domingo, 20 de novembro de 2022

Os minerais e as plantas / I minerali e le piante.

585. Que pensais da divisão da natureza em três reinos, ou melhor, em duas classes: a dos seres orgânicos e a dos inorgânicos? Segundo alguns, a espécie humana forma uma quarta classe. Qual destas divisões é preferível?

“Todas são boas, conforme o ponto de vista. Do ponto de vista material, apenas há seres orgânicos e inorgânicos. Do ponto de vista moral, há evidentemente quatro graus.”

Esses quatro graus apresentam, com efeito, caracteres determinados, muito embora pareçam confundir-se nos seus limites extremos. A matéria inerte, que constitui o reino mineral, só tem em si uma força mecânica. As plantas, ainda que compostas de matéria inerte, são dotadas de vitalidade. Os animais, também compostos de matéria inerte e igualmente dotados de vitalidade, possuem, além disso, uma espécie de inteligência instintiva, limitada, e a consciência de sua existência e de sua individualidade. O homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extra materiais e o conhecimento de Deus.

586. Têm as plantas consciências de que existem?

“Não, pois que não pensam; só têm vida orgânica.”

587. Experimentam sensações? Sofrem quando as mutilam?

“Recebem impressões físicas que atuam sobre a matéria, mas não têm percepções. Conseguintemente, não têm a sensação da dor.”

588. Independe da vontade delas a força que as atrai umas para as outras?

“Certo, porquanto não pensam. É uma força mecânica da matéria, que atua sobre a matéria, sem que elas possam a isso opor-se.”

589. Algumas plantas, como a sensitiva e a dioneia, por exemplo, executam movimentos que denotam grande sensibilidade e, em certos casos, uma espécie de vontade, conforme se observa na segunda, cujos lóbulos apanham a mosca que sobre ela pousa para sugá-la, parecendo que urde uma armadilha com o fim de capturar e matar aquele inseto. São dotadas essas plantas da faculdade de pensar? Têm vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza vegetal e a natureza animal? Constituem a transição de uma para outra?

“Tudo na natureza é transição, por isso mesmo que uma coisa não se assemelha a outra e, no entanto, todas se prendem umas às outras. As plantas não pensam; por conseguinte carecem de vontade. Nem a ostra que se abre, nem os zoófitos pensam: têm apenas um instinto cego e natural.”

O organismo humano nos proporciona exemplos de movimentos análogos, sem participação da vontade, nas funções digestivas e circulatórias. O piloro se contrai, ao contato de certos corpos, para lhes negar passagem. O mesmo provavelmente se dá na sensitiva, cujos movimentos de

nenhum modo implicam a necessidade de percepção e, ainda menos, de vontade.

590. Não haverá nas plantas, como nos animais, um instinto de conservação, que as induza a procurar o que lhes possa ser útil e a evitar o que lhes possa ser nocivo?

“Há, se quiserdes, uma espécie de instinto, dependendo isso da extensão que se dê ao significado dessa palavra. É, porém, um instinto puramente mecânico. Quando, nas operações químicas, observais que dois corpos se reúnem, é que um ao outro convém; quer dizer: é que há entre eles afinidade. Ora, a isto não dais o nome de instinto.”

591. Nos mundos superiores as plantas são de natureza mais perfeita, como os outros seres?

“Tudo é mais perfeito. As plantas, porém, são sempre plantas, como os animais sempre animais e os homens sempre homens.”

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

585. Che pensate della divisione della Natura in tre regni, oppure in due classi: gli esseri organici e gli esseri inorganici? Alcuni fanno della specie umana un quarto regno. Quale di queste divisioni è preferitile?

«Sono tutte valide, dipende dal punto di vista. Sotto l'aspetto della materia ci sono solo degli esseri organici e degli esseri inorganici. Dal punto di vista morale ci sono evidentemente quattro gradi.»

Questi quattro gradi hanno in effetti caratteri distinti, per quanto i loro confini sembrino confondersi. La materia inerte, che costituisce il regno minerale, non ha in sé che una forza meccanica. Le piante, per quanto composte di materia inerte, sono dotate di vitalità. Gli animali, composti di materia inerte e dotati di vitalità, hanno in più una sorta d'intelligenza istintiva limitata e hanno coscienza della loro esistenza e della loro individualità. L'uomo, avendo tutto ciò che c’è nelle piante e negli animali, domina tutte le altre classi con un'intelligenza particolare, indefinita, che gli dà la coscienza del suo avvenire, la percezione delle cose extra materiali e la conoscenza di Dio.

586. Le piante hanno coscienza della loro esistenza?

«No. Esse non pensano e hanno solo la vita organica.»

587. Le piante provano delle sensazioni? Soffrono quando vengono mutilate?

«Le piante ricevono delle impressioni fisiche che agiscono sulla materia, ma non hanno delle percezioni. Di conseguenza, non provano la sensazione del dolore.»

588. La forza che attrae le piante le une verso le altre è indipendente dalla loro volontà?

«Sì, dal momento che non pensano. Si tratta di una forza meccanica che agisce sulla materia ed esse non potrebbero opporvisi.»

589. Certe piante, come la sensitiva e la dionea, per esempio, hanno movimenti che rivelano una grande sensibilità e in certi casi una sorta di volontà, come la dionea i cui lobi imbrigliano la mosca, che va a posarsi sopra per succhiarne il nettare e alla quale la pianta sembra tendere una trappola per farla in seguito morire. Queste piante sono dotate della facoltà di pensare? Hanno una volontà? Formano una classe intermedia fra la natura vegetale e la natura animale? Sono cioè una classe di transizione dall'una all'altra?

«Tutto e transizione nella natura, per il fatto stesso che niente è simile, e pertanto tutto e concatenato. Le piante non pensano e di conseguenza non hanno una volontà. L'ostrica che si apre e tutti gli zoofiti non hanno affatto il pensiero: non v'e in loro che un istinto cieco e naturale.»

L'organismo umano ci offre esempi di movimenti analoghi senza la partecipazione della volontà, come nelle funzioni digestive e circolatorie. Il piloro si rinserra a contatto di certi corpi per impedirne il passaggio. Lo stesso e per la sensitiva i cui movimenti non implicano affatto la necessita di una percezione e, ancor meno, di una volontà.

590. Non c’è forse nelle piante, come negli animali, un istinto di conservazione che li porta a cercare ciò che può essere loro utile e a fuggire ciò che può loro nuocere?

«È, se si vuole, una sorta d'istinto; dipende dal significato che si dà a questo termine, ma si tratta di un istinto puramente meccanico. Quando, negli esperimenti di chimica, osservate due corpi aggregarsi, è perché l'uno si addice all'altro, vale a dire che fra loro c’è affinità. E questo voi non lo chiamate istinto.»

591. Nei mondi superiori le piante sono, come gli altri esseri, di una natura più perfetta?

«Tutto là e più perfetto. Ma le piante sono pur sempre delle piante, come gli animali sono sempre degli animali e gli uomini sempre degli uomini.»

IL LIBRO DEGLI SPIRITI – Allan Kardec.

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