Filhos,
participando dos vossos estudos em torno das páginas de "O Evangelho
Segundo o Espiritismo", destacaríamos o trecho que nos sugere mais
acuradas reflexões: "Amar, no sentido profundo da palavra, (...) é procurar
ao redor de si o sentido íntimo de todas as dores que oprimem vossos irmãos,
para abrandá-las..."
Ninguém extingue
um incêndio com, simplesmente, combater-lhe as labaredas. Para erradicá-lo por
completo, indispensável concentrar esforços no ponto em que se origina e se
propaga.
Segundo a
palavra dos Espíritos Superiores a Allan Kardec, o verdadeiro amor é aquele que
perscruta a causa do sofrimento, não se limitando a minimizá-lo em seus
efeitos.
O mal apenas deixará
de existir entre os homens quando as suas raízes forem arrancadas do solo do
Planeta!
A carência
material, seja ela qual for, exterioriza uma necessidade de ordem moral. A
indiferença humana ante verdades que transcendem, permanece na base dos
problemas que afligem a Humanidade.
Socorrer a dor
imediata é dos mais comezinhos deveres que a solidariedade impõe, no entanto
identificar-lhe as origens para, ao longo do tempo, impedir as suas recidivas,
é tarefa indispensável.
Atendei, assim,
à fome do corpo; providenciai o agasalho e o remédio, sem vos esquecerdes,
porém, de fazer luz para que as trevas da ignorância se desfaçam.
Se é justo
cooperar com o pai de família que, de um instante para outro, se vê às voltas
com o desemprego, mais justo ainda será ampará-lo com uma nova oportunidade de
trabalho.
A assistência
fraterna aos irmãos carentes não deve induzi-los à excessiva dependência, sob
pena de viciar-lhes o espírito.
É evidente que,
cada qual é exortado pela Vida a equacionar as próprias dificuldades: a solução
definitiva dos problemas que enfrenta passa, necessariamente, pela maior
conscientização do homem no processo da evolução.
Filhos, não vos
esqueçais, portanto de que amar é ensinar o caminho, encorajando a quem deve
tomar a iniciativa de percorrê-lo.
Livro: A Coragem
da Fé.
Bezerra de
Menezes / Carlos A. Baccelli.
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