Dois pratos, duas medidas, na balança das emoções.
Em um as emoções do amor no outro, as da destruição.
É o ser lutando entre o instinto de vida e de morte.
É o conflito entre o ego ideal e o ego real.
No desejo de ser aprovado e reconhecido,
O ser assume o ideal, veste o molde da aprovação.
Molde este distante do real, jorrando frustração.
Certo, errado, bem ou mal, fazem a confusão.
Amor e ódio colocam em ebulição, o coração.
Na balança, dois pólos, duas reações.
É a busca pelo equilíbrio na balança das emoções.
No desequilíbrio, desliza para as extremidades;
Nas polaridades, ora mergulha no êxtase das paixões;
Ora naufraga no pólo da desilusão.
Diante da dor, do sofrimento e da frustração;
O prato da balança cai no chão.
Com ele o ser afunda no poço da desolação;
Desencadeando a depressão.
O desequilíbrio toma conta.
Para sair do poço da desolação;
O ser usa a racionalização, congela as emoções.
Nega a dor e a desilusão.
Os medos e ressentimentos vão para o baú da repressão.
Encaixota os sonhos.
No piloto automático, então fica.
A alegria desaparece, engessa a emoções.
O ser adoece e não sabe do que padece.
O ser não se reconhece tamanha é a confusão.
É momento de olhar para dentro de si,
Deixar aflorar o real, acolher, aceitar e valorizar;
Quebrar o gesso, os moldes, deixar borbulhar as emoções.
Aprender a administrar a balança das emoções.
Ciente que estes pratos existem e as diferenças são reais.
Que o desafio do ser é saber lidar:
Com bem e o mal,
Com a saúde e a doença,
Como a alegria e a dor,
Com o sucesso e o fracasso,
Com o apego e o desapego,
Com a paz e a guerra,
Com a vida e a morte,
Com o amor e o desamor.
Na dança das polaridades, buscar o equilíbrio,
Fazendo leituras do ser e do sentir.
Alinhando os pratos, aproximando-se do centro,
Do equilíbrio.
Neste movimento de sincronismo e encanto,
O ser cresce e se envaidece!
Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167
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