O passe,
modalidade de socorro fraterno, enobrecido pelo cristianismo, é terapêutica
revivida e explicada, em sua mecânica e em sua vital importância, pelo
Espiritismo-cristão.
Hoje,
popularizada sob tal nome, que lhe define a essência, essa prática sempre foi
de todos os lugares e de todos os tempos, externamente revestida das mais
variadas fórmulas e dos mais exóticos ritos, ajustados ao degrau mental de seus praticantes: nasce
o passe no cântico ou evocação dos selvagens em favor dos enfermos de sua
tribo, passando pelas vias da "benzedura" e das "rezas" de
médiuns naturais, chegando à bênção sacerdotal pelos doentes, encontradiço na
prece maternal em favor de filhos assaltados pelas dores ou pelas angústias e tribulações,
e culmina nos Templos do Espiritismo-cristão da atualidade, onde foi
incorporado como recurso fundamental para a rearmonização do perispírito no curso
das diversas provas e expiações e das mais variadas enfermidades da alma ou do
corpo.
É transfusão
dirigida de fluidos.
Como permuta das
energias universais - quer entre desencarnados, quer entre encarnados -
elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser utilizado no tratamento das
doenças de longo curso; nas crises bruscas de repentinas dores; no combate às
chamadas "doenças-fantasmas"; nas perturbações espirituais transitórias
que sofrem as almas encarnadas; nas enfermidades da mente; no reequilíbrio de
si mesmo, quando o homem está sob o fogo da auto-obsessão; nos abalos do
sistema nervoso; na terapia dos complexos...
Por atuar
diretamente sobre o perispírito, ou seja, sobre a matriz onde se funde o nosso
organismo físico e, por conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de
nossos distúrbios somáticos, é o passe o mais importante elemento para promoção
do equilíbrio perdido ou ainda não conquistado, sempre que todo e qualquer desajuste
se instale ou se revele.
Livro: Passes e Passistas
Roque Jacintho.
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