quinta-feira, 1 de março de 2012

REMOVENDO OBSESSÕES / Obsessão: Conceito e Causas

REMOVENDO OBSESSÕES
       Existem atitudes positivas contra o domínio da obsessão, a saber:
       • Confiança em Deus e em si próprio;
       • Consciência tranquila e oração;
       • Dever cumprido e paciência;
       • Trabalho incessante e serviço ao próximo;
       • Simpatia e bondade para com os outros;
       • Estudo e refazimento do equilíbrio, tantas vezes quantas forem necessárias.
       E há atitudes negativas, agravantes da perturbação espiritual, como sejam:
       • Dúvida e complexo de culpa;
       • Indiferença e irresponsabilidade;
       • Irritação e queixa contínua;
       • Ociosidade e egoísmo;
       • Isolamento e ignorância.
       Acomodar-se a qualquer das situações, depende da escolha de cada um.
       Cabe lembrar, porém, que os avisos da Espiritualidade não visam a isentar o homem da lei do trabalho, e sim a mostrar-lhe a meta a cumprir e o caminho que a ela conduz.
Albino Teixeira / Médium Chico Xavier
Livro: Escultores de Almas

Obsessão: Conceito e Causas

Definição

Conceito de obsessão - Segundo a definição de Kardec, obsessão é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Transmissão mental de cérebro a cérebro, a obsessão é síndrome alarmante que denuncia enfermidade grave de difícil erradicação. Manifesta-se no início como inspiração sutil, até alcançar o clímax na possessão lamentável. É idéia negativa que se fixa, campo mental que se enfraquece, dando ensejo a idéias negativas que virão. O campo obsessivo, tal como ocorre nas enfermidades orgânicas, desloca-se da mente para o departamento somático onde as imperfeições morais do passado deixaram suas marcas no perispírito. O tabagismo, a alcoolismo, a sexualidade atormentada, os estupefacientes, tudo isso concorre para a instalação do processo obsessivo, do mesmo modo que a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a soberba, a avareza, o medo, o egoísmo são estradas de acesso para os Espíritos atormentados, sedentos de comensais com os quais possam continuar o enganoso banquete do prazer fugido... (Examinando a obsessão, págs. 28 e 29)

Allan Kardec define obsessão como sendo a "ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo." [ESE-cap XXVIII].

Esta definição apresentada pelo Codificador dá margem a vários comentários:
- A obsessão é sempre um processo mantido, contínuo, persis­tente onde as forças em litígio estão se enfrentado num processo bem estabelecido. Não se reconhece como obsessão aquelas condições fortui­tas, ocasionais, onde assimilamos pensamentos infelizes de forma breve e sem grandes conseqüências.
- A qualificação de Espírito mau, apresentada por Kardec, deve ser bem entendida. O obsessor, na realidade, não é um Espírito mau, como se entende este adjetivo, mas sim, uma entidade em sofrimento, com defeitos e virtudes, capaz de grandes atitudes afetivas para com outras pessoas. É, sobretudo, alguém que foi ferido, magoado, humi­lhado no passado e que por sofrer tanto, quer fazer os outros sofrerem também.
- Em muitas oportunidades a obsessão não estará sendo organi­zada por um único Espírito, mas sim, por uma falange de Espíritos.
- A obsessão pode atingir não apenas um indivíduo, mas toda uma coletividade, uma família, uma cidade.
- A definição apresentada restringe a obsessão a apenas uma de suas formas, quando um Espírito estará desenvolvendo o processo obses­sivo em direção a um encarnado. Pode ocorrer o inverso, quando um en­carnado passa a subjugar o Espírito.
Pode-se observar também obsessão entre encarnados e entre de­sencarnados.

Patologias

Como se desenvolve a "ação" a que se referia Allan Kardec?
- O Espírito infeliz estará atuando sobre o encarnado em dois níveis:
* Mente a mente: constrição mental;
* Perispírito a perispírito: envolvimento fluídico.

a) Constrição Mental: o obsessor instala a sua onda mental na mente da pessoa visada. Forma-se uma ponte magnética, através da qual, o perseguidor vai enviando os seus pensamentos e suas idéias, promo­vendo uma verdadeira hipnose:
"Você é infeliz..."
"Sua vida não presta..."
"Mate-se..."
A princípio o indivíduo pode reagir fugindo da faixa de atuação do obsessor. No entanto, se ele se entrega àquelas idéias ou se com­praz com este conúbio mental, o processo pode agravar-se, chegando ao grau máximo de obsessão, que é a subjugação moral, onde o obsediado perde completamente o seu livre-arbítrio.
Depois que o cerco se completa, não lado do encarnado, pois ele pode continuar exer­cendo o domínio psíquico a distância.
É o que André Luiz denomina de "loucura por telepatia alucina­tória."
Algumas vezes, coadjuvando o processo de constrição mental, os Espíritos obsessores poderão se utilizar de certos "aparelhos espe­ciais" para manter o processo. Manoel Philomeno de Miranda fez refe­rência a um pequeno aparelho, semelhante à um "micro-gravador" que os Espíritos introduziram no cérebro do encarnado e que objetivava refor­çar o processo de hipnose mental.
b) Envolvimento Fluídico: ao envolver o indivíduo, o persegui­dor identifica os seus fluidos com os dele, há uma aproximação das au­ras, os perispíritos se assimilam. Este convívio perispiritual vai permitir ao Espírito sugar energias vitais do encarnado, o que vai contribuir para o emagrecimento, o cansaço e as infecções que acompa­nham com freqüência as vítimas da obsessão. O envolvimento fluídico vai permitir também que o Espírito transmita para o encarnado fluidos deletérios fabricados por ele.

Causas

Sinteticamente, podemos reconhecer quatro causas fundamentais, envolvendo as obsessões:
a) Ódio ou Vingança: na maioria das vezes a obsessão é uma vin­gança exercida por um Espírito que foi prejudicado e que sofreu muito nas mãos do atual obsediado. Este Espírito pode ter sido prejudicado numa outra encarnação onde eles estiveram juntos, ou nessa mesma exis­tência.
O aborto criminoso é um acontecimento que muitas vezes responde por obsessões graves cuja causa está na mesma encarnação;
b) Carência Afetiva: é uma causa de obsessão, muitas vezes in­consciente, denominada comumente de "encosto". São Espíritos que de­sencarnam sem uma preparação espiritual adequada e que, ao despertarem no mundo dos Espíritos, se vêem desorientados, perdidos, angustiados. Ao identificarem um indivíduo que se afinize com eles, podem aproxi­mar-se dele e iniciar uma obsessão, muitas vezes, inconsciente.
Geralmente, são processos de fácil tratamento, pois não há vín­culo de ódio entre os seres envolvidos;
c) Vampirismo: o vampirismo é uma causa de obsessão relacionada á satisfação de vícios e paixões.
Vampiro, na definição de André Luiz: "é toda entidade ociosa que se vale indevidamente das possibilidade alheias".
O vampirismo vai caracterizar aqueles Espíritos viciosos, ape­gados a certas emoções materializadas, que se aproximam dos encarna­dos, portadores dos mesmos vícios, para absorverem as suas emanações fluídicas. Existem vampiros do fumo, do álcool, da gula, dos tóxicos, do sexo, etc.;
d) Orgulho do Falso Saber: esta expressão é utilizada por Allan Kardec para caracterizar certos Espíritos vaidosos, orgulhosos, fal­sos-sábios que desenvolvem uma obsessão do tipo fascinação.
Iludem determinados médiuns para que, por seu intermédio, pos­sam disseminar idéias falsas, sistemáticas e em contradição com os princípios espíritas.
Bibliografia
1)  Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2)  A Gênese - Allan Kardec
3)  Dramas da Obsessão - Bezerra de Menezes/Yvonne A. Pereira
4)  Obsessão - Desobsessão - Suely Caldas Schubert
5)  Nos Bastidores da Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. Franco

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