Introdução:
Segundo a
Doutrina Espírita, nós somos constituídos de uma natureza ternária: Espírito,
Perispírito (Corpo Espiritual) e corpo Físico. A matéria mais densa do complexo
humano (corpo físico) é animada pelo fluido vital diferenciado-a da matéria
inerte. Nosso Perispírito é constituído de energias e fluidos, resultantes do
processo de absorção e metabolização, realizada pelos centros de forças. De
conformidade com nosso estado de maior ou menor equilíbrio físico e espiritual,
vamos emitir nossa atmosfera psíquica que é o conjunto de vibrações, fluidas e
energias características da qualidade de nossos pensamentos e sentimentos.
Exteriorização e Atmosfera
Psíquica.
O Espírito
André Luiz no Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier de nome
"Mecanismo da Mediunidade" (Cap. IV), esclarece sobre o "hálito
mental..." Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das energias
funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a
alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de
forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são
peculiares. Contém elas as essências e imagens que lhes configura os desejos do
mundo íntimo, em processo espontâneo de auto-exteriorização, atuando sobre os
que com ela se afinem e recolhendo atuação dos simpáticos.(Pg.85). Sempre que
pensamos, expressando o campo íntimo na ideação e na palavra, na atitude e no
exemplo, criamos formas-pensamentos ou imagens-moldes que arrojamos para fora
de nós, pela atmosfera psíquica que nos caracteriza a presença. (Pg.86).
Lei de Sintonia.
Sintonia significa
entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência. Sintonia é um
fenômeno de harmonia psíquica, funcionando à base de vibrações. A lei de
reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida. Contamos com as
entidades e núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia. O pensamento
é idioma universal, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas
em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos
prende a atenção.
Recebemos variados
apelos nascidos do campo mental de todas as inteligências encarnadas e
desencarnadas que se afinizam conosco, tentando influenciar-nos através das
ondas inúmeras dos diferentes pensamentos. Em relação à mediunidade, devemos
ressaltar a questão de sintonia. "Atraímos os Espíritos que se afinizam
conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de
nós sòmente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de
acordo com aquilo que dá". (Livro Nos Domínios da Mediunidade).
Percepção e Absorção Fluídica.
"Pensamentos
de crueldade, revolta, tristeza, amor compreensão, esperança ou alegria teriam
natureza diferenciada, com características e pesos próprios, adensando a alma
ou sutilizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas".
A organização
do complexo mediúnico funciona como um aparelho receptor nos domínios da
radiofonia. A emissão mental condensa o pensamento e a vontade do emissor e
envolve o médium em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior,
primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas. Essas expressões
apóiam-se nos centros do corpo espiritual, que funcionam como condensadores e
atingem o sistema nervoso.
O cérebro onde
se processam as ações e reações mentais, que determinam vibrações criativas,
através do pensamento ou palavra. Tais estímulos se expressam ainda pelo
mecanismo das mãos e dos pés, sentidos e órgãos que trabalham como condutores
transformadores e analistas, sob o comando da mente ". (Livro Nos Domínios
da Mediunidade)".
Os pensamentos
agem e reagem uns sobre os outros, através de incessante corrente de
assimilação e o intercâmbio de alma para alma é constante e obrigatório.
"Todos
respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajusta-las em
beneficio próprio. Vasto mar de vibrações permitidas. Emitimos forças e
recebemo-las. O pensamento vige na base desse inevitável sistema de
trocas".
Querendo ou
não, afetamos os outros e os outros nos afetam, pelo mecanismo das idéias
criadas por nós mesmos. Daí o imperativo de compreensão, simpatia, aprovação e
apoio que todos carecemos, para que a tranqüilidade nos sustente e equilíbrio a
fim de que possamos viver proveitosamente."(Livro – Sinal Verde – Espírito
André Luiz – Introdução)".
Durante
processo mediúnico, através da expansão perispiritual o médium ampliará suas
capacidades receptivas e poderá perceber as emissões do hálito mental de um
espírito comunicante. Essa percepção acontece no processo da sintonia e da
interpenetração dos respectivos perispírito. Feito esse contato, o médium
poderá analisar e fazer o reconhecimento da atmosfera fluídica da entidade,
estabelecendo sua qualidade.
Para atingir
esse reconhecimento o médium procura sentir o que as emanações fluídicas contêm
de pensamentos, sentimentos e sensações.
Após analise e
reconhecimento dos fluidos emitido pelo espírito comunicante, haverá o
prosseguimento ou não do processo de comunicação mediúnica. "Há um fluxo
de energia da entidade comunicante e do médium, associado valores de diferentes
potenciais".
Estabelece-se
um fio condutor de um para o outro que representa o pensamento de aceitação ou
adesão do médium, a corrente mental atinge o necessário equilíbrio entre ambos,
anulando-se a diferença existente pela integração das forças conjuntas em clima
de afinidade ". (Livro Mecanismo da Mediunidade – Espírito André Luiz cap.
IV pg. 51,)".
Para a
continuidade de semelhante comunicação é imprescindível conservar o pensamento
constante de aceitação ou adesão da personalidade mediúnica.
"Afirmamos
que existe capacidade de afinização entre um Espírito e outro, quando a ação de
plasmagem e projeção da matéria mental na entidade comunicante for mais ou
menos igual à ação de receptividade e expressão na personalidade
mediúnica".
Se o nosso
padrão vibratório estiver na mesma freqüência do comunicante, reforçaremos as
vibrações recebidas, estabelecendo a sintonia vibratória, possibilitada através
da afinidade.
Voluntariamente
o médium procura se envolver pelos fluidos e vibrações do Espírito, procurando
assimilar o conteúdo de seus pensamentos, emoções e sentimentos, a eles se
associando e não oferecendo oposição. No processo de absorção fluídica o médium
atrai para si a corrente fluídica ampliando sua receptividade.
Rejeição dos Fluidos.
Após a
percepção dos fluidos e energias emanadas de entidade comunicante, o médium
decidirá, de acordo com os propósitos da reunião, dar continuidade ao processo
de comunicação mediúnica, ou poderá optar pela interrupção do mesmo.
Se a decisão
for favorável à interrupção, o médium deverá rejeitar e rechaçar esses fluidos
e vibrações do espírito, colocando-se numa postura de impedimento a que eles se
misturam aos seus. Para conseguir atingir o rechaçamento, utilizemos a nossa
vontade e buscamos direcionar nossa concentração para outro objetivo que possa
beneficiar os envolvidos na reunião. O Mentor Espiritual de Francisco Cândido
Xavier, Emmanuel em seu livro Roteiro, adverte ao médium espírita: "É, no
mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão
Espírito a Espírito".
Daí procede à
necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e fé
ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos Superiores. Para
atingir tão alto objetivo é indispensável traçar um roteiro para a nossa
organização mental, no infinito bem e segui-lo sem recuar "".
Noções Sobre Fluidos –
Exteriorização.
Identificação dos Fluidos –
Percepção e Analise.
Fluido Cósmico
Universal – Na questão de número 27(vinte e sete) de "O Livro dos
Espíritos", nos encontramos a afirmação dos Espíritos de que Deus,
Espírito e matéria constituem o principio de tudo o que existe, formando a
trindade universal. "Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido
universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria
propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação
sobre ela".
O fluido
universal é um elemento material se distinguindo por propriedades especiais. É
fluido, estando colocado entre matéria e Espírito, e é suscetível de produzir
inúmeras combinações sob a ação do Espírito. Esse fluido universal, ou
primitivo, ou elementar é o agente de que o Espírito se utiliza, é o principio
sem o qual a matéria estaria em perpetuo estado de divisão.
De acordo com
a questão de número 79 (setenta e nove) da obra anteriormente citada (Livro dos
Espíritos), existem dois elementos gerais no Universo: O elemento inteligente e
o elemento material. Os Espíritos são a individualização do principio
inteligente, e os corpos são a individualização do principio material.
Nós somos,
portanto, formados por um principio inteligente (Espírito); principio material
(Corpo Físico), e por um principio fluídico (Perispírito). O corpo carnal tem
seu principio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria
tangível. No capitulo do livro "A Gênese" que trata dos fluidos, e
esclarecido: "Como principio elementar do Universo, o Fluido Universal
assume dois estados: o de eterização imponderabilidade e o de materialização ou
ponderabilidade. O ponto intermédio é o da transformação deste em matéria
tangível". A cada um desses estados ocorrem fenômenos especiais: fenômenos
materiais (ciência propriamente dita) e os fenômenos espirituais ou psíquicos,
porque se ligam à existência dos Espíritos. No contato incessante da vida
espiritual e corporal os fenômenos das duas categorias se produzem
simultaneamente.
"No
estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme, sem deixar de ser
etéreo, sofre modificações mais numerosas talvez que no estado de matéria
tangível".
Essas
modificações constituem fluidos distintas dotados de propriedades especiais e
propiciam a ocorrência dos fenômenos do mundo invisível. Esses fluidos tem para
os Espíritos, uma aparência tão material quanto os objetos tangíveis para os
encarnados. Eles o elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos.
Entre os elementos fluídicos do mundo espiritual há os que estão mais
intimamente ligados à vida corpórea e de certa forma, pertencem ao meio terrenos.
O ponto de
partida do fluido universal é o de pureza absoluta e o ponto oposto é sua
transformação em matéria tangível. Entre esses dois extremos dão-se inúmeras
transformações. Os menos puros e mais próximos da materialidade compõem a
atmosfera espiritual da Terra, onde os Espíritos que aqui vivem haurem os
elementos para sua existência.
O Perispírito
O Espírito
extrai seu perispírito dos fluidos ambientes, resultando elementos
constitutivos variados conforme os mundos que habite.
O envoltório
perispiríticos de um Espírito se modifica com o progresso moral que este
realiza em cada encarnação. É ele o intermediário de todas as sensações que o
Espírito recebe, possibilitando a este interagir com a natureza. É o elo entre
a alma e o corpo, continuando a envolver o Espírito após a desencarnação.
Os fluidos
perispirituais são oriundos da metabolização automática das energias e fluidos
do local onde o Espírito se encontra. Devido à sua natureza semimaterial, ele
interliga o plano material e o plano espiritual, ajustando-se a cada um deles.
Os fluidos
perispirituais interagem facilmente com o fluido Universal, podendo absorver e
fundir-se com outras formas de energias e de matéria, através da ação do
pensamento e da vontade. Quando encarnado, o perispírito conserva as mesmas
propriedades do perispírito do desencarnado, apenas ficando limitado pela
ligação com o corpo físico (menor freqüência vibratória). (A Gênese – Cap.
XIV).
De acordo com
Djalma Motta Argollo em seu livro "Possibilidades Evolutivas – Cap.
VI", O Perispírito é um complexo energético onde se encontram os
mecanismos responsáveis por todas as funções orgânicas, desde a seleção dos
princípios hereditários até à organização da célula ovo, e seu desenvolvimento
num organismo complexo". Nele estão radicados os centros funcionais que
dirigem e controlam as emissões do inconsciente profundo, geradoras das funções
fisiopsíquicas dos seres vivos.
A evolução
biológica é resultante da interação entre perispírito e matéria, através dos milênios,
que nele fixou reflexos condicionados responsáveis pela estrutura e
gerenciamento do complexo orgânico. O perispírito é o veiculo onde são gravados
os resultados do processo evolutivo do homem, isto é, o fruto das interações
dos seres com o meio ambiente em sua globalidade.
As atividades
do perispírito abrangem, a dimensão psicológica, sendo responsável pelo
automatismo fisiológico, registrando os fatos de ordem psíquica, como a
memória, e os inconscientes passado e atual, em fim todos os processos mentais.
O perispírito
se coloca como mediador entre Espírito e matéria, facultando o tráfego entre as
duas outras dimensões por um complexo energético diferenciado. O perispírito
apresenta assim uma dualidade funcional: é quase material e quase imaterial
simultaneamente. Experiências demonstraram que o corpo fluídico é formado por
níveis energéticos diferenciados que se distribuem, em densidade crescente, do
Espírito ao corpo. Esses diversos níveis energéticos mostram uma condensação
progressiva, vinculada entre si. Quem vive numa dimensão, na verdade está
encarnado nela, mas ao mesmo tempo vive em uma dimensão superior.
Devido à
expansibilidade do perispírito acontecem os fenômenos mediúnicos, graças a essa
propriedade, amplia-se a sensibilidade do médium, seu campo de percepção,
permitindo um registro mais apurado da presença e do pensamento do Espírito
comunicante.
As
particularidades dessas manifestações guardam relação com a estrutura psíquica
da cada médium, sua constituição orgânica e sua historia espiritual.
Ação dos Espíritos sobre os
Fluidos
Segundo Leon Denis em "O
Problema do Ser, do Destino e da Dor" (Cap. XXIV – Pg. 355).
"O
pensamento é criador. Não atua sòmente em roda de nós, influencia nossos
semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós, gera nossas
palavras, nossas ações e com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso
ou miserável de nossa vida presente e futura".
É através do
pensamento e da vontade que os Espíritos atuam sobre os fluidos, aglomerando-os,
combinando-os, dispersando-os, mudando suas propriedades. Essas modificações
resultam de uma intenção ou expressam pensamentos inconscientes.
De acordo com
as nossas disposições mentais, nossas emanações serão mais ou menos intensas e
amplas, sendo à vontade que determina as propriedades especiais. Essas
radiações formam em torno de nós, camadas concêntricas que constituem uma
espécie de atmosfera fluídica, chamada de psicosfera humana.
É também
através do pensamento que os Espíritos se fazem visíveis com a aparência que
possibilite seu reconhecimento por parte dos encarnados. Ele cria ainda,
fluidicamente, os objetos que habitualmente usara. O pensamento cria imagens
fluídicas se refletindo como num espelho, no envoltório perispiríticos.
Qualidade dos Fluidos
Com a natureza
dos nossos pensamentos e sentimentos, nós qualificamos os fluidos. Os fluidos
que envolvem os Espíritos maus são viciados e os que recebem as influencias dos
bons Espíritos, são tão puros como o grau de perfeição moral que eles
alcançaram. Essa variedade de bons e maus fluidos é tão grande, como a
diversidade dos pensamentos. Os fluidos adquirem as qualidades no meio onde se
elaboram, pois são o veiculo do pensamento que modifica suas propriedades. Sob
o ponto de vista moral, os fluidos trazem características dos sentimentos de
ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de bondade, de
amor, de caridade, de doçura, etc...
Sob o aspecto
físico, são excitantes, calmantes, irritantes, tóxicos, narcóticos,
dulcificantes, reparadores, etc...
A qualificação
dos fluidos é determinada por todas as paixões, virtudes e vícios da
humanidade.
Da mesma forma
que os desencarnados, os encarnados saneiam ou viciam os fluidos ambientes
conforme seus pensamentos sejam bons ou maus.
O perispírito
recebe de forma direta e contínua a impressão dos pensamentos do Espírito e só
se modificara com a transformação deste.
Segundo
"A Gênese" (Cap. XIV – pg.285). O perispírito dos encarnados tem
natureza idêntica à dos fluidos espirituais e por isso pode assimila-los com
facilidade, especialmente por ocasião de sua expansão e irradiação.
Os fluidos
atuam sobre o perispírito e este sobre o organismo material a que se liga
molécula a molécula. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo recebe uma
impressão salutar, se são má, a impressão e penosa, podendo até ocasionar
enfermidades.
Nas reuniões
públicas são produzidos os mesmos efeitos: pensamentos bons causam satisfação e
bem estar, pensamentos maus causam ansiedade e mal-estar.
Se meditarmos
em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, nosso ser impregna-se das luzes
do nosso pensamento. Se nosso pensamento é inspirado por maus desejos, pela
paixão, pelo ciúme, pelo ódio, pela inveja, as imagens acumulam-se em nosso
perispírito, renovando-se somente quando modificarmos o modo de pensar e agir.
Psicosfera ou "Hálito
Mental"
"Os
nossos pensamentos criam o fenômeno psíquico do" hálito mental ",
equivalente à natureza das forças que emitimos ou assimilamos. Temos, então,
um" hálito mental "desagradável e nocivo, ou agradável e benéfico.
Nosso ambiente psíquico será determinado pelas forças mentais que projetamos
através do pensamento, da palavra, da atitude, do ideal que desposamos (nossas
aspirações). (Livro Estudando a Mediunidade – Martins Peralva pg. 22)".
O ambiente
psíquico de uma pessoa de maus hábitos ou hábitos salutares será notado,
sentido pelos Espíritos e pelos encarnados.
Nosso campo
mental é assim inteiramente devassável pelos Espíritos, sejam encarnados ou
desencarnados.
"Arrojamos
de nós a energia atuante do próprio pensamento, estabelecendo, em torno de
nossa individualidade, o ambiente psíquico que nos é particular. Cada alma se
envolve no círculo de forças vivas que lhe transpiram do" hálito mental
", na esfera das criaturas a que se emana, em obediência às suas
necessidades de ajuste ou crescimento". (Livro Nos Domínios da Mediunidade
– André Luiz Cap. I).
"O
pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que
arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Quando benigno e
edificante, ajusta-se às leis que nos regem criando harmonia e felicidade,
todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e
ruína".(Idem obra citada acima).
Somos livres
para escolher nossos pensamentos.
"Cada
inteligência emite as idéias que lhe são particulares a se definirem por ondas
de energia viva e plasticizante, mas, se arroja de si essas forças, igualmente
as recebem, pelo que influencia e é influenciado. Toda criatura, ao
exteriorizar-se, seja imaginando, falando, ou agindo, em movimentação positiva
é um emissor atuante na vida, e sempre que se interioriza, meditando,
observando ou obedecendo, de modo passivo, é um receptor em
funcionamento". (Livro Encontro Marcado – Emmanuel Cap. 14).
Percepção e Analise dos
Fluidos
Refletimos as
imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros. O intercâmbio da
alma para alma e obrigatório e constante e de forma imperceptível, permutamos
idéias e forças uns dos outros.
Os nossos
pensamentos criam o fenômeno psíquico do "hálito mental" equivalente
à natureza das forças que emitimos ou assimilamos e nossas criações mentais
incessantes, determinarão o tipo e o caráter de nossas companhias espirituais,
através da sintonia ou lei de afinidade.
Roque Jacinto
em seu livro "Desenvolvimento Mediúnico Pg. (14), define a afinidade como
sendo uma lei de atração de energias que se assemelham ou que se relacionam e,
na aplicação que damos nos estudos espíritas, tem a mesma significação de
gostos ou preferências, de tendências e prazeres que se atraem mutuamente pela
semelhança de suas vibrações mentais. O médium predisposto à comunicação
espiritual, ao expandir seu perispírito vai ampliar sua percepção e poderá
perceber os Espíritos que se encontram na mesma onda de pensamentos. Nossas
ondas mentais determinam a espécie de recepção que obteremos. A aproximação
espiritual ocorre de acordo com os princípios de afinização fluídica, pois o
clima mental resultante de nossos pensamentos mais constantes é que determinam
o entrelaçamento psíquico".
A
influenciação é a ação de um Espírito sobre a vontade ou organismo de um
médium, causando sensações anormais, psíquica ou espiritual. Se essa sensação é
deprimente, dolorosa, é chamada perturbação espiritual; se for sadia, elevada,
será uma inspiração ou intuição dos bons Espíritos.
Ocorrendo a
exteriorização maior ou menor do perispírito do médium, este passará a ter uma
condição vibratória que propicia a captar as emanações do ambiente.
Estando com a
percepção ampliada, o médium poderá receber a influenciação da psicosfera
(hálito mental) das entidades espirituais, identificando a qualidade de seus
fluidos e energias, através das sensações transmitidas, perispírito a
perispírito.
O médium
poderá também perceber o ambiente fluídico local que é a combinação de todos os
fluidos emanados dos presentes encarnados ou não.
Os vários
tipos de Espíritos diferenciam-se de acordo com suas emanações fluídicas
próprias. Essas emanações nos causam sensações que possibilitam distinguir os
bons e os maus Espíritos. Os bons Espíritos irradiam fluidos leves, agradáveis,
suaves, calmos, harmônicos e o médium tem uma sensação de bem-estar geral e
euforia espiritual. Os maus irradiam em torno de si fluidos pesados,
desagradáveis, fortes, violentos, desarmônicos, e o médium tem uma sensação de
mal estar geral, ansiedade, desassossego, nervosismo, cabeça pesada, pálpebras
chumbadas, bocejos freqüentes e arrepios.
Na pratica
mediúnica, após expansão receptiva do perispírito, condicionada pela prece,
concentração e relaxamento físico e psíquico, o médium procurará perceber o
ambiente espiritual ou de alguma entidade próxima e poderá analisar as
sensações decorrentes dessa aproximação ou influenciação.
"Achando-se
a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam as
características em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento,
incorporando-lhe os valores morais e culturais, os únicos que nos possibilitam
fixar a luz que jorra para nós, das esferas mais altas, através dos gênios da
sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências". (Livro Nos
Domínios da Mediunidade – André Luiz).
Bibliografia:
A Gênese – Cap. XIV – Fonte Viva
– Emmanuel pgs. 86 e 117. – O Consolador – pgs. 409/410 – Desenvolvimento
Mediúnico – Roque Jacinto pgs. 14. – Seara dos Médiuns – Emmanuel pgs. 38/76. –
Roteiro – Emmanuel pgs. 28 e o Livro Nos Domínios da Mediunidade. A Gênese –
Cap. XIV – A Alma é Imortal – Gabriel Delanne Pg. 226-289 – Evolução em Dois Mundos – André
Luiz Pg. 19 e 95 – Desenvolvimento Mediúnico – Roque Jacinto Pg. 51,52 153 e
207 – Livros dos Espíritos. Mecanismo da Mediunidade – André Luiz Pg. 35 e 158
– Obras Póstumas – Allan Kardec – Seara dos Médiuns Emmanuel Pg. 2205 Cap.38 –
Nos Domínios da Mediunidade André Luiz Introdução.
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