É possível que
você pense que poderia ser mais inteligente e se aborreça com suas limitações
pessoais e com os esforços necessários para estudar, aprender, avançar.
Mas talvez nunca
tenha pensado naqueles que renascem com profundas limitações na área do
intelecto, desconectados da própria mente, imersos nessa ou naquela sequela
física, em vidas de resgate e expiação. Talvez esses tenham dificuldades
maiores do que as suas.
Você já pensou
que poderia ter um corpo mais harmonioso, mais elegante e condizente com os
padrões de beleza instituídos.
Mas, talvez
nunca tenha pensado naqueles que trazem deformações, mutilações, limitações na
veste orgânica, com dificuldades para andar, falar, ouvir ou enxergar. Esses
desejariam muito ter o corpo exatamente igual ao seu.
Você já pensou
que poderia ter mais dinheiro, morar em uma casa maior, ter um carro da moda ou
viajar para países distantes.
Mas, talvez
nunca tenha pensado naqueles que vivem da caridade alheia, sem a opção de um
trabalho digno para se sustentar, sem garantia de moradia ou de alimentação
diária.
Esses, possivelmente,
sonhem em ter a casa e o salário que você dispõe.
Você já pensou
que sua família é um peso imenso em seus ombros, que gostaria de ter os filhos
semelhantes àqueles que você vê em outros lares e ter o cônjuge igual a outros
casais que você conhece.
Mas, talvez
nunca tenha pensado naqueles que vivem sós, sem família, sem alguém para dizer
oi ao chegar em casa, para dividir suas frustrações e seus sonhos, ou para
compartilhar a mesa de refeições.
É possível que
esses sonhem todos os dias em ter uma família como a sua, problemática e de
difícil trato, mas pelo menos teriam seres próximos a quem pudessem entregar o
seu amor, compartilhar suas carências.
Muitas vezes
sonhamos com outra vida, outro corpo, outros entes queridos, outra trajetória.
Sonhamos com
aquilo que, infantilmente, imaginamos nos faria felizes.
Mas,
possivelmente, a beleza do corpo nos trouxesse a vaidade desmedida.
A inteligência
privilegiada nos tornasse arrogantes e pretensiosos.
O dinheiro em
excesso talvez nos conduzisse a vícios e comportamentos comprometedores.
E nos
destituirmos da família seria o caminho para o egoísmo e a solidão.
Dessa forma,
percebemos que a vida é feita de bênçãos, de oportunidades de aprendizado. Tudo
ao nosso redor é aquilo que Deus provê para melhor aproveitarmos a oportunidade
da vida.
E os Seus
desígnios são de sabedoria e amor irretocáveis.
Assim, ao
analisarmos tudo que temos, nosso corpo, nossa condição financeira, nossas
capacidades e nossa família, agradeçamos a Deus por tudo isso.
Afinal, de nossa
existência, o que nos pertence mesmo é aquilo que podemos guardar no cofre do
coração. Tudo o mais é empréstimo Divino para que possamos galgar a estrada
rumo à perfeição.
São empréstimos
que nos cabe usufruir de forma consciente, deles extraindo o melhor.
Fonte: Momento
Espírita.
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