Três
rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.
Depois de
muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam,
apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.
Radiante de
luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.
Os três
ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da
riqueza. O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme
tesouro em moedas, O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor
mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso ungüento a fim de que a
formosura lhe brilhasse no rosto. O terceiro exclamou com fé:
— Senhor,
eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.
O Mestre
sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.
Em seguida,
abençoou-os e partiu...
O moço que
recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!... Ela continha
simplesmente uma enorme pedra.
Os
companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé
no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando,
procurando...
Depois de
algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo
diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa
onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.
Vivia feliz, cuidando de seu
trabalho, quando, um dia, dois enfermos bateram à porta. Não teve dificuldade
em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam
enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria
e desilusão.
Abraçaram-se,
chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e
falou:
—
Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a
fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.
Meimei / Chico Xavier
Livro: Pai Nosso.
"As
boas ações são a melhor prece, por isso que os atos valem mais que as
palavras." (O Livro dos Espíritos / Allan Kardec, questão 661)
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