Nem sempre se te fará necessário fitar a retaguarda para reconhecer as vantagens da própria situação.
Basta recordar
os obstáculos que já venceste.
Impossível não
te lembres de certas ocasiões difíceis, no grupo doméstico, nas quais, sem
esperar, conseguiste manter o próprio equilíbrio, a fim de auxiliar aos que se
te ligam à existência.
Fácil rememorar
os momentos de azedume, dos quais a passagem do tempo te desligou para o
retorno à tranqüilidade.
Perigos que te
ameaçaram, desapareceram, sem que os vissem, no instante em que se
entrecruzavam na estrada.
Ocorrências
infelizes que atravessaste foram muito mais advertências da vida ao teu senso
de ponderação e serenidade que calamidades irreparáveis, conquanto, em alguns
casos, provações inevitáveis se te emplacassem no contexto das próprias
experiências.
Preterições
sofridas geraram várias conquistas de melhoria que atualmente desfrutas.
Mudanças
desagradáveis e compulsórias transformaram-se em degraus de acesso a
facilidades que desconhecias, até então.
Pessoas
queridas, cujas tribulações lamentavas com ênfase, descartaram-se das sombras
em que se envolviam, usufruindo agora alegrias com que talvez não contassem.
Desgostos que tiveste, no curso dos quais guardavas a idéia de carregar pesados fardos de infortúnio, converteram-se em oportunidades de paz e renovação que presentemente bendizes.
Pensa nos empecilhos que já deixaste à distância e concluirás que isso aconteceu porque não desertaste das próprias obrigações.
Reflete nisso e
reconhecerás que Deus, o infinito Amor, que te sustentou o ontem, de igual modo
te sustentará também nos caminhos do sempre.
Livro: Paz.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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