- “E meus
filhos? – inquiriu mentalmente comovida, entre prantos.
- “Ah!
Compreendo – murmurou o meu guia invisível – as tuas hesitações e escrúpulos...
Louvo a afetividade do teu coração amoroso e sensibilíssimo, porém, faz-se
mister que tudo encares sensatamente, aceitando com resignação os ditames da
vontade divina.
Aqueles a quem
emprestaste o potencial das tuas energias orgânicas e que representavam, como teus
filhos, o grande tesouro de amor do teu coração, são, como somos, as criaturas
do Pai de infinita misericórdia. Os pais da Terra não sã criadores e sim
zeladores das almas, que Deus lhes confia no sagrado instituto da família. Os
seus deveres são austeríssimos, enquanto é do alvedrio superior a sua permanência
na fase do globo; mas, aquém das fronteiras da carne, é preciso que considerem
os filhos como irmãos bem-amados.
É necessário,
também, que se alheiem às suas lutas e dores, porque o trabalho e o sofrimento
são leis imperantes no planeta, em prol do seu próprio resgate e redenção
psíquica. Nem todos sabem cumprir as obrigações paternais e eu te felicito pelo
constante desejo em bem cumpri-las. Se bem souberes proceder dentro da nossa
grande família das almas, ser-te-á permitido velar pela rua pequena família
humana, no minúsculo recanto da terra em que viveste.
Vence, pois, o
teu mal-estar interior como tens triunfado das mais rudes provas morais!...
Livro Cartas de
uma Morta - Psicografia Chico Xavier
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