Aquele que ama a
seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço. - João. (I João,
2:10.)
Esfalfamo-nos na
Terra a fazer testes de inteligência para ganhar inteligência, e, sem dúvida,
precisamos todos de agilidade mental para a destreza do raciocínio e firmeza de
decisão.
Entretanto, não
basta a inteligência, só por si, para orientar com absoluta segurança os roteiros
da vida.
Senão, vejamos.
Quase sempre
sabemos:
- entesourar
conhecimento intelectual, mas ignoramos ainda como utilizá-lo para evitar a guerra
uns com os outros;
- acumular o
dinheiro, mas muito raramente aprendemos como empregá-lo na construção da
própria felicidade e da felicidade dos semelhantes;
- inventar os
mais variados processos de reconforto em benefício do corpo transitório, mas
desconhecemos ainda como prover as necessidades de nossas almas eternas;
- legislar com
eficiência nas atividades visíveis do mundo, mas ignoramos como preservar a
tranqüilidade da consciência, conquanto já conheçamos a generalidade dos
princípios morais que nos regem;
- cultivar
grandes afeições, até mesmo com testemunhos heróicos de sacrifício, mas não sabemos
ainda como traçar-lhes o equilíbrio justo para que não se convertam em desarmonia
e paixão.
* * *
Em suma, estamos
em condições de preparar o futuro para todas as garantias no plano físico, mas
habitualmente descuidamo-nos de nossos interesses na imortalidade que é patrimônio
inalienável de cada um.
Em razão disso,
muitas vezes damos na Terra estranhos espetáculos de genialidade e delinqüência,
cultura e degradação.
É que apenas a
inteligência não basta à felicidade.
A alegria de
viver pede, acima de tudo, a luz do entendimento e a benção do amor.
Livro: Benção da
Paz.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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