Eu sou a
migalha!...
Neste mundo de
paradoxos e desperdícios, vivo desprezada.
Abandonam-me sem
cogitar do quanto me poderiam utilizar a bem dos que nada têm.
Há, no mundo,
vidas humanas que se alimentam de insignificantes quotas de pão.
Com as migalhas
atiradas ao lixo poderia ser modificada a tormentosa situação de inumeráveis
criaturas.
Moedas de pouco
valor, retalhos de tecido, roupas e calçados já não usados - migalhas da
abundância - bastariam para socorrer milhões.
O oceano imenso
resulta da gota dágua.
O jardim formoso
surge do pólen invisível.
Não creio ser
possível, de momento, modificar a vida terrena. Desejo, apenas, contribuir de
alguma forma.
Não te escuses
do amor ao próximo. Vem comigo! Dá-me tua quota - tua migalha desconsiderada.
Eu sou a
migalha!
Ajuda-me a ser
utilidade e realização.
Scheilla / Divaldo
Franco
Livro:
Terapêutica de Emergência.
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