Se eu pudesse,
Jesus,
Desejava
esquecer
A minha
imperfeição,
A fim de ser
contigo,
Onde houvesse
aflição,
O suave calor
Do braço terno e
amigo
Que derrame
esperança em todo o sofrimento
De modo que, na
Terra,
Ninguém padeça
em vão.
Queria ser
Uma chama de fé,
ao longo do caminho,
Um pingo de
bondade a descer persistente
Sobre a rocha do
mal em que a treva se fez,
Queria ser
migalha de conforto
A todo o coração
que esta sozinho,
Proteção a
orfandade,
Companhia a
viuvez.
Queria ser a
brisa
Que refrigera a
mente em cansaço profundo,
Combalida na
prova
Quando a
tristeza vem,
Queria ser a
escora pequenina,
Que sustentasse
os náufragos do mundo,
Para regresso a
vida nova,
Pelas vias do
bem.
Queria ser a
força do silencio
Que verte do
sorriso de brandura
A suprimir o
incêndio da revolta
De quem
desespera ou se maldiz;
Queria ser o
beijo da alma boa
Que seca o
pranto de quem se tortura,
Ante os golpes
de lama
Da calunia
infeliz.
Queria ser a
prece que afervora
E alivia o
doente,
Socorro, de
algum modo, a retratar-se,
Queria ser,
enfim, ao teu lado, Senhor,
Alguém que se
olvidasse, inteiramente,
Dia a dia, hora
a hora,
A fim de ser
contigo, em toda parte,
Uma benção de
amor.
Livro: Antologia
da Espiritualidade.
Maria Dolores /
Chico Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário