Senhor!
Nem sempre tenho
sabido receber ofensas. Ora me recolho triste e infeliz, ora reajo
violentamente. Falta-me o equilíbrio. A timidez, o descontrole, os impulsos,
fazem-me sofrer. Quero corrigir este proceder, adestrar minhas forças e agir na
hora certa. Para isso, recorro, agora à meditação. Posto-me bem confortável
respiro profundamente. Transporto-me em pensamentos a presença da pessoa a quem
desejo perdoar. Vejo-a olhando-me de forma amorosa e dizendo ter-me em grande
estima. Elimino, um a um os pensamentos de desamor que me aparecem e
encaminho-lhe palavras afetuosas, como que produzindo-se proveitoso diálogo
mental. Digo para mim mesmo que, se essa pessoa, ou uma outra, vier a
ofender-me saberei usar de argumentos sérios ou do silêncio, mas não me abalarei.
Livro-me, assim, das cargas do ódio, desembaraço-me do espírito de vingança e
desafogo o coração. Obrigado! Obrigado!
Livro: Preces do
Coração.
Lourival Lopes.
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