“No
exame das causas da loucura, entre individualidades, sejam encarnadas, sejam
ausentes da carne, a ignorância quanto à conduta sexual é dos fatores mais
decisivos. A incompreensão humana dessa matéria equivale a silenciosa guerra de
extermínio e de perturbação. (...) o cativeiro da ignorância, no campo sexual,
continua escravizando milhões de criaturas.” (No Mundo Maio – Andre Luiz /
Chico Xavier, 26.11)
Tal
ignorância não se refere somente à prática sexual em si mesma mas, principalmente,
às doações afetivas. Grande parte da Humanidade desconhece que é um Espírito
imortal envergando um corpo físico transitório e que toda a sua complexidade de
caráter e de sentimento nasce de sua vida mental. Não percebe que, para ser
feliz por dentro, precisa obedecer às Leis Morais que Jesus nos ensina, através
de seu Evangelho. O sexo é mental em seus impulsos e manifestações e, como tal,
deve ser tratado na intimidade de nós mesmos.
A
maioria esmagadora da Humanidade não está interessada em administrar o seu
mundo afetivo sob as luzes espirituais, pois permanece experimentando a
impulsividade do instinto sexual, do amor possessivo, da viciação, das taras,
não refletindo nas conseqüências morais de sua conduta infeliz. Em virtude
disto é que a coletividade humana sofre aflitíssimos problemas morais e
espirituais, há milênios, onde o desequilíbrio sexual surge por toda a parte,
devastando lares e infelicitando criaturas. Ignoram as criaturas humanas que as
emoções descontroladas, os desejos inferiores acalentados, os pensamentos
infelizes cultivados, os sentimentos de posse exclusiva e os excessos de
prazeres sexuais prejudicam e danificam profundamente a vida íntima, a
organização mental, o nosso corpo espiritual e, conseqüentemente, o corpo físico.
“De mente desvairada, fixa no
socavão da subconsciência, perdem-se no campo dos automatismos interiores,
obstinando-se no conservarem deprimentes estados psíquicos. O ciúme, a
insatisfação, o desentendimento, a incontinência e a leviandade alastram
terríveis fenômenos de desequilíbrio.” (No Mundo Maior – Andre Luiz / Chico
Xavier, 26.11)
A permanência nos infelizes estados
psíquicos quais o ciúme doentio, a insatisfação sexual e afetiva, o
desentendimento entre cônjuges, a viciação do prazer sexual e a leviandade nos
compromissos afetivos assumidos, fazem surgir também variados sintomas de
desequilíbrio na vida mental, de recuperação longa e difícil. Mergulhada a
mente nestes estados psíquicos depressivos, o Espírito passa a já não viver o
presente, mas, a revolver, recapitular e cultivar as sombrias experiências de
vidas passadas, que se encontram como lembranças arquivadas no porão da
personalidade — a subconsciência.
Livro: Sexo e
Evolução, cap. 5 – Walter Barcelos.
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