sábado, 18 de fevereiro de 2023

"Esperanto e Interliguística" - Esperanto l 18.02.2023

Um comentário:

  1. ESPERANTO E ARTIFICIALIDADE
    ESPERANTO E ARTIFICIALIDADE
    Adelson Sobrinho

    Os linguistas, ou seja, os cientistas que descrevem e tentam explicar as línguas em geral, são quase unânimes em afirmar que todos os idiomas do planeta são criações humanas, uma vez que o instrumento de comunicação verbal não nasceu como os vegetais; daí ser incoerente o nome de natural, que geralmente as pessoas associam às línguas nacionais.
    As pessoas que não têm conhecimento profundo da questão do planejamento linguístico teimam em afirmar que uma língua como o Esperanto não tem fundamento, porque acreditam ser ela um artefato, ou seja, algo artificial, inventado num gabinete.
    Com exceção dos linguistas ou beletristas, ou seja, aqueles com formação em Letras, são poucos os que têm conhecimento da Interlinguística, ou da Linguística que trata das línguas planejadas.
    À proporção que nos aprofundamos na estrutura do Esperanto e a comparamos com as demais línguas existentes, chegamos à conclusão que nele não há nada de artificial, do que afirmam os néscios.
    A propósito, quem a chama assim desconhece que esta língua se baseia nas culturais modernas aproveitando o que há de melhor em cada uma delas.

    É importante que onde o esperantista bem informado veja a palavra artefarita = art-e-far-it-a, entenda planejada, ou seja, arte+farita, significando feita (farita) kun arto= com arte.
    Portanto, a palavra artificial tem duas traduções em Esperanto, a saber: artifika= inventada, ou seja, a priori, baseada na fantasia; e artefarita= feita a posteriori, ou seja, elaborada com critérios racionais, em obediência a um plano preestabelecido. Daí porque seu codificador, o Dr. Lázaro Luís Zamenhof, a definia como “universalização científica e racional dos idiomas mais cultos e evoluídos do planeta”.

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