Filhos, estais
convictos de que, para os trabalhadores, o mérito do trabalho é pessoal e
intransferível.
Quem obedece e
realiza lucra mais do que quem simplesmente ordena, negando-se a ombrear com os
companheiros que disputam o privilégio de servir.
Sem dúvida, quem
idealiza o bem, ensejando a outras oportunidade de concretizá-lo, cumpre
elevada função entre os homens, não olvidemos, no entanto, que deve ser de seu
interesse o envolvimento direto nas tarefas que planeja.
Quem fala e
ensina o caminho acende uma luz, mas quem ouve e se dispõe a percorrê-lo
ilumina-se com ela.
Digo-vos assim,
a propósito de quantos costumam se queixar das inúmeras atividades que são
convidados a desempenhar na casa espírita...
Quantos não são
os que se sentem sobrecarregados espiritualmente, chegando mesmo a se
imaginarem explorados na boa vontade que revelam?
Quantos não são
os que se afastam, por serem concitados a efetuarem, constantes doações pecuniárias,
em face das despesas inevitáveis para que o trabalho seja sustentado?
Não acrediteis,
sob qualquer pretexto, que a vossa bolsa, em nome da caridade, se abre para
poupar aqueles que ainda demonstram excessivo apego aos bens materiais e
tampouco admitais que, lavrando o campo do espírito, alguém vos seja capaz de
substituir no rosto o suor que devereis verter por vós mesmos...
A Contabilidade
Divina, que jamais se equivoca, se debita em vosso nome o que passastes a dever
aos cofres da Divina Providência, credita em vosso benefício tudo quanto vos
advém do próprio esforço.
Não vos canseis,
pois, e nem vos desalenteis, quando, porventura, pesar um tanto mais sobre os
vossos ombros o lenho das obrigações espirituais que abraçastes voluntariamente
ou que vos foram delegadas por aqueles que se renderam ao comodismo.
Recordai-vos das
inolvidáveis palavras do Cristo: "O Filho do Homem veio para servir, e não
para ser servido". Por conseguinte, somente quem serve desinteressadamente
conhece a alegria íntima que o serviço do bem pode proporcionar.
Filhos,
agradecei aos Céus a oportunidade de já terdes sido admitidos na vossa presente
romagem terrestre, como os últimos dentre os últimos servos do Senhor, dando
assim inicio à jornada de vossa ansiada redenção espiritual.
Livro: A Coragem
da Fé.
Bezerra de
Menezes / Carlos A. Baccelli.
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