l'impurità
della loro natura e che essi espiano con sofferenza Per gli Spiriti elevati, la
felicita eterna è mille volte preferibile agli effimeri piaceri della Terra.»
Così come l'uomo
adulto ride di ciò che ha fatto la delizia della sua infanzia.
314. Chi ha
cominciato dei grandi lavori, con un fine utile, e li vede interrotti dalla
morte rimpiange nell’altro mondo di averli lasciati incompiuti?
«No, perché vede
che altri sono destinati a terminarli. Anzi, cerca di influenzare altri Spiriti
incarnati a continuarli. Il suo fine sulla Terra era il bene dell'umanità.
Questo fine continua a essere lo stesso nel mondo degli Spiriti.»
315. Chi ha
lasciato delle opere d'arte o di letteratura conserva per queste opere l'amore
che aveva da vivo?
«Le giudica da
un altro punto di vista, secondo il suo grado di elevatezza, e sovente
disapprova ciò che ammirava di più.»
316. Lo Spirito
si interessa ancora ai lavori che si tengono sulla Terra, al progresso delle
arti e delle scienze?
«Dipende dalla
sua elevatezza o dalla missione che può dover compiere. Ciò che a voi sembra
magnifico è sovente ben poca cosa per certi Spiriti. Essi l'ammirano, come
l'erudito ammira l'opera dell'allievo. Lo Spirito prende in esame do che può
attestare l'elevatezza degli Spiriti incarnati e il loro progresso.»
317. Gli
Spiriti, dopo la morte, conservano l’amor patrio?
«Si tratta
sempre dello stesso principio: per gli Spiriti elevati la patria è l'universo.
Sulla Terra, la patria, per loro, e dove si trova il maggior numero di persone
a loro simpatiche.»
La situazione
degli Spiriti e il loro modo di vedere le cose variano all'infinito in ragione
del loro grado di sviluppo morale e intellettuale. Gli Spiriti di ordine
elevato generalmente non fanno sulla Terra che permanenze di breve durata.
Tutto ciò che si fa qui è ben meschino a confronto della grandezza
dell'infinito! Le cose alle quali gli uomini danno maggiore importanza sono
così puerili ai loro occhi da trovarle ben poco seduttive, a meno che non siano
chiamati sulla Terra in missione, per concorrere al progresso dell'umanità. Gli
Spiriti di ordine medio soggiornano più frequentemente fra noi, pero
considerano le cose da un punto di vista più elevato di quando erano incarnati.
Gli Spiriti volgari si trovano li stabilmente e costituiscono la massa della
popolazione del mondo invisibile: hanno conservato più o meno le stesse idee,
gli stessi gusti e le stesse tendenze che avevano sotto il loro involucro
corporeo. Si immischiano nelle nostre riunioni, nei nostri affari e nei nostri
divertimenti, ai quali prendono parte in modo più o meno attivo, a seconda del
loro carattere. Non potendo soddisfare le loro passioni, gioiscono alla vista
di quelli che vi si abbandonano e verso di esse li incitano. Nel numero, ce ne
sono anche dì più seri, che vedono e osservano per istruirsi e perfezionarsi.
318. Le idee
degli Spiriti si modificano quando esse sono allo stato di spirito?
«Molto. Le idee
subiscono delle grandissime modificazioni via via che lo Spirito si smaterializza.
Può restare a volte lungo tempo con le stesse idee, ma l'influenza della
materia a poco a poco diminuisce ed egli vede allora le cose più chiaramente. È
a questo punto che lo Spirito cerca ì mezzi per migliorarsi.»
319. Poiché lo
Spirito ha già vissuto la vita spiritista prima della sua ultima incarnazione,
da dove viene la sua sorpresa rientrando nel mondo degli Spiriti?
«È solo
l'effetto del primo momento e del turbamento che segue il risveglio. Più tardi
si riconoscerà perfettamente, nella misura in cui gli ritorna il ricordo del
passato, e l'impressione della vita terrena sì cancella.» (Vedere n. 163 e
sgg.)
IL LIBRO DEGLI
SPIRITI - Allan Kardec.
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