“E o que tens
ajuntado para quem será?” — Jesus / LUCAS, capítulo 12, versículo 20.
Em todos os
agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar. O espírito de lucro
alcança os setores mais singelos. Meninos, mal saídos da primeira infância,
mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa. A atualidade
conta com mães numerosas que abandonam seu lar a desconhecidos, durante muitas
horas do dia, a fim de experimentarem a mina lucrativa. Nesse sentido, a
maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
Por trás do
sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o
homem e interroga:
— Que trouxeste?
O infeliz
responderá que reuniu vantagens materiais, que se esforçou por assegurar a
posição tranqüila de si mesmo e dos seus.
Examinada,
põrém, a bagagem, verifica-se, quase sempre, que as vitórias são derrotas
fragorosas. Não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.
Atingida
semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio. Prendese, de maneira
inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na Crosta da Terra. A
consciência inquieta enche-se de nuvens e a voz do Evangelho soa-lhe aos
ouvidos: Pobre de ti, porque teus lucros foram perdas desastrosas! “E o que
tens ajuntado para quem será?
Livro: Caminho,
Verdade e Vida.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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