"E, quando
acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes
para pescar." – (Lucas, 5:4.)
Este versículo
nos leva a meditar nos companheiros de luta que se sentem abandonados na
experiência humana.
Inquietante
sensação de soledade lhes corta o coração.
Choram de
saudade, de dor, renovando as amarguras próprias.
Acreditam que o
destino lhes reservou a taça da infinita amargura.
Rememoram,
compungidos, os dias da infância, da juventude, das esperanças crestadas nos
conflitos do mundo.
No íntimo,
experimentam, a cada instante, o vago tropel das reminiscências que lhes
dilatam as impressões de vazio.
Entretanto,
essas horas amargas pertencem a todas as criaturas mortais.
Se alguém as não
viveu em determinada região do caminho, espere a sua oportunidade, porquanto,
de modo geral, quase todo Espírito se retira da carne, quando os frios sinais
de inverno se multiplicam em torno.
Em surgindo,
pois, a tua época de dificuldade, convence-te de que chegaram para tua alma os
dias de serviço em "mar alto", o tempo de procurar os valores justos,
sem o incentivo de certas ilusões da experiência material.
Se te encontras
sozinho, se te sentes ao abandono, lembra-te de que, além do túmulo, há
companheiros que te assistem e esperam carinhosamente.
O Pai nunca
deixa os filhos desamparados, assim, se te vês presentemente sem laços
domésticos, sem amigos certos na paisagem transitória do Planeta, é que Jesus
te enviou a pleno mar da experiência, a fim de provares tuas conquistas em supremas
lições.
Livro: Pão
Nosso.
EMMANUEL / Chico
Xavier.
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