Desde muito
chorava o belo filho morto,
Num desastre de
mar em suntuoso falucho...
Triste, a
fidalga anciã vivia em pranto e luxo,
No esplêndido
solar ao pé de velho porto...
Certo dia, a
criada, em rijo desconforto,
Dá-lhe um pobre
enjeitado, um magro pequerrucho.
Ela clama: “Não
quero! Isto é morcego e bruxo,
Tem na face de
monstro o nariz feio e torto!...”
E a dama
solitária, em angústia insofrida,
Atravessou a
morte e acordou noutra vida,
Buscando,
ansiosa e rude, a afeição do passado...
Debalde soluçou,
na lição do destino...
Ao desprezar na
Terra o infeliz pequenino,
Recusara, orgulhosa,
o filho reencarnado.
Livro: Luz no
Lar.
Espíritos
Diversos / Chico Xavier.
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