Referimo-nos ao
trabalho quase sempre mentalizando as nossas tarefas imediatas, que se
relacionem com os nossos próprios interesses. Isso é compreensível e justo.
De permeio,
temos a faixa disponível de tempo, claramente nosso, que habitualmente
despendemos através de entretenimentos diversos ou movimentos inúteis, com
total esquecimento do trabalho que exigimos dos outros.
Deixa que a tua
memória retroceda no tempo, refletindo nos benfeitores anônimos que te
ensinaram a mobilizar os primeiros passos e agradece.
Agradece aos que
te carregaram o corpo ainda frágil;
aos que se
esforçaram, junto de ti, para que aprendesses a balbuciar o nome de Deus;
aos que te deram
as primeiras palavras;
aos que, usando
tato e carinho, te transmitiram as noções primárias de higiene;
aos que te
medicaram na hora certa para que a bronquite ou o sarampo não te dilapidassem
as forças nascentes;
aos que velaram
ao teu lado, noites e noites, a fim de que a febre não te consumisse as
energias;
aos que te
colocaram nos lábios as letras do alfabeto e aos que te encaminharam para o
bem, suscitando-te no coração o respeito à vida.
O trabalho que
temos pela frente é de essencial prioridade e não deve ser adiado; no entanto,
de quando em quando, é importante raciocinar sobre o trabalho que reclamamos
dos outros, a fim de que aprendamos a agradecer.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Livro: Hora Certa.
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