terça-feira, 18 de outubro de 2011

Amor



Luís Vaz de Camões (Lisboa[?], c. 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um célebrepoeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.

Amor

O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos:
Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva.
Palpita em todas as criaturas.
Alimenta todas as ações.
*
O ódio é o Amor que se envenena.
A paixão é o Amor que se incendeia.
O egoísmo é o Amor que se concentra em si mesmo.
O ciúme é o Amor que se dilacera.
A revolta é o Amor que se transvia.
O orgulho é o Amor que enlouquece.
A discórdia é o Amor que divide.
A vaidade é o Amor que se ilude.
A avareza é o Amor que se encarcera.
O vício é o Amor que se embrutece.
A crueldade é o Amor que tiraniza.
O fanatismo é o Amor que se petrifica.
A fraternidade é o Amor que se expande.
A bondade é o Amor que se desenvolve.
O carinho é o Amor que se enflora.
A dedicação é o Amor que se estende.
O trabalho digno é o Amor que aprimora.
A experiência é o Amor que amadurece.
A renúncia é o Amor que se ilumina.
O sacrifício é o Amor que se santifica.
O Amor é o clima do Universo.
*
É a religião da vida, a base do estímulo e a força da Criação.
Ao seu influxo, as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade.
Nesse ou naquele recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos.
Com ele, tudo se aclara.
Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
Em suma, o bem é o Amor que se desdobra, em busca da Perfeição no Infinito, segundo os Propósitos Divinos; e o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Falando à Terra. Ditado pelo Espírito João de Brito. FEB

Nenhum comentário:

Postar um comentário