0929/LE
As pessoas que
têm a idéia de morrer de fome e não se alegram com nada, mesmo que se encontrem
rodeadas de abundância, têm o passado gritando dentro da própria consciência.
Esse passado
precisa ser substituído por um presente cheio de esperança e de trabalho honesto.
A alma desce à
carne para reajustar-se diante da consciência, para limpar a mente poluída do que
fez em épocas recuadas. A tristeza que assoma à sua personalidade, de vez em
quando, são paixões inferiores que vêm à tona para saírem e serem
transformadas, e o canal mais adequado para isto é a caridade, aquela que Jesus
nos ensinou, que nada exige e que tudo abençoa, a caridade com amor.
Quando a
tristeza, o medo de tudo, as lágrimas sem explicação, a tortura mental e mesmo
os infortúnios surgirem em teus caminhos, é o passado gritando, é o mal que
fizeste querendo sair do teu coração. é, pois, a maturidade chegando para a tua
felicidade. Não tenhas dúvidas nas advertências do Cristo, nas Suas
bem-aventuranças e, principalmente para os que sofrem, que eles encontrarão o
céu dentro de si mesmos. Usa os meios que a Doutrina dos Espíritos te ensina
com amor, sem violentar, que ficarás livre, dando caminho à esperança, a te
falar que existe bem perto do teu coração a felicidade. Os livros mediúnicos
estão levando a criatura para o trabalho interior, onde existem o céu, Deus, o
Cristo e mesmo os Espíritos benfeitores ajudando-a a vencer a si mesma e a
conhecer os caminhos da felicidade.
Não se deve ter
a idéia de morrer de fome, se nada falta na economia divina. Não se deve pensar
em morrer, mas sempre em viver. Essa agressão ao Espírito é reflexo das
agressões que fizemos aos outros e que devem ser combatidas pelo contrário do
que fizemos. Só combatemos o mal pela prática do bem.
Verdadeiramente,
"fora da caridade não há salvação", porque a alma empenhada no bem comum
se sentirá feliz por trabalhar para a felicidade dos seus irmãos. O passado
grita tão somente para nos acordar e fazermos no presente o que não
compreendemos em outras reencarnações.
Se queres viver
no eterno, saiba que só ingressamos nesse estado de alma pelas portas do amor.
Ama e a felicidade começará a surgir em teu coração, iluminando-o. Ama e a paz começará
a aparecer na tua consciência, incentivando-te a que ames mais. O Espírito deve
ser um transformista em Cristo, mudando todas as coisas para o modo como Jesus
nos ensinou, pois aí reinará a felicidade.
Todas as paixões
são as virtudes ao contrário. Quando passamos a compreender essa verdade, elas
desaparecem, cedendo lugar à verdade, onde são gerados o amor e a caridade, estabelecendo
aquela paz que se enraíza no trabalho com Jesus. O passado grita, querendo morrer,
querendo mudar para o real, que é o bem comum, em cuja fonte nascemos todos na
limpidez do amor divino.
Tornamos a
falar, como "O Livro dos Espíritos", que não há ofício desprezível.
Todos eles, exercidos honestamente, têm as bênçãos d'Aquele que trabalha mais
do que nós.
O Espiritismo
nos chama com veemência, para que todos nós, Espíritos e almas, coloquemos as
mãos no trabalho do bem, de modo a sermos árvores com bons frutos, alimentando
aos famintos. Disse o Divino Mestre: E também já está posto o machado à raiz
das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada
ao fogo. (Lucas, 3:9)
Sejamos
precavidos quanto a nossa vida, de maneira a darmos bons frutos no seu
decorrer, porque o fogo representa os sofrimentos variados para nos acordar,
adubando nossos pensamentos para que as nossas ações sejam sementes de luz,
fazendo crescer em nós árvores de amor com frutos de caridade. Que Deus nos
abençoe sempre.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XIX
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
929. Pessoas há,
que, baldas de todos os recursos, embora no seu derredor reine a abundância, só
têm diante de si a perspectiva da morte. Que partido devem tomar? Devem
deixar-se morrer de fome?
Nunca ninguém
deve ter a idéia de deixar-se morrer de fome. O homem acharia sempre meio de se
alimentar, se o orgulho não se colocasse entre a necessidade e o trabalho.
Costuma-se dizer: “Não há ofício desprezível; o seu estado não é o que desonra
o homem.” Isso, porém, cada um diz para os outros e não para si.
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