0593/LE
Em certas
ocasiões, o animal mostra que existe alguma coisa em si além do instinto.
Parece-nos, e a observação o comprova, que em alguns dos animais o instinto
está cedendo lugar para rudimentos da razão, que deve crescer em proporção à
sua espécie. No entanto, em tudo isso há um limite traçado pela natureza.
Todos sabemos
que o animal, por lei do progresso, deve atingir outro reino; os milhões de
anos nos comprova que, se o homem já tem o seu reino, é por ter conquistado a
razão e hoje se move pelo raciocínio, na expansão da inteligência. O animal
demonstra fios de vontade em certos aspectos, por estar junto ao homem. É, por
assim dizer, uma transferência, ainda que mínima, de talentos que somente no
ser humano estão mais desenvolvidos.
O mineral que
dorme, tem seu progresso mas, anda de passos lentos, que parecem se perder na
esteira dos milênios. Se o diamante foi outrora carvão, ele passou por um
processo que se chama progresso. Assim é com todas as coisas criadas. Os
valores do anjo estão guardados no seio dos minerais, que pela força de Deus
busca as planuras da vida.
Se o Espírito
desce à carne também para intelectualizar a matéria, a sua inteligência não
deixa de atingir quem está escondido dentro desta matéria. Os animais
domésticos recebem dos homens, por transferência, valores que desconheces, mas
que, no futuro, a própria ciência comprovará. Tudo que foi criado por Deus tem
sua história, que deve ser engrandecida pela natureza, como sendo a expressão
do Criador, que de nada esquece.
Além do sono dos
minerais, existe algo que escapa à própria razão, e que além das sensações dos
vegetais também há segredos que escapam ao entendimento. Assim, também,
poderemos nos referir aos animais e aos próprios homens. Negar essas verdades,
é negar o Divino Poder que nos fez e dirige a todos.
Por onde
passava, Jesus amava os animais, abençoava a natureza, fazia até multiplicar os
pães e curava os enfermos. O Seu amor cobria as multidões dos pecados, e esse
amor atinge a todas as gerações para sempre, por ser Ele o Governador do
planeta desde o princípio do seu existir. "A natureza não dá saltos",
esse provérbio é antigo, e se não dá saltos, é justo e racional crer que ela
age devagar; e se age devagar, tem de ser na sutileza da vida imperceptível,
para depois se mostrar como tal. É no animal que principia a vontade, e é por
essa vontade que tem início a inteligência. São forças sutis que não se
percebem pela razão; somente a intuição pode mostrar essas realidades.
Todo o
desenvolvimento intelectual, se assim podemos dizer, dos animais, não pode ultrapassar
certos limites, para não criar distúrbios na própria sociedade. Assim como os armamentos
das Forças Armadas não podem ser entregues aos marginais, os animais, com o uso
da sua própria força física, já têm o seu limite. A limitação do homem é a
razão, e em alguns deles já começa a surgir a intuição. Para eles, a educação
aflora para corrigir e dirigir essa força poderosa que vem de Deus e da
evolução dos sentimentos humanos.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XII
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
539. A produção
de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de um só Espírito, ou
muitos se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los?
Reúnem-se em
massas inumeráveis.
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