O Esperanto é a mais falada das línguas inventadas e planificadas. A segunda mais fácil é a “língua do P”, mas esta não teve tanto sucesso longe dos círculos sociais da pré-escola. Luís Lázaro Zamenhof, médico polonês, completou a versão oficial do Esperanto em 1887. Sua intenção era criar uma língua de fácil aprendizagem, que servisse como segunda língua para toda a população mundial, e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes. Seus radicais vêm do latim, grego e línguas eslavas, e a construção de palavras e frases é semelhante ao grupo de línguas orientais.
Por que aprender Esperanto?
Os motivos beiram o infinito! E como diz um provérbio checo,
“Kolik řečí znáš, tolikrát jsi člověkem”. Você vive uma nova vida para cada nova língua aprendida.
Do mesmo jeito que alguém da área de exatas deve aprender inglês e alemão, alguém da área das humanas deve aprender francês e latim, alguém que joga xadrez deve aprender russo ou alguém que faz barulhos estranhos com as axilas deve aprender klingon. Aprender uma língua nunca é demais e o esperanto serve para diversas causas.
a) Viagens
Esta língua é ótima para viajar para outros países. Existem mais esperantistas pelo mundo do que você imagina, e mais próximos também. Há vários relatos concretos de que, em várias cidades do interior da Europa, por exemplo, pessoas falam Esperanto como segunda língua, mas não o inglês.
Existe também um serviço gerenciado por esperantistas chamado Pasporta Servo, que disponibiliza um catálogo anual com endereço e telefone de diversos esperantistas pelo mundo, caso você precise de um lugar para dormir e encher o bucho. Esse pessoal te receberá, você ficará hospedado de graça numa casa de família, e todos ficarão felizes como golfinhos acrobatas.
Quer viajar para a China para conhecer o país durante uns 3 meses? Que ótimo! Se você só falar inglês, é semi-impossível se comunicar com alguém por lá. Se você não se comunicar, não vai abstrair nada da viagem. Legal então é aprender mandarim! Mas a não ser que você seja um magnata do petróleo desocupado, não gastará 4 anos da sua vida para estudar mandarim e só então ir para a China para passar míseros 3 meses.
Sabia que um simples jornal na China usa aproximadamente 3000 ideogramas? Tente estudar isso a sério enquanto você tem um emprego de 40 horas semanais ou uma faculdade pra levar.
b) Família e amigos
Você nunca quis criar uma língua nova pra falar com os seus amigos? Então, é a mesma coisa, mas o Zamenhof já fez a parte chata por você e com acurada competência. Você pode falar coisas indistingüíveis para seus pais, passar cola nas provas, bancar o estrangeiro em filas de banco com seus amigos, usar a língua em uma partida de RPG… tem a vantagem de ser bem mais fácil do que aprender o élfico tolkeniano.
c) Estudo e pesquisa
De repente você pode encontrar informações sobre algum tópico somente em Esperanto (ou em alguma outra língua; lembre-se, 3000 ideogramas!). Há várias obras literárias traduzidas para o Esperanto e até escrita diretamente nesta língua.
Experiência própria. Existe um livro do Bulgakov, “Master i Margarita” (em russo), que mal pude encontrá-lo em inglês, quem dera em português. Até que em um belo dia encontrei uma tradução para o esperanto: “La Majstro Kaj Margarita”.
Olha aí o danado.
d) Estudo de outras línguas
Foi comprovado que o Esperanto auxilia no estudo de outras línguas, pois treina o seu cérebro a pensar de uma forma que mexe com o esqueleto da linguagem, sobretudo o de sua própria língua mãe. Além do mais, seu vocabulário se expande rápido, já que várias palavras presentes no Esperanto estão também presentes em diversas línguas indo-européias.
Em certa experiência, um grupo de estudantes do ensino secundário estudou Esperanto durante 6 meses e, depois, francês durante ano e meio, obtendo um melhor conhecimento de francês do que o grupo de controle que estudou só o francês durante dois anos. Alguns outros estudos sugerem que o aprendizado de klingon e língua do P e do W também são potencialmente facilitados após o domínio do esperanto.
“Wer fremde Sprachen nicht kennt, weiß nichts von seiner eigenen”. Aqueles que não conhecem as línguas estrangeiras, não sabem nada sobre a própria língua.(Johann Wolfgang von Goethe)
e) Círculo social
100% das pessoas que conheci que se afeiçoaram pelo esperanto são extremamente interessantes e gente boníssima, tanto pela Internet quanto na vida real. Sim! Existem bares e encontros de esperantistas por todos os lugares…
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