Suponhamos que a cada reencarnação recebemos do
Criador um canteiro com uma terra muito fértil, para plantar flores, durante
toda nossa vida.
Nascemos com as sementes das flores mas, ao invés de
plantá-las, arranjamos sementes de espinhos e as semeamos, enchendo nosso
canteiro de espinheiros.Vamos
plantando os nossos espinhos, até o dia em que olhamos para trás e percebemos
um grande espinheiro.
Então, podemos ter três atitudes diferentes:
Se cultivamos o culpismo, devido ao remorso de não ter
plantado as flores que deveríamos, simplesmente nos condenamos a deitar e rolar
no espinheiro para nos punirmos, tentando aliviar a consciência de culpa.
Se somos pessoas que cultivamos o desculpismo,
começamos a dizer que foi o vento que trouxe as sementes de espinhos,que não
temos nada a ver com isso, etc.
Finalmente, se buscamos a ação responsável, ao perceber
o espinheiro, assumimos tê-lo plantado e arrependemo-nos do fato.
Depois, percebemos que as sementes das flores
continuam em nossas mãos e que podemos começar a plantá-las, agora que estamos
mais conscientes.
Ao mesmo tempo sabemos que devemos retirar, um a um,
todos os espinhos plantados e plantar uma flor no seu lugar.
Reflitamos
sobre as três atitudes:
De que adianta cravar os espinhos plantados na própria
carne? Por que aumentar o sofrimento?
Por acaso os espinhos diminuem quando agimos assim? A
verdade é que não. De nada adianta. Este é o mecanismo dos que nos afundamos na
culpa e deixamos que ela comande nossas vidas.
Substituir os atos de desamor praticados à vida com
mais desamor ainda para conosco mesmos não resolve e não cura.
Por outro lado, pensando naqueles que ainda
conseguimos achar desculpa para todo e qualquer desatino, por mais absurdo que
ele pareça, veremos:
Os que fingimos que o espinheiro não tem nada a ver conosco,
apenas estamos postergando o despertar da consciência.
Agindo assim, muitas vezes continuamos plantando mais
e mais espinhos, fazendo com que o estrago fique cada vez maior.
O hábito de sempre encontrar desculpas e
justificativas para todas nossas ações tem caráter doentio e precisa de atenção
imediata de nossa parte.
O ego, em fuga desastrosa, procura justificar os erros
mediante aparentes motivos justos. Tal costume degenera todo senso moral e pode
nos levar a desequilíbrios psicológicos seríssimos.
Apenas a última opção, a da ação responsável, é
caminho seguro.
É uma atitude proativa, pois ao assumir a
responsabilidade pelos espinhos plantados, arrependemo-nos e buscamos
substituí-los pelas flores.
Nesse ato cobrimos a multidão de pecados, conforme o
ensino da Epístola de Pedro, referindo-se ao poder de cura do amor.
Assim crescemos, aprendemos e ressarcimos à Lei maior.
Sempre que cometermos erros, procuremos nos
autoperdoar, atendendo à proposta da ação responsável, que troca o peso da
culpa pela carga educativa da responsabilidade.
(Redação do Momento Espírita
com base no cap. 3 da obra Psicoterapia à luz do Evangelho de Jesus, de Alírio
de Cerqueira Filho). http://www.momento.com.br
Minha Pequena contribuição: Remorso, magoas e rancores não te leva a canto algum. Perdão para com os erros dos outros e auto-perdão para contigo mesmo é o elixir dadivoso que abre portas para um novo recomeço; onde mais conscientes de nossos atos nos propomos há não mais reincidir nos mesmos erros. Pense Nisto! Antônio Ramos.
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