Fora melhor que
não existissem na Terra pedintes e mendigos, na expectativa do agasalho e do
pão.
Se é justo
deplorar o atraso moral do Planeta que ainda acalenta privação e necessidade,
examinemos a nós mesmos, quando nos inclinamos para a ambição desvairada, e
verificamos que a penúria, através da reencarnação, é o ensinamento que nos
corrige os excessos.
Fora melhor não
víssemos mutilados e enfermos, suplicando alívio e remédio.
Se é
compreensível lastimar as condições da estância física, que ainda expõe semelhantes
quadros de sofrimento, observemos o pesado lastro de animalidade que conservamos
no próprio ser e reconheceremos que sem as doenças do corpo, através da reencarnação,
seria quase impossível aprimorar as qualidades da alma.
Fora melhor não
enxergarmos crianças infelizes, suscitando angústia no lar ou piedade na via
pública.
Se é natural
comover-nos diante de problemas assim dolorosos, meditemos nos ódios e aversões,
conflitos e contendas, que tantas vezes carregamos para além do sepulcro,
transformando-nos, depois da morte, em Espíritos vingativos e obsessores, e agradeceremos
às Leis Divinas que nos fazem abatidos e pequeninos, através da reencarnação,
entregando-nos ao amparo e arbítrio daqueles mesmos irmãos a quem ferimos
noutras épocas, afim de que nós, carecentes de tudo na infância, até mesmo da comiseração
maternal que nos alimpe e conserve o organismo indefeso, venhamos, por
fim, a aprender que a Eterna Sabedoria
nos ergueu para o amor imperecível na Vida Triunfante.
Terra bendita!
Terra, que tanta vez malsinamos nos dias de infortúnio ou nos momentos de
ignorância, nós te agradecemos as dores e as aflições que nos ofereces, por
espólio de nossos próprios erros, e rogamos a Deus nos fortaleça os propósitos
de reajuste e aperfeiçoamento, para que, um dia, possamos retribuir-te, de
algum modo, os benefícios que nos tens prodigalizado, por milênios de milênios,
através da reencarnação!...
Livro: Estude e
Viva.
Emmanuel e André
Luiz
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
Estudando O Livro
dos Espíritos – Allan Kardec.
168. É limitado
o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
A cada nova
existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que
se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da
vida corporal.
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