"O mal
então desapareceria, ficai bem certos." (Allan Kardec - E.S.E. Capítulo XI, Item 12).
Sem que o
desejasse, você foi o veículo inconsciente da animosidade.
Impensadamente,
você plasmou o petardo da infâmia, atirando-o aos ouvidos aguçados de
companheiros levianos, que o reproduziram adiante.
Embora
infundada, você repetia a referência que lhe deram.
Você não
pretendia ferir; até mesmo buscava ajudar. Mas feriu. Num momento impensado,
atingiu a sensibilidade do amigo que agora lhe volta a face com rancor.
Certamente, vocé
não acha justo. E não o é.
Todavia, o
tropeço na estrada atira o corpo ao chão.
O descuido do
engenheiro retira a segurança da construção.
Você dirá que
não foi intencional e o diz bem. Não pretendia ultrajar. Mesmo assim, há-de
convir em que o pequeno talho na pele é porta aberta à infecção.
A minúscula
picada do anófele injeta o hematozoário da febre palustre.
Existem almas
doentes que preferem recolher calhaus a descobrir as flores da vida.
Sofrem muito e
agravam os próprios sofrimentos, demorando-se encasteladas no "estou com a
razão".
Rogam um mundo
de seres perfeitos.
Amarguram a
existência, sorvendo o fel que escorre, abundante, em forma de lágrimas.
Não conseguem
desculpar nem compreender.
Constrangem-se e
fogem, ficando deslocadas.
Brincam, mas não
toleram gracejos.
Zombam, todavia
não admitem apontamentos.
Merecem e
necessitam de compreensão.
Se algum amigo
se afastou, agastado, de seu, círculo, sindique a consciência e, se ela o
acusa, busque o companheiro retraído e desculpe-se, enquanto é cedo.
Não procure
saber os motivos do constrangimento.
Distenda um
coração gentil, ofereça ânimo novo, demonstre, com naturalidade, que tudo está
como anteriormente.
Uma expressão
delicada consegue milagres.
Um gesto de
escusas representa muito.
Você não tem o
direito de roubar a alegria do próximo.
Evite, então,
qualquer palavra ríspida e esforce-se para reprimir toda referência pouco
digna. Exercitando-se nas bagatelas de
sacrifício, você atingirá o cume do supremo esforço pela paz de nossos irmãos
na Terra, coroando de bênçãos seu próprio labor na conjugação do verbo
"acertar", verificando que o "mal então desaparecerá".
Marco Prisco / Divaldo
Franco.
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