"E o
defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o seu rosto envolto
num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir." — (JOÃO, capítulo
11, versículo 44.)
O regresso de
Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da
Terra.
Os criminosos
arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que
"trincaram" o cristal da consciência, entendem a maravilhosa
característica do verbo recomeçar.
Lázaro não podia
ser feliz tão-só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela
possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. E, na faina
evolutiva, cada vez que o espírito alcança do Mestre Divino a oportunidade de
regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos... Exonerado da
angústia, do remorso, do medo... A sensação do túmulo de impressões em que se
encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto...
Jesus,
compadecido, exclamou para o mundo: — Desligai-o, deixai-o ir.
Essa passagem
evangélica é assinalada de profunda beleza.
Preciosa é a
existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desligamento dos laços
criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de novo, às fontes da
vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu destino
espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez.
EMMANUEL / Chico
Xavier.
Livro: Caminho,
Verdade e Vida.
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