sábado, 12 de março de 2022

União da alma e do corpo. Aborto / UNIÓN DEL ALMA Y DEL CUERPO. ABORTO.

344. Em que momento a alma se une ao corpo?

“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito que então solta anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

345. É definitiva a união do Espírito com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta primeira fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado?

“É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo. Mas como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem. Podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.”

346. Que faz o Espírito se o corpo que ele escolheu morre antes de se verificar o nascimento?

“Escolhe outro.”

a) – Qual a utilidade dessas mortes prematuras?

“Dão-lhes causa, as mais das vezes, as imperfeições da matéria.”

347. Que utilidade encontrará um Espírito na sua encarnação em um corpo que morre poucos dias depois de nascido?

“O ser não tem então consciência plena da sua existência; a importância da morte é quase nenhuma. Frequentemente é, como já dissemos, uma prova para os pais.”

348. Sabe o Espírito, previamente, que o corpo de sua escolha não tem probabilidade de viver?

“Sabe-o algumas vezes; mas se nessa circunstância reside o motivo de sua escolha, isso significa que está fugindo à prova.”

349. Quando falha por qualquer causa a encarnação de um Espírito, é ela suprida imediatamente por outra existência?

“Nem sempre o é imediatamente. Faz-se mister dar ao Espírito tempo para proceder a nova escolha, a menos que a reencarnação imediata corresponda a anterior determinação.”

350. Uma vez unido ao corpo da criança e quando já lhe não é possível voltar atrás, sucede alguma vez deplorar o Espírito a escolha que fez?

“Perguntas se, como homem, se queixa da vida que tem? Se desejaria que outra fosse ela? Sim. Se se arrepende da escolha que fez? Não, pois não sabe ter sido sua escolha. Depois de encarnado, não pode o Espírito lastimar uma escolha de que não tem consciência. Pode, entretanto, achar pesada demais a carga e considerá-la superior às suas forças. É quando isso acontece que recorre ao suicídio.”

351. No intervalo que medeia da concepção ao nascimento goza o Espírito de todas as suas faculdades?

“Mais ou menos, conforme o ponto desse intervalo em que se ache, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o Espírito a ser tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até ao nascimento. Seu estado, nesse período, é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência na condição de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança, porém, lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito.”

352. Imediatamente ao nascer recobra o Espírito a plenitude das suas faculdades?

“Não, elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. O Espírito se acha numa existência nova; preciso é que aprenda a servir-se dos instrumentos de que dispõe. As ideias lhe voltam pouco a pouco, como a uma pessoa que desperta e se vê em situação diversa da que ocupava na véspera.”

353. Não sendo completa a união do Espírito ao corpo, não estando definitivamente consumada, senão depois do nascimento, poder-se-á considerar o feto como dotado de alma?

“O Espírito que o vai animar existe, de certo modo, fora dele. O feto não tem pois, propriamente falando, uma alma, visto que a encarnação está apenas em via de operar-se. Acha-se, entretanto, ligado à alma que virá a possuir.”

354. Como se explica a vida intrauterina?

“É a da planta que vegeta. A criança vive vida animal. O homem tem a vida vegetal e a vida animal que, pelo seu nascimento, se completam com a vida espiritual.”

355. Há, de fato, como o indica a Ciência, crianças que já no seio materno não são viáveis? Com que fim ocorre isso?

“Frequentemente isso se dá e Deus o permite como prova, quer para os pais, quer para o Espírito da criança.”

356. Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espíritos?

“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum Espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vêm em função de seus pais.”

a) – Pode chegar a termo de nascimento um ser dessa natureza?

“Algumas vezes; mas não vive.”

b) – Segue-se daí que toda criança que vive após o nascimento tem forçosamente encarnado em si um Espírito?

“Que seria ela, se assim não acontecesse? Não seria um ser humano.”

357. Que consequências tem para o Espírito o aborto?

“É uma existência nula, a ser recomeçada.”

358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, porque impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”

359. No caso em que o nascimento da criança puser em perigo a vida da mãe, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

“Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.”

360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que viveu algum tempo?

“Vede em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, levianamente coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios, e ninguém é chamado para julgá-los.”

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

344. ¿En qué momento se une el alma al cuerpo?

«La unión empieza en la concepción; pero no es completa hasta el momento del nacimiento. Desde el instante de la concepción, el espíritu designado para habitar en un cuerpo determinado se une a él por un lazo fluídico, que se va estrechando poco a poco, hasta que el niño sale a luz. El grito que lanza entonces anuncia que pertenece al número de los vivientes y servidores de Dios».

345. ¿La unión del espíritu y del cuerpo es definitiva desde el momento de la concepción? Durante este primer período, ¿podría el espíritu renunciar a habitar en aquel cuerpo?

«La unión es definitiva en el sentido de que otro espíricu no podría reemplazar al designado para aquel cuerpo; pero, como los lazos que a él le unen son muy débiles, fácilmente se rompen y pueden serlo por la voluntad del espíritu que retrocede ante la prueba que ha elegido; pero entonces no vive el niño».

346. ¿Qué sucede al espíritu, si el cuerpo que ha escogido muere antes de nacer?

«Escoge otro».

-¿Qué utilidad pueden tener esas muertes prematuras?

«Las imperfecciones de la materia son las más frecuentes causas de semejantes muertes».

347. ¿Qué utilidad puede tener para el espíritu su encarnación en un cuerpo, que muere pocos días después del nacimiento?

«El ser no tiene conciencia bastante desarrollada de su existencia; la importancia de la muerte es casi nula, y como hemos dicho, es con frecuencia una prueba. para los padres».

348. ¿Sabe anticipadamente el espíritu que el cuerpo elegido no tiene probabilidades de vida?

«Lo sabe a veces; pero si por este motivo lo escoge, retrocede ante la prueba».

349. Cuando una encarnación es improductiva para el espíritu, por una causa cualquiera, ¿es suplida inmediata-mente por otra existencia?

«No siempre inmediatamente, pues el espíritu necesita tiempo para escoger de nuevo, a menos que la reencarnación instantánea no provenga de una determinación anterior».

350. Unido el espíritu al cuerpo del niño y no pudiendo ya desistir, ¿siente a veces la elección que ha hecho?

«¿Quieres decir si se queja como hombre de su vida? ¿Si la cambiaría por otra? Si ¿Quieres decir si siente la elección que ha hecho? No, puesto que ignora que la haya elegido. Encarnado el espíritu, no puede sentir una elección de la que no tiene conciencia; pero puede encontrar muy pesada la carga, y si la cree superior a sus fuerzas, entonces acude al suicidio».

351. En el intervalo de la concepción al nacimiento, ¿disfruta el espíritu de todas sus facultades?

«Más o menos según la época; porque no está aún encarnado, sino ligado. Desde el momento de la concepción, la turbación empieza a apoderarse del espíritu, advirtiéndo sele de este modo que ha llegado el momento de tomar una nueva existencia. La turbación va aumentando hasta el nacimiento, y en este intervalo su estado es poco más o menos el de un espíritu encarnado, durante el sueño del cuerpo. A medida que se aproxima el acto del nacimiento, bórranse sus ideas y el recuerdo del pasado, del cual cesa, como hombre, de tener conciencia así que entra en la vida; pero este re-cuerdo lo recobra poco a poco en su estado de espíritu».

352. En el acto del nacimiento, ¿recobra inmediatamente el espíritu la plenitud de sus facultades?

«No, se desarrolla gradualmente con los órganos. Se trata de una nueva existencia y es preciso que aprenda a servirse de sus instrumentos. Las ideas le acuden poco a poco, como sucede al hombre que se despierta y que se encuentra en distinta posición de la que tenía antes de dormirse».

353. No consumándose completa y definitivamente, hasta después del nacimiento, la unión del espíritu y del cuerpo, ¿puede considerarse al feto como dotado de alma?

«El espíritu que debe animarlo existe en cierto modo fuera de él y propiamente hablando, no tiene, pues, un alma, puesto que la encarnación está sólo en vías de operarse; pero está ligado a la que ha de escoger».

354. ¿Cómo se explica la vida intrauterina?

«Es la vida de la planta que vegeta. El niño vive la vida animal. El hombre reúne en si la vida animal y la vegetal que completa, al nacer, con la espiritual».

355. ¿Existen, según indica la ciencia, ninos que, desde el seno de la madre, no han nacido viables? ¿Con qué objeto sucede así?

«Sucede a menudo, y Dios lo permite como prueba, ya para los padres, ya para el espíritu destinado a aquel cuerpo».

356. ¿Hay niños que nacen muertos y que no han sido destinados a la encarnación de ningún espíritu?

«Sí, los hay que nunca han tenido un espíritu destinado para su cuerpo, pues nada debía realizarse respecto de ellos. Semejante niño viene únicamente para expiación de sus padres».

-Un ser de esta naturaleza, ¿puede llegar al tiempo normal?

«A veces si pero entonces no vive».

-Todo niño que sobrevive, pues, al nacimiento, ¿tiene necesidad de un espíritu encarnado?

«¿Qué sería si no lo tuviese? No sería un ser humano».

357. ¿Qué consecuencias tiene el aborto para el espíritu? «Es una existencia nula que debe volverse a empezar».

358. ¿Es un crimen el aborto provocado, cualquiera que sea la época de la concepción?

«Desde el momento que violáis la ley de Dios, existe crimen. La madre u otro cualquiera que sea, comete siempre un crimen, quitando la vida al niño antes del nacimiento; porque impide al alma soportar las pruebas, cuyo instrumento había de ser el cuerpo».

359. En el caso de que corriese peligro la vida de la madre a consecuencia del nacimiento del niño, ¿es un crimen sacrificar a éste para salvar a aquélla?

«Es preferible sacrificar al ser que no existe que no al que existe».

360. ¿Es racional guardar al feto las mismas consideraciones que al cuerpo de un niño, que hubiese vívido?

«En todo ved la voluntad de Dios y su obra, y no tratéis, pues, con ligereza cosas que debéis respetar. ¿Por qué no se han de respetar las obras de la creación, incompletas a veces por voluntad del Creador? Esto entra en sus designios, y a juzgar de ellos no está llamado nadie».

EL LIBRO DE LOS ESPÍRITUS – Allan Kardec.

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