REMOVENDO OBSESSÕES
Existem atitudes positivas contra o domínio da obsessão, a saber:
• Confiança em Deus e em si próprio;
• Consciência tranquila e oração;
• Dever cumprido e paciência;
• Trabalho incessante e serviço ao próximo;
• Simpatia e bondade para com os outros;
• Estudo e refazimento do equilíbrio, tantas vezes quantas forem necessárias.
E há atitudes negativas, agravantes da perturbação espiritual, como sejam:
• Dúvida e complexo de culpa;
• Indiferença e irresponsabilidade;
• Irritação e queixa contínua;
• Ociosidade e egoísmo;
• Isolamento e ignorância.
Acomodar-se a qualquer das situações, depende da escolha de cada um.
Cabe lembrar, porém, que os avisos da Espiritualidade não visam a isentar o homem da lei do trabalho, e sim a mostrar-lhe a meta a cumprir e o caminho que a ela conduz.
Albino Teixeira / Médium Chico Xavier
Livro: Escultores de Almas
Obsessão: Conceito e Causas
Definição
Conceito
de obsessão - Segundo a definição de Kardec, obsessão é o domínio que
alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Transmissão mental de
cérebro a cérebro, a obsessão é síndrome alarmante que denuncia enfermidade
grave de difícil erradicação. Manifesta-se no início como inspiração sutil, até
alcançar o clímax na possessão lamentável. É idéia negativa que se fixa, campo
mental que se enfraquece, dando ensejo a idéias negativas que virão. O campo
obsessivo, tal como ocorre nas enfermidades orgânicas, desloca-se da mente para
o departamento somático onde as imperfeições morais do passado deixaram suas
marcas no perispírito. O tabagismo, a alcoolismo, a sexualidade atormentada, os
estupefacientes, tudo isso concorre para a instalação do processo obsessivo, do
mesmo modo que a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a
soberba, a avareza, o medo, o egoísmo são estradas de acesso para os Espíritos
atormentados, sedentos de comensais com os quais possam continuar o enganoso
banquete do prazer fugido... (Examinando a obsessão, págs. 28 e 29)
Allan Kardec define obsessão como sendo a "ação
persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo." [ESE-cap
XXVIII].
Esta definição apresentada pelo Codificador dá margem a vários
comentários:
- A obsessão é sempre um processo mantido, contínuo, persistente
onde as forças em litígio estão se enfrentado num processo bem estabelecido.
Não se reconhece como obsessão aquelas condições fortuitas, ocasionais, onde
assimilamos pensamentos infelizes de forma breve e sem grandes conseqüências.
- A qualificação de Espírito mau, apresentada por
Kardec, deve ser bem entendida. O obsessor, na realidade, não é um Espírito
mau, como se entende este adjetivo, mas sim, uma entidade em sofrimento, com
defeitos e virtudes, capaz de grandes atitudes afetivas para com outras
pessoas. É, sobretudo, alguém que foi ferido, magoado, humilhado no passado e
que por sofrer tanto, quer fazer os outros sofrerem também.
- Em muitas oportunidades a obsessão não estará sendo organizada
por um único Espírito, mas sim, por uma falange de Espíritos.
- A obsessão pode atingir não apenas um indivíduo, mas toda
uma coletividade, uma família, uma cidade.
- A definição apresentada restringe a obsessão a apenas uma
de suas formas, quando um Espírito estará desenvolvendo o processo obsessivo
em direção a um encarnado. Pode ocorrer o inverso, quando um encarnado passa a
subjugar o Espírito.
Pode-se observar também obsessão entre encarnados e entre desencarnados.
Patologias
Como se desenvolve a "ação" a que se referia Allan
Kardec?
- O Espírito infeliz estará atuando sobre o encarnado em dois
níveis:
* Mente a mente: constrição mental;
* Perispírito a perispírito: envolvimento fluídico.
a) Constrição Mental: o obsessor instala a sua onda
mental na mente da pessoa visada. Forma-se uma ponte magnética, através da
qual, o perseguidor vai enviando os seus pensamentos e suas idéias, promovendo
uma verdadeira hipnose:
"Você é infeliz..."
"Sua vida não presta..."
"Mate-se..."
A princípio o indivíduo pode reagir fugindo da faixa de atuação do
obsessor. No entanto, se ele se entrega àquelas idéias ou se compraz com este
conúbio mental, o processo pode agravar-se, chegando ao grau máximo de
obsessão, que é a subjugação moral, onde o obsediado perde completamente o seu
livre-arbítrio.
Depois que o cerco se completa, não lado do encarnado, pois ele pode continuar exercendo o domínio
psíquico a distância.
É o que André Luiz denomina de "loucura por telepatia alucinatória."
Algumas vezes, coadjuvando o processo de constrição mental, os
Espíritos obsessores poderão se utilizar de certos "aparelhos especiais"
para manter o processo. Manoel Philomeno de Miranda fez referência a um
pequeno aparelho, semelhante à um "micro-gravador" que os Espíritos
introduziram no cérebro do encarnado e que objetivava reforçar o processo de
hipnose mental.
b) Envolvimento Fluídico: ao envolver o indivíduo, o
perseguidor identifica os seus fluidos com os dele, há uma aproximação das auras,
os perispíritos se assimilam. Este convívio perispiritual vai permitir ao
Espírito sugar energias vitais do encarnado, o que vai contribuir para o
emagrecimento, o cansaço e as infecções que acompanham com freqüência as
vítimas da obsessão. O envolvimento fluídico vai permitir também que o Espírito
transmita para o encarnado fluidos deletérios fabricados por ele.
Causas
Sinteticamente, podemos reconhecer quatro causas fundamentais,
envolvendo as obsessões:
a) Ódio ou Vingança: na maioria das vezes a obsessão é
uma vingança exercida por um Espírito que foi prejudicado e que sofreu muito
nas mãos do atual obsediado. Este Espírito pode ter sido prejudicado numa outra
encarnação onde eles estiveram juntos, ou nessa mesma existência.
O aborto criminoso é um acontecimento que muitas vezes responde
por obsessões graves cuja causa está na mesma encarnação;
b) Carência Afetiva: é uma causa de obsessão, muitas
vezes inconsciente, denominada comumente de "encosto". São Espíritos
que desencarnam sem uma preparação espiritual adequada e que, ao despertarem
no mundo dos Espíritos, se vêem desorientados, perdidos, angustiados. Ao
identificarem um indivíduo que se afinize com eles, podem aproximar-se dele e
iniciar uma obsessão, muitas vezes, inconsciente.
Geralmente, são processos de fácil tratamento, pois não há vínculo
de ódio entre os seres envolvidos;
c) Vampirismo: o vampirismo é uma causa de obsessão
relacionada á satisfação de vícios e paixões.
Vampiro, na definição de André Luiz: "é toda entidade ociosa
que se vale indevidamente das possibilidade alheias".
O vampirismo vai caracterizar aqueles Espíritos viciosos, apegados
a certas emoções materializadas, que se aproximam dos encarnados, portadores
dos mesmos vícios, para absorverem as suas emanações fluídicas. Existem
vampiros do fumo, do álcool, da gula, dos tóxicos, do sexo, etc.;
d) Orgulho do Falso Saber: esta expressão é utilizada
por Allan Kardec para caracterizar certos Espíritos vaidosos, orgulhosos, falsos-sábios
que desenvolvem uma obsessão do tipo fascinação.
Iludem determinados médiuns para que, por seu intermédio, possam
disseminar idéias falsas, sistemáticas e em contradição com os princípios
espíritas.
Bibliografia
1) Livro
dos Médiuns - Allan Kardec
2) A
Gênese - Allan Kardec
3) Dramas
da Obsessão - Bezerra de Menezes/Yvonne A. Pereira
4) Obsessão
- Desobsessão - Suely Caldas Schubert
5) Nos
Bastidores da Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. Franco
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