Cristianismo
será, sobretudo, nós em Cristo, tanto quanto o Cristo vive em nós.
A fim de
alcançar, porém, essa fórmula de integração, para que o apostolado da Boa Nova
se estenda a toda a Terra, através de nossa fé renovadora, não basta a
confissão exterior do nosso modo de crer.
É imprescindível
nos ajustemos ao ideal, à ação, à conduta e à atitude do Mestre perante a vida,
convertendo-nos em reflexo de sua vontade misericordiosa e justa.
O Evangelho não
é um florilégio de afirmativas filosóficas, a caminho dos museus literários e,
sim, roteiro vivo que nos cabe observar, esquecendo a nós mesmos, tomando a
cruz de nossas responsabilidades individuais e seguindo ao encontro de nossa
união com o Benfeitor Celeste.
Para isso,
contudo, não nos compete indagar e sim obedecer.
Não desfrutamos,
por enquanto, o direito de tudo penetrar, no quadro de nossas presunções
científicas, mas atingimos, por graça do Senhor, a oportunidade de servir em
Seu Nome.
Nesse sentido,
não vemos o Cristo, em sua passagem no mundo, internado no labirinto das
inquirições sem propósito, acerca da natureza divina, nem mergulhado na
teorização quanto a esse ou aquele setor do incognoscível, mas em todos os
instantes extremamente consagrado a Deus na pessoa das criaturas,
exemplificando o imediatismo do bem, no reerguimento das almas, dando-nos a
entender que a extensão do Reino do Céu à comunidade humana e serviço afeito à
nossa própria responsabilidade de Espíritos endividados à frente do mundo,
milenária escola de nossas consciências, - que tudo nos tem doado e que espera
de nós a conjugação do verbo ressarcir.
Enquadrando-nos
nos padrões de vivência que Jesus nos legou, abandonemos a pesada concha de
"eu" que nos retém no nevoeiro do egoísmo esterilizante e avancemos
na direção do Alto, alongando braços e corações, no culto da verdadeira
fraternidade, para com o próximo mais próximo.
Desce a luz -
para dissipar as sombras.
Corre a fonte -
para fertilizar a terra.
Amadurece o
fruto - para alimentar.
Surge o remédio
- para socorrer.
Brilha a
sabedoria - para eliminar a ignorância.
Nasce o amor -
para a desintegração do ódio.
Acende-se a fé
viva - para aquecer as almas enregeladas na indiferença.
O cristão
igualmente é uma dádiva do Céu à Terra, para que a vida se faça melhor e mais
digna de ser vivida.
Cristianismo sem
atividade regeneradora dos aprendizes que o esposam, é pregação morta no túmulo
adornado das bibliotecas sem proveito ou no cárcere da inteligência sem amor.
Compete-nos
avançar para a frente, centralizados em Jesus, em auxílio de nossa integral comunhão
com Ele e a benefício da renovação do mundo.
Nós em Cristo,
para que o Cristo reine em nós.
O sonho afetivo
que se concretiza é bendita oportunidade para que se aprenda servir.
A renúncia,
porém, aceita com humildade, é que fornece a medida do amor.
Livro: Jóia.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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