Narra Mateus: -
"E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se
assentou; e toda a multidão estava em pé na praia." (Mateus: 13, 2),
passando a ensinar.
A lição sugere
várias reflexões, em convites oportunos para o equilíbrio do homem.
A multidão, em
todos os tempos, sempre se tem apresentado esfaimada de pão, de amor, de bens
diversos.
Na sua
necessidade, perturba e perturba-se, tornando-se, não raro, agressiva e
destruidora.
Jesus
compreendia a massa humana e sabia como conduzi-la.
Atendeu-a sempre
conforme as circunstâncias e de acordo com as suas aflições.
Deu-lhe as
palavras de vida, concedeu-lhe pão e peixe, propiciou-lhe refazimento orgânico
e equilíbrio emocional, restituindo a saúde sob diversos matizes.
Ao Seu lado,
todavia, sucediam-se as multidões ávidas, exigentes.
Com frequência,
após atendê-las, Ele se refugiava na solidão com Deus, orando e silenciando...
Na referida
passagem evangélica, afirma-se que Ele entrou na barca, perto-longe da multidão
e, após convívio elucidativo pela palavra luminosa, Ele passou para outro
lugar...
Considera estes
símbolos: a barca – o destino; a multidão – as tuas necessidades; o mar – a tua
jornada.
O teu encontro
com Jesus não é casual, porém, um compromisso adredemente estabelecido.
Ele tem
conhecimento da tua rota e é o comandante da barca, que sabe conduzir com
proficiência e sabedoria.
Acalma as tuas
necessidades e submete-as à Sua orientação, a fim de que sigas em paz.
*
Há convites
perturbadores em toda parte, conclamando-te ao desequilíbrio, e te apresentas
quase ilhado no tumulto das paixões asselvajadas.
Se já consegues
percebê-lO, escuta-O nos refolhos da alma, deixando que Suas mãos te conduzam a
barca.
Não recalcitres,
nem reclames.
Intenta
aproximar-se dEle pela doçura e ação, vencendo o espaço que medeia entre ambos.
Impregna-te da
vibração que Ele irradia e plenifica-te, de modo a dispensares outros alimentos
que te pareçam imprescindíveis.
Quem veja Jesus
não O esquecerá. Todavia, quem se deixe tocar por Ele, nunca mais viverá bem
sem a Sua presença.
*
Uma mulher
equivocada, sentiu-O; um jovem rico viu-O e seus destinos se assinalaram de
forma diversa.
Todos os demais
que Lhe sentiram a alma dúlcida, jamais foram os mesmos, tornando-se Suas
cartas de luz e vida para a Humanidade.
Assim, entra com
Ele na barca e não O deixes seguir a sós.
FRANCO, Divaldo
Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4.ed. LEAL,
2011. Capítulo 9.
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